1732 – Fundação da Livraria Bertrand

Fun­dada em 1732 por Pedro Faure, a Ber­trand do Chiado, co­nhe­cida como o El Do­rado dos li­vreiros, é a mais an­tiga li­vraria do mundo em fun­ci­o­na­mento, cons­tando no Guin­ness World Re­cords desde 2011. Nos seus quase tre­zentos anos de his­tória so­freu grandes con­vul­sões, in­cluindo o ter­ra­moto de 1755, a que se se­guiram um ma­re­moto e vá­rios in­cên­dios que des­truiram Lisboa. O seu nome re­sulta da as­so­ci­ação de Faure com Pi­erre e Jean Jo­seph Ber­trand, se­lada pelo ca­sa­mento de Pi­erre com a filha de Faure. Com a morte deste acaba a firma «Pedro Faure & Ir­mãos Ber­trand» e co­meça a di­nastia Ber­trand. A li­vraria faz parte do iti­ne­rário cul­tural da ci­dade: por ali pas­saram nomes ilus­tres como Bo­cage, Ale­xandre Her­cu­lano, Oli­veira Mar­tins, Eça de Queiroz, An­tero de Quental ou Ra­malho Or­tigão, em ter­tú­lias po­lí­ticas e cul­tu­rais, às vezes cons­pi­ra­tivas. Com a morte do úl­timo Ber­trand, o ne­gócio é as­su­mido por José Fon­tana, li­vreiro da casa, fun­dador do par­tido ope­rário so­ci­a­lista, que com An­tero de Quental or­ga­niza as cé­le­bres Con­fe­rên­cias do Ca­sino. Nos anos 50, a casa que edita Aqui­lino Ri­beiro é ponto de en­contro de opo­si­tores à di­ta­dura, como Fer­nando Na­mora, Ur­bano Ta­vares Ro­dri­gues e José Car­doso Pires. A marca dispõe de mais de 50 li­vra­rias em todo o País.