Exigido na ONU o fim das sanções

SANÇÕES Em nome dos di­reitos hu­manos neste pe­ríodo de pan­demia, 26 países, cujo porta-voz foi a China, re­cla­maram nas Na­ções Unidas o fim das san­ções norte-ame­ri­canas e oci­den­tais contra os seus povos.

Re­pre­sen­tante da China falou na As­sem­bleia Geral da ONU em nome de 26 países

A Re­pú­blica Po­pular da China exigiu na ONU o fim ime­diato das san­ções uni­la­te­rais e ile­gais im­postas pelos Es­tados Unidos contra Cuba e ou­tros 25 países, de­nun­ci­ando o seu efeito de­vas­tador no meio da pan­demia de COVID-19. A in­ter­venção foi feita, no dia 5, numa reu­nião da 3.ª Co­missão da As­sem­bleia Geral es­pe­ci­a­li­zada em Di­reitos Hu­manos.

O re­pre­sen­tante per­ma­nente de Pe­quim na Or­ga­ni­zação das Na­ções Unidas, Zhang Jun, en­fa­tizou que só o fim das me­didas co­er­civas per­mi­tirá à co­mu­ni­dade in­ter­na­ci­onal con­se­guir uma res­posta efi­ci­ente e com­pleta face à crise sa­ni­tária.

O em­bai­xador chinês la­mentou que Washington e ou­tras po­tên­cias oci­den­tais re­corram à pu­nição em mo­mentos em que se impõe abrir ca­minho à so­li­da­ri­e­dade e à co­o­pe­ração no mundo. As me­didas uni­la­te­rais – acres­centou – têm um im­pacto ine­gável nos di­reitos hu­manos, travam o avanço do de­sen­vol­vi­mento sócio-eco­nó­mico e im­pedem al­cançar o bem-estar dos povos, em es­pe­cial, de cri­anças, mu­lheres, idosos e pes­soas com de­fi­ci­ência.

Zhang Jun ex­pressou pre­o­cu­pação porque as san­ções li­mitam o acesso a pro­dutos bá­sicos, bem como a equi­pa­mentos e ser­viços de saúde, muito ne­ces­sá­rios para en­frentar a COVID-19.

Entre ou­tras ques­tões, o di­plo­mata também se pro­nun­ciou contra a dis­cri­mi­nação que ex­pe­ri­mentam todos os dias os imi­grantes e os afro­des­cen­dentes em países como os Es­tados Unidos da Amé­rica.

A in­ter­venção do re­pre­sen­tante chinês foi feita em nome de Cuba, An­gola, An­tígua e Bar­buda, Bi­e­lor­rússia, Cam­boja, Ca­ma­rões, Eri­treia, Laos, Irão, Síria, Myanmar, Re­pú­blica Po­pular De­mo­crá­tica da Co­reia, Guiné-Equa­to­rial, Sudão, Na­míbia, Ni­ca­rágua, Pa­quistão, Pa­les­tina, Rússia, São Vi­cente e Gra­na­dinas, Sudão do Sul, Su­ri­name, Ve­ne­zuela e Zim­babwe.

A to­mada de po­sição destes países somou-se aos apelos do se­cre­tário-geral da ONU, An­tónio Gu­terres, da alta co­mis­sária para os Di­reitos Hu­manos, Mi­chelle Ba­chelet, e de vá­rias or­ga­ni­za­ções no sen­tido de sus­pender qual­quer sanção uni­la­teral porque trava a ajuda hu­ma­ni­tária no meio da pan­demia.



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