Portugal precisa de uma viragem na política ambiental, que preserve o equilíbrio da natureza e dos seus sistemas ecológicos, que respeite o «principio da precaução» face a novas ameaças e problemas, contribuindo para prevenir os efeitos das alterações climáticas, e garanta a democratização do seu acesso e usufruto da natureza, combatendo a mercantilização do ambiente.

A política patriótica e de esquerda que o PCP propõe passa pela exigência de reforço dos meios do Estado para uma efectiva defesa do equilíbrio da natureza. Nesse sentido, é necessário diminuir a dependência dos combustíveis fósseis, promovendo alternativas energéticas de domínio público; promover o transporte público; reduzir emissões com um normativo específico, e não com atribuição de licenças transaccionáveis que potenciam a especulação e não resolvem o problema; rejeitar a mercantilização da água; defender a produção local, contrariando a liberalização do comércio mundial.

Também a renacionalização da GALP é uma necessidade absoluta e evidente para defender a soberania do País em matéria energética.

Já o controlo público dos sectores estratégicos é uma luta fundamental para que o País possa desenvolver uma política de promoção do equilíbrio ambiental.