Através de observações do espetrógrafo MUSE (equipamento astronómico único no mundo que foi instalado no Chile para encontrar galáxias longínquas), uma equipa de investigadores, incluindo do Instituto de Astrofísica e Ciência do Espaço (IA), da Universidade do Porto, conseguiu observar filamentos cósmicos relativos ao período em que o universo tinha menos de 15% da idade actual.
Em comunicado divulgado dia 18, aquele instituto informa que as observações do universo jovem, com um a dois mil milhões de anos após o Big Bang, revelaram ainda a existência de «inúmeras galáxias anãs, que até aqui nem se suspeitava que existissem».
«As imagens também revelaram que 40% das galáxias agora descobertas são tão ténues que não eram visíveis na imagem obtida pelo telescópio espacial Hubble», esclarece o IA, que acrescenta que a «maior surpresa» ocorreu quando as simulações revelaram que uma fracção significativa da luz difusa tem origem num «enorme mar de galáxias anãs de luminosidade ultra-fraca».