Consultora de má memória assessora recuperação da TAP

ECONOMIA O Conselho de Administração da TAP anunciou que a Boston Consulting Group vai assessorar o plano de recuperação da companhia. O Sitava fala de uma opção que traz à memória tempos passados, negativos para a empresa.

A BCG tem história na TAP e não é positiva

O sindicato filiado na CGTP-IN, em comunicado divulgado anteontem, 18, recorda que foi precisamente a BCG que foi contratada há anos para elaborar o «célebre» projecto RISE, cuja aplicação a administração de então garantiu que não avançaria, mas que no entanto acabou por ser «paulatinamente aplicado e a TAP foi sendo descaracterizada».

Mas há mais, garante o Sitava, remetendo para um comunicado seu de 2016 (reproduzido no verso do distribuído na terça-feira) onde se alerta para uma «particularidade» da BCG, a de produzir estudos com conclusões à medida dos interesses do cliente: nessa altura, elaborou dois sobre o Aeroporto Sá Carneiro com conclusões «diametralmente opostas», um para a ANA Aeroportos, outro para um grupo de empresas liderado pela Sonae.

Foi ainda a Boston Consulting Group que avançou com «experimentalismos aventureiristas» que levaram ao desmantelamento de equipas e à colocação em tarefas de responsabilidade de trabalhadores sem qualquer formação ou experiência». A contratação de trabalhadores pelas redes sociais, à revelia do Departamento de Recursos Humanos da Empresa, foi outra das práticas da consultora enquanto esteve na TAP. Vários desses trabalhadores foram agora «lamentavelmente» despedidos.

Credibilidade
e reorganização

«Que credibilidade vai ter o trabalho desta espécie de consultora», questiona o Sitava realçando que mesmo que todo o processo esteja dentro da lei, já do ponto de vista ético e moral, a contratação da BCG é, «no mínimo, deplorável e até insultuoso». A TAP, prossegue o sindicato, tem a obrigação de «impor credibilidade e transparência em tudo o que faz ou manda fazer».

Para o Sitava, a TAP precisa é de «uma nova direcção que reorganize e coloque os aviões a voar. É completamente incompreensível que as companhias estrangeiras tenham uma presença mais forte nos aeroportos nacionais do que a própria TAP».

 



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