No dia 13, no Largo da Fonte Nova, a União dos Sindicatos de Setúbal e a União dos Resistentes Antifascistas Portugueses promoveram um acto público para lembrar a luta dos operários corticeiros da capital sadina, há 100 anos, violentamente reprimida. Ao fim de vários dias de greve, por melhores salários e condições de trabalho, interveio a recém-formada GNR e na Avenida Luísa Todi foram mortos dois trabalhadores, Mariana Torres e António Mendes.
O trágico dia 13 de Março de 1911 passaria a ficar conhecido como data dos «fuzilamentos de Setúbal», lembrou Luís Leitão, coordenador da USS e membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, citado por O Setubalense, no dia 15. O jornal deu nota ainda das intervenções de Pedro Soares, pela URAP, e do actor Fernando Casaca.