Séc. XVII – Nasce a Sociedade dos Amigos

Mais co­nhe­cidos por Qua­kers – de­sig­nação de­pre­ci­a­tiva que sig­ni­fica «os que tremem di­ante de Deus», adop­tada pelos que era su­posto es­car­necer – os Amigos surgem na Grã-Bre­tanha, no seio da Igreja an­gli­cana, por ins­pi­ração do mis­si­o­nário Ge­orge Fox. De­si­lu­dido com a sua Igreja, Fox pro­cura uma nova forma de ex­pressar a fé. Acre­dita que não são ne­ces­sá­rios in­ter­me­diá­rios entre Deus e os ho­mens. A dis­pensa de ri­tuais e de pas­tores e, con­se­quen­te­mente, de hi­e­rar­quia re­li­giosa, aliada à con­vicção de que todos têm uma pa­lavra a dizer e todos têm os mesmos di­reitos na vida re­li­giosa, tanto ca­tiva se­gui­dores como sus­cita ódios. De­fi­ni­ti­va­mente es­ta­be­le­cida em 1652, a «So­ci­e­dade dos Amigos» já conta com mais de 40 mil mem­bros em 1660. En­frenta pro­blemas com a Igreja ofi­cial e com o pró­prio Es­tado, pois a par da li­ber­dade de culto pre­co­niza que os seus mem­bros não devem ser obri­gados a prestar ser­viço mi­litar nem a jurar fi­de­li­dade ao rei. Per­se­guidos, muitos qua­kers foram con­de­nados à morte, ou­tros re­fu­gi­aram-se na Amé­rica. De­fen­sores da edu­cação para todos, da li­ber­dade re­li­giosa e da abo­lição da es­cra­va­tura, os Amigos chegam a con­se­guir a li­ber­dade para os es­cravos mem­bros da so­ci­e­dade ainda antes da Guerra da Se­cessão. A Lei de To­le­rância de 1689 pôs fim às per­se­gui­ções.