China ultrapassará EUA em 2028 como primeira potência económica

PREVISÕES A China de­verá tornar-se, na pró­xima dé­cada, a pri­meira po­tência eco­nó­mica mun­dial, su­pe­rando os EUA, es­timam fontes oci­den­tais. O FMI prevê que, em 2020, a China será a única grande eco­nomia mun­dial a crescer: o PIB chinês au­men­tará este ano 1,9 por cento e, em 2021, 8,2.

Entre 2021 e 2025, a China cres­cerá cerca de 5,7 por cento ao ano

A China ul­tra­pas­sará os EUA como pri­meira po­tência eco­nó­mica do mundo em 2028, cinco anos antes do pre­visto an­te­ri­or­mente, in­forma a Reu­ters, ci­tando um re­la­tório pu­bli­cado no dia 26 pelo Centro de In­ves­ti­gação Eco­nó­mica e Em­pre­sa­rial (CEBR), do Reino Unido.

«Du­rante algum tempo, um tema do­mi­nante da eco­nomia global foi a luta eco­nó­mica entre os Es­tados Unidos e a China», re­corda o CEBR, que cons­tata como «a pan­demia de COVID-19 e as suas con­sequên­cias eco­nó­micas cer­ta­mente in­cli­naram esta ri­va­li­dade a favor da China».

Neste sen­tido, o centro de aná­lise bri­tâ­nico con­si­dera que «a hábil gestão da pan­demia» por parte de Pe­quim e o im­pacto da crise sa­ni­tária no cres­ci­mento a longo prazo do Oci­dente, se tra­du­ziram numa me­lhoria do de­sem­penho eco­nó­mico do país asiá­tico.

Os es­pe­ci­a­listas es­timam que entre 2021 e 2025 a China cres­cerá cerca de 5,7 por cento ao ano, antes de de­sa­ce­lerar até 4,5 por cento du­rante o pe­ríodo com­pre­en­dido entre 2026 e 2030.

Em­bora seja pro­vável que em 2021 os EUA con­sigam uma forte re­cu­pe­ração eco­nó­mica de­pois da pan­demia, o CEBR prevê que o seu cres­ci­mento anual de­sa­ce­lere até 1,9 por cento por ano entre 2022 e 2024, valor que bai­xaria pos­te­ri­or­mente até 1,6 por cento.

Por outro lado, a con­sul­tora es­tima que o Japão con­ti­nuará a ser a ter­ceira maior eco­nomia do pla­neta até prin­cí­pios da dé­cada de 2030, al­tura em que a Índia ocu­paria essa po­sição, en­quanto a Ale­manha pas­saria de quarto para quinto lugar.

A par­ti­ci­pação chi­nesa nas ex­por­ta­ções mun­diais con­tinua a au­mentar, su­pe­rando agora in­clu­si­va­mente o nível an­te­rior ao co­meço da guerra co­mer­cial com Washington, em 2018, o que faz que a de­pen­dência da China por parte da eco­nomia mun­dial seja cada vez mais clara.

No pas­sado dia 15 de No­vembro foi as­si­nado o maior tra­tado de livre co­mércio do mundo: um bloco com a China à ca­beça que junta 15 eco­no­mias da Ásia-Pa­cí­fico e que re­pre­senta quase um terço da po­pu­lação mun­dial e 29 por cento do Pro­duto In­terno Bruto mun­dial. Trata-se da As­so­ci­ação Eco­nó­mica In­te­gral Re­gi­onal (RCEP), agru­pando os 10 países mem­bros da As­so­ci­ação das Na­ções do Su­deste Asiá­tico (ASEAN), assim como a China, o Japão, a Co­reia do Sul, a Aus­trália e a Nova Ze­lândia.

Além disso, nos co­meços de De­zembro soube-se que a China su­perou no ter­ceiro tri­mestre de 2020 os Es­tados Unidos no plano do co­mércio com a União Eu­ro­peia, con­ver­tendo-se no prin­cipal par­ceiro do bloco eu­ropeu nesse âm­bito.

 



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