- Nº 2438 (2020/08/20)

«Pacote sem fundo» condenado na Madeira

Trabalhadores

Algumas dezenas de dirigentes e activistas sindicais reuniram-se, no dia 11, junto à sede do Governo Regional, no Funchal, por iniciativa da União dos Sindicatos da Madeira, para simbolicamente ali deixarem um «pacote sem fundo».

«Neste momento de grande complexidade para a vida dos trabalhadores e seus familiares, mas, sobretudo, para a economia da região, assistimos cada vez mais a anúncios de atribuição de subsídios para os grandes grupos económicos e grandes empresas», bem como para grandes instituições particulares de solidariedade social, disse, a propósito, Adolfo Freitas.

Citado pela agência Lusa, o dirigente da estrutura regional da CGTP-IN, que é também presidente do Sindicato da Hotelaria da Madeira, realçou que os trabalhadores, que já tiveram importantes perdas de rendimento com as medidas de resposta à COVID-19, continuarão a ser penalizados com o novo «apoio extraordinário à retoma progressiva da actividade», que sucedeu ao lay-off «simplificado».

Para a USAM, não haverá retoma económica «se não houver a reposição e o aumento dos salários dos trabalhadores», pois o que «faz gerar economia numa região ou num país é o salário que cada família leva para casa ao final de cada mês».