Os vereadores do PCP na Câmara Municipal de Lisboa (CML) solicitaram esclarecimentos sobre «que medidas foram avançadas ou vão ser tomadas pelo município para que não se verifique o encerramento de uma colectividade centenária como o Lusitano Clube?».
A pergunta surge no seguimento da acção de despejo do clube centenário, em 2017, e de a CML ter cedido, a título de aluguer, as instalações num edifício municipal localizado na rua das Escolas Gerais, no qual a colectividade desenvolveu as suas actividades, com as dificuldades conhecidas. Para o efeito, o clube procedeu a um conjunto de obras necessárias ou melhoramento das condições existentes, cujo valor atingiu os 16 mil euros.
Entretanto, os vereadores do PCP tomaram conhecimento que o Lusitano Clube vai rescindir o contrato de arrendamento com a CML, dada a impossibilidade de continuar a pagar uma renda que actualmente tinha o valor de 985 euros mensais. «Relativamente às obras realizadas pondera o município ressarcir a colectividade das despesas realizadas?», interrogam os comunistas.
Recorde-se que a Assembleia Municipal de Lisboa, por proposta dos eleitos comunistas, aprovou, na sessão de 16 de Outubro de 2018, que a CML assumisse o seu total apoio às justas aspirações do Lusitano Clube, nomeadamente a sua luta para se manter enquanto colectividade da cidade, recomendando que fosse encontrada uma solução, em diálogo com o Lusitano Clube, que permitisse a continuação da existência desta colectividade de Lisboa.