O jor­na­lista, ra­di­a­lista e re­a­li­zador Luís Fi­lipe Costa, que ao mi­cro­fone do Rádio Clube Por­tu­guês leu os co­mu­ni­cados do MFA na Re­vo­lução do 25 de Abril, morreu an­te­ontem, 21.

Foi na Emis­sora Na­ci­onal que ini­ciou a sua car­reira como ra­di­a­lista e actor, tran­si­tando de­pois para o RCP onde chegou a di­rigir os no­ti­ciá­rios. Em 1966 e 1974, re­cebeu o prémio da casa da Im­prensa para o me­lhor ra­di­a­lista, e, em 2011, o prémio de Con­sa­gração de Car­reira da So­ci­e­dade Por­tu­guesa de Au­tores.

Da rádio pas­saria para a RTP, onde tra­ba­lhou como ar­gu­men­tista e re­a­li­zador, dei­xando mais de 30 te­le­filmes e sé­ries de ficção, do­cu­men­tário e peças de te­atro, como «A Bor­bo­leta na Gaiola», «Morte D´Homem» (que vence em 1988 o Grande Prémio do Fes­tival de Ci­nema para Te­le­visão de Chi­an­chino, Itália), «Arroz Doce» e «Es­quadra de Po­lícia».

O crí­tico e en­saísta Jorge Leitão Ramos, no «Di­ci­o­nário do Ci­nema Por­tu­guês», es­creve que Luís Fi­lipe Costa as­sinou «al­gumas das me­lhores pro­du­ções da RTP».

Autor dos ro­mances «A Bor­bo­leta na Gaiola» e «Agora e na Hora da sua Morte», Luís Fi­lipe Costa deixa ainda a sua marca e poder cri­ador no te­atro, onde en­cenou a peça «África», com au­toria e in­ter­pre­tação de Isabel Me­dina, sua mu­lher.