Polícia reprime manifestação promovida pelos comunistas gregos
O Partido Comunista da Grécia (PCG) denuncia a repressão da polícia grega contra uma manifestação realizada na semana passada, em Atenas, que assinalava o aniversário da revolta estudantil da Universidade Politécnica de Atenas, em Novembro de 1973, um dos acontecimentos que conduziu ao derrube da junta militar na Grécia (1967-1974) imposta pelos Estados Unidos da América. Desde então, todos os anos, a 17 de Novembro, realizam-se acções organizadas pelo PCG, sindicatos, associações de estudantes e outras organizações, que culminam com uma marcha que termina junto da embaixada norte-americana, em Atenas.
Quando os manifestantes se encontravam, na tarde de 17, no centro da capital grega, de forma organizada, cumprindo as medidas sanitárias de protecção devido à pandemia, a polícia reprimiu-os com bastões, gás lacrimogéneo e canhões de água, não hesitando em agredir deputados comunistas presentes e procedendo a dezenas de detenções.
O secretário-geral do PCG, Dimitris Koutsoumbas, que encabeçava a manifestação com outros dirigentes do partido, denunciou «a bárbara repressão» e exigiu a imediata libertação dos detidos.
O PCP enviou uma mensagem onde condenou a repressão da policia e manifestou a sua solidariedade aos estudantes e trabalhadores gregos e ao Partido Comunista da Grécia na luta contra as medidas autoritárias e anti-democráticas do governo grego, considerando inaceitável que, a pretexto da epidemia, se procurem limitar direitos e liberdades democráticas, como fez o Governo da Nova Democracia ao tentar impedir que os estudantes e trabalhadores gregos assinalassem nas ruas esta importante data da luta contra o fascismo na Grécia.