DESENVOLVER A LUTA

Des­taque: «PCP con­ti­nuará a in­tervir pela res­posta aos pro­blemas»

No mo­mento em que se con­tinua a fazer sentir o im­pacto po­si­tivo da re­a­li­zação do XXI Con­gresso sobre a vida do Par­tido e, porque se tratou, como sempre acon­tece com os Con­gressos do PCP, dum acon­te­ci­mento po­lí­tico li­gado à vida, ele re­flecte-se agora nessa mesma vida, es­ti­mu­lando a luta pela sua trans­for­mação, pelas res­postas aos pro­blemas dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País.

Por isso mesmo, o XXI Con­gresso do PCP (que a co­mu­ni­cação so­cial do­mi­nante, na linha da ofen­siva an­ti­co­mu­nista de­sen­ca­deada contra a sua re­a­li­zação pro­cura agora es­va­ziar de sig­ni­fi­cado e con­teúdo), aí está a dar força à luta dos tra­ba­lha­dores pelo au­mento geral dos sa­lá­rios, contra a des­re­gu­lação dos ho­rá­rios de tra­balho, pela re­vo­gação das normas gra­vosas da le­gis­lação la­boral, contra os des­pe­di­mentos, pelas rei­vin­di­ca­ções con­cretas dos tra­ba­lha­dores, como está a acon­tecer na se­mana de acção e luta pro­mo­vida pela CGTP-IN, entre 7 e 11 de De­zembro, e em muitas ou­tras lutas mar­cadas para este mês de De­zembro, nas em­presas, lo­cais de tra­balho e sec­tores.

Aí está a dar força à can­di­da­tura de João Fer­reira. Can­di­da­tura que, a mês e meio das elei­ções para Pre­si­dente da Re­pú­blica, con­tinua a alargar apoios e a de­sen­volver uma in­tensa acção no con­tacto com as po­pu­la­ções, es­cla­re­cendo e mo­bi­li­zando para o apoio e para o voto, como a única capaz de pro­ta­go­nizar um pro­jecto de mu­dança que rompa com a po­lí­tica de di­reita e as­suma os va­lores de Abril e os prin­cí­pios con­sa­grados na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa para a cons­trução de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva que dê res­posta aos pro­blemas na­ci­o­nais.

Aí está a re­flectir-se nas co­me­mo­ra­ções do Cen­te­nário do PCP, como acon­teceu na pas­sada sexta-feira com a inau­gu­ração da ex­po­sição co­me­mo­ra­tiva do cen­te­nário do Par­tido em Al­mada em que par­ti­cipou o Se­cre­tário-geral do PCP, e na pre­pa­ração de muitas ou­tras ini­ci­a­tivas, com des­taque para o co­mício do Cen­te­nário em 6 de Março de 2021 no Campo Pe­queno em Lisboa, que pelo seu sig­ni­fi­cado e im­por­tância, deve me­recer desde já uma par­ti­cular atenção às or­ga­ni­za­ções do PCP e a todos os de­mo­cratas e pa­tri­otas que com­pre­endem o papel es­sen­cial do Par­tido na luta por um Por­tugal com fu­turo.

Aí está igual­mente a re­flectir-se na di­na­mi­zação da acção de re­forço do PCP, avan­çando, no­me­a­da­mente, na res­pon­sa­bi­li­zação de 100 qua­dros por cé­lulas de em­presa, local de tra­balho e sector e na cri­ação de 100 novas cé­lulas, bem como di­na­mi­zando a cam­panha na­ci­onal de fundos «o fu­turo tem par­tido».

Aí está também na luta que o PCP trava pela con­cre­ti­zação de me­didas que, pela sua in­ter­venção, fi­caram ins­critas no Or­ça­mento do Es­tado para 2020 e de novo no OE para 2021, como é o caso, entre ou­tros, do alar­ga­mento da gra­tui­ti­dade das cre­ches ao se­gundo es­calão, con­forme por­taria re­cen­te­mente pu­bli­cada e que de­fine as con­di­ções de exe­cução desta me­dida com a pro­dução de efeitos a 1 de Se­tembro. Luta que o PCP pros­segue por uma maior abran­gência da sua gra­tui­ti­dade, no sen­tido de chegar a todas as cri­anças, bem como pela im­ple­men­tação da rede pú­blica de cre­ches.

O PCP pro­moveu também esta se­mana o en­contro co­me­mo­ra­tivo do 45.º ani­ver­sário da con­quista da in­de­pen­dência dos povos afri­canos das co­ló­nias por­tu­guesas, que contou com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa e de re­pre­sen­tantes do MPLA, do PAICV, do PAIGC e da FRE­LIMO, a quem o PCP ma­ni­festou a von­tade de pros­se­guir com as suas tra­di­ci­o­nais re­la­ções de ami­zade, as­se­gu­rando-lhes a so­li­da­ri­e­dade dos co­mu­nistas por­tu­gueses para com a acção e a luta que travam pela pros­pe­ri­dade dos seus povos e a so­be­rania e in­de­pen­dência dos seus países.

No mesmo sen­tido, a pro­pó­sito das elei­ções do pas­sado do­mingo para a As­sem­bleia Na­ci­onal na Re­pú­blica Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela, o PCP va­lo­riza estas elei­ções e o que as mesmas re­pre­sentam como afir­mação em de­fesa da so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­onal, de jus­tiça e pro­gresso so­cial, de de­sen­vol­vi­mento e co­o­pe­ração por parte do povo ve­ne­zu­e­lano, de­nuncia e re­pudia as ope­ra­ções em curso para des­le­gi­timar o sig­ni­fi­cado das elei­ções, exige o fim ime­diato das cri­mi­nosas ac­ções de de­ses­ta­bi­li­zação, san­ções e blo­queio e insta o Go­verno por­tu­guês a adoptar um po­si­ci­o­na­mento de acordo com a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa e a dis­so­ciar-se da po­lí­tica de in­ge­rência e agressão dos EUA com a cum­pli­ci­dade da UE.

Valo­ri­zando o seu XXI Con­gresso e com a força, de­ter­mi­nação e con­fi­ança que dele emana, o PCP aí está na luta de todos os dias, no com­bate à ex­plo­ração, na de­fesa dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do povo, para tornar a vida me­lhor. Com a cons­ci­ência de que os avanços e con­quistas con­se­guidos pela luta não são dis­so­ciá­veis duma trans­for­mação bem mais pro­funda, que im­plica a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e a con­cre­ti­zação de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, que essa mesma luta aca­bará por tornar in­con­tor­nável.