Frases

Mas tenho uma cer­teza: qua­dros le­gais que plasmem como normal, e dentro do acei­tável numa so­ci­e­dade com­pas­siva, uma ati­vi­dade ex­plo­ra­dora, de­su­ma­ni­za­dora, pe­ri­gosa e in­du­tora de con­sequên­cias dra­má­ticas para a vida e saúde de mu­lheres po­bres – como a re­gu­la­men­tação da pros­ti­tuição – são in­to­le­rá­veis.”

(Maria João Mar­ques, Pú­blico, 16.12.20)

 

Igual­mente di­fe­rida no tempo será a ava­li­ação do im­pacto da pan­demia em in­di­ca­dores que não têm apenas a ver com o de­sem­penho, mas com as de­si­gual­dades e o papel da es­cola como ele­vador so­cial.”

(Inês Car­doso, Jornal de No­tí­cias, 16.12.20)

 

A he­rança da di­ta­dura de di­reita [em Por­tugal] foi des­qua­li­fi­cando al­gumas vozes que abor­davam o pas­sado co­lo­nial por­tu­guês. Agora, já não. Até se veem mais vozes a negar a exis­tência de um pas­sado de di­ta­dura.”

(Cas Mudde, Visão, 17.12.20)

 

Toda a re­gião, da fron­teira da Tur­quia às costas do Atlân­tico, está a mos­trar que as coisas podem sempre tornar-se mais com­pli­cadas do que antes. A única cons­tante – e que não vai de­sa­pa­recer – é que o fu­turo pa­les­ti­niano não está re­sol­vido.”

(Mirko Ste­fa­novic, Diário de No­tí­cias, 17.12.20)

 

Falo de au­to­nomia real [para o Sara Oci­dental], que tenha em conta as exi­gên­cias da po­pu­lação. Cabe-lhes eleger os seus re­pre­sen­tantes e de­cidir a gestão dos re­cursos de um ter­ri­tório rico, hoje ocu­pado por Mar­rocos.”

(Kha­dija Mohsen-Finan, Ex­presso, 18.12.20)

 

Apesar das li­mi­ta­ções, neste campo, há ra­zões para en­ca­rarmos os pró­ximos meses com con­fi­ança, porque a de­mo­cracia in­tro­duziu em Por­tugal o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (SNS). Em países bem mais po­de­rosos, onde também há fome, não há SNS.”

(Vítor Santos, Jornal de No­tí­cias, 21.12.20)

 

Porém, iró­nica e tris­te­mente, a maior tra­gédia fi­nan­ceira do país, desde 1974, não foi pro­vo­cada pela gestão do Es­tado, foi pro­vo­cada pela banca pri­vada e já custou aos con­tri­buintes mais de 21 mil mi­lhões de euros.”

(Pedro Tadeu, TSF, 21.12.20)