Projecto consolidado em Sobral de Monte Agraço

Desde 1979 e com o pro­jecto da CDU, o con­celho de So­bral de Monte Agraço pros­se­guiu um ca­minho de de­sen­vol­vi­mento in­te­grado e sus­ten­tável, ge­rador da me­lhoria da qua­li­dade de vida. Uma obra imensa, desde a infra-es­tru­tu­ração do con­celho à cons­trução de equi­pa­mentos cul­tu­rais e des­por­tivos, pas­sando pela va­lo­ri­zação do ser­viço pú­blico e fi­xação da po­pu­lação.

O nosso grande or­gulho é termos cres­cido de forma sus­ten­tável

Como des­tacou ao Avante! José Al­berto Quin­tino, pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal de So­bral de Monte Agraço, nestes úl­timos 40 anos «tudo o que foi feito» no con­celho tem a marca da CDU. «Em 1979, o So­bral não tinha luz eléc­trica, não tinha água ca­na­li­zada, não tinha sa­ne­a­mento bá­sico, não tinha infra-es­tru­turas, não tinha ser­viços pú­blicos ou teria os mí­nimos. A partir daí tudo nasceu e evo­luiu. Hoje, po­demos dizer que temos um con­celho mag­ní­fico, que mantém a sua traça rural, às portas de Lisboa, com uma qua­li­dade de vida ex­cep­ci­onal», va­lo­rizou o eleito do PCP, que está à frente dos des­tinos da au­tar­quia há dois man­datos.

Este con­celho, com pouco mais de dez mil ha­bi­tantes e três fre­gue­sias (Santo Quin­tino, Sa­pa­taria e So­bral de Monte Agraço), onde «toda a gente se co­nhece e en­tre­a­juda», é cada vez mais pro­cu­rado. Nos úl­timos 20 anos, se­gundo os Censos, a po­pu­lação cresceu cerca de 40 por cento, o que é mo­tivo de or­gulho e uma enorme res­pon­sa­bi­li­dade para os eleitos da CDU. No Oeste, só o con­celho de Ar­ruda, às portas da A10, cresceu mais do que o So­bral de Monte Agraço, por força de «uma ex­plosão de­mo­grá­fica» de­cor­rente de in­ves­ti­mento pri­vado, que levou a que se tor­nasse «mais um dor­mi­tório de Lisboa», des­creveu José Al­berto Quin­tino, su­bli­nhando: «O nosso grande or­gulho é termos cres­cido de forma sus­ten­tável, com tudo o que as pes­soas pre­cisam para viver bem».

Neste per­curso, o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo, «braço di­reito» do Poder Local De­mo­crá­tico no con­celho, teve um papel muito im­por­tante. «Desde que sou au­tarca, há cerca de 20 anos (quatro como pre­si­dente de Junta, oito como ve­re­ador e oito como pre­si­dente da Câ­mara), nunca houve nada que nos fosse pe­dido por parte de uma as­so­ci­ação a que nós não ti­vés­semos ace­dido. É um mo­vi­mento que puxa muito pelo nosso con­celho», va­lo­rizou.

Al­deias re­vi­ta­li­zadas
En­tre­tanto, «es­tamos a as­sistir a um fe­nó­meno» de pro­cura de ha­bi­ta­ções, com «as nossas al­deias a serem re­vi­ta­li­zadas», re­forçou o eleito do PCP. No mo­mento da en­tre­vista, na Di­visão de Obras es­tavam cerca de 20 pro­jectos em afe­rição.

Como exemplo da de­manda, o au­tarca re­feriu a qua­li­dade das pis­cinas mu­ni­ci­pais, gra­tuitas para as cri­anças do 1.º ciclo e uma re­fe­rência a nível na­ci­onal, o Ci­ne­te­atro, com uma pro­gra­mação in­tensa e di­ver­si­fi­cada, e os ser­viços pú­blicos, onde não existem filas.

A edu­cação é outra das mais-va­lias. Re­cen­te­mente, foram sub­me­tidas can­di­da­turas ao pro­grama Por­tugal Centro 2020, com um valor total de in­ves­ti­mento de cerca de um mi­lhão e 400 mil euros, com vista à re­qua­li­fi­cação das es­colas bá­sicas (EB) de So­bral e S. Quin­tino e de Pero Negro, onde estão pre­vistas in­ter­ven­ções pro­fundas nas infra-es­tru­turas, com vista à me­lhoria sig­ni­fi­ca­tiva do pro­cesso de en­sino-apren­di­zagem e à me­lhoria das con­di­ções de tra­balho para alunos, pro­fes­sores, as­sis­tentes ope­ra­ci­o­nais e as­sis­tentes téc­nicos.

Com estes mesmos ob­jec­tivos, foi avan­çada uma can­di­da­tura para a am­pli­ação do nú­mero de salas na EB e Se­cun­dária Jo­a­quim Inácio da Cruz So­bral, após a ce­le­bração de um acordo de co­la­bo­ração com o Mi­nis­tério da Edu­cação.

Às portas de Lisboa e com um pa­tri­mónio na­tural e pai­sa­gís­tico de grande be­leza, também o tu­rismo é uma «forte aposta» do mu­ni­cípio, exis­tindo dois mo­nu­mentos na­ci­o­nais no ter­ri­tório: as Li­nhas de Torres e a Igreja de Santo Quin­tino, re­cen­te­mente res­tau­rada pela au­tar­quia. Va­lo­ri­zando a his­tória do con­celho e o seu pa­tri­mónio, foi co­lo­cada na ro­tunda da Es­trada Na­ci­onal 248 uma es­cul­tura evo­ca­tiva das Li­nhas de Torres, ho­me­na­ge­ando o es­forço he­róico dos mi­li­tares e do povo por­tu­guês, na de­fesa da in­de­pen­dência de Por­tugal, du­rante as in­va­sões fran­cesas.

Mo­tivo de in­te­resse é também o Cir­cuito e o Forte do Al­queidão. Por entre serras e vales, existem vá­rias moi­nhos de mo­agem e inú­meros per­cursos e tri­lhos mar­cados.

In­ter­ven­ções im­por­tantes
A «obra do man­dato» foi mesmo a con­clusão das obras do Pa­vi­lhão Mul­ti­ser­viços, e do seu es­paço en­vol­vente, de ex­trema im­por­tância para o fu­turo do con­celho. Pros­se­guiu-se também, entre muita ou­tras in­ter­ven­ções, com a subs­ti­tuição de lâm­padas de vapor de sódio por lâm­padas LED (50 por cento do total do con­celho), com as re­qua­li­fi­ca­ções do es­paço pú­blico, ad­quiriu-se uma vi­a­tura des­ti­nada à re­colha de re­sí­duos só­lidos ur­banos e um tri­tu­rador, in­vestiu-se no abas­te­ci­mento de água e na cons­trução de con­dutas des­ti­nadas a águas plu­viais, re­qua­li­fi­caram-se e be­ne­fi­ci­aram-se es­tradas mu­ni­ci­pais e ar­ru­a­mentos, cuidou-se do es­paço pú­blico.

À con­versa juntou-se Luís So­ares, vice-pre­si­dente da au­tar­quia, que nos falou de um pro­grama «To­ne­ladas de Ajuda», da Va­lorsul, a que o mu­ni­cípio do So­bral se as­so­ciou e que tem como ob­jec­tivo pro­mover a re­ci­clagem no con­celho, unindo a missão am­bi­ental à so­cial. Os ma­te­riais de­po­si­tados nos eco­pontos (pa­pelão, plás­tico e vidro) podem ser en­tre­gues di­rec­ta­mente no eco­centro. O valor dos ma­te­riais será en­tregue a ins­ti­tui­ções do con­celho. Desta forma, o mu­ni­cípio reduz o custo das ta­rifas dos re­sí­duos, que têm vindo su­ces­si­va­mente a au­mentar.

Ainda sobre as re­a­li­za­ções deste man­dato, José Al­berto Quin­tino deu conta da cons­trução de um parque ra­dical, em exe­cução, a cri­ação de uma via pe­donal na en­trada Nas­cente da vila, con­cre­ti­zada, que se vai es­tender para Norte e Sul, e de uma creche na fre­guesia de Sa­pa­taria. Fi­nan­cei­ra­mente o con­celho en­contra-se de boa saúde, com margem de en­di­vi­da­mento e a pagar as suas fac­turas num prazo de 60 dias.

De olhos postos no fu­turo, a au­tar­quia está já a fazer a re­visão do Plano Di­rector Mu­ni­cipal, que será uma re­a­li­dade em 2022. «A nossa in­tenção é alargar as zonas in­dus­triais e os pe­rí­me­tros ur­banos, num con­celho com muita re­serva eco­ló­gica (70 por cento)», adi­antou o au­tarca.

Con­fi­ante no tra­balho re­a­li­zado e ig­no­rando «a forma de ac­tu­ação» dos par­tidos da opo­sição, de «mal­dizer e mes­qui­nhice», o pre­si­dente da Câ­mara di­rigiu-se a todos os so­bra­lenses: «A nossa forma de tra­ba­lhar é de pro­xi­mi­dade com a po­pu­lação, com muito tra­balho e de­di­cação, para re­solver os seus pro­blemas».

 

A epi­demia tudo parou

«A COVID-19 fez parar tudo», es­tando-se a viver num «tempo imen­sa­mente es­tranho, em que tudo é uma di­fi­cul­dade, es­sen­ci­al­mente no tra­balho au­tár­quico», la­mentou José Al­berto Quin­tino. As obras, muitas vezes, não foram ini­ci­adas ou con­cluídas porque os ma­te­riais não foram en­tre­gues ou as em­presas en­cer­raram, o que im­pediu, por exemplo, o avanço das obras na EB de So­bral e S. Quin­tino (o novo con­curso ter­mina no dia 9 de Maio) ou da In­cu­ba­dora de Em­presas, no an­tigo quartel da GNR.

En­tre­tanto, «tudo o que se fez du­rante a pan­demia, à ex­cepção das me­didas que vêm do Poder Cen­tral, como o lay-off, foi de­sen­vol­vido pelo mu­ni­cípio», re­feriu, dando conta do apoio da Câ­mara na de­le­gação de saúde, «porque os fun­ci­o­ná­rios não con­se­guiam dar res­posta», ou na área so­cial, com a cri­ação de li­nhas de apoio «a quem es­tava con­fi­nado» e às co­lec­ti­vi­dades. Foram também dis­tri­buídos equi­pa­mentos de pro­tecção in­di­vi­dual a todas as ins­ti­tui­ções do con­celho e en­tre­gues com­pu­ta­dores e ma­te­rial es­colar a alunos do Agru­pa­mento de Es­colas Jo­a­quim Inácio da Cruz So­bral.

 

Rei­vin­di­ca­ções ao Poder Cen­tral

Do que são res­pon­sa­bi­li­dades do Poder Cen­tral, o Exe­cu­tivo da Câ­mara Mu­ni­cipal de So­bral de Monte Agraço re­clama, entre ou­tras me­didas, o re­forço das verbas atri­buídas à re­gião do Oeste no âm­bito do Pro­grama de Apoio à Re­dução Ta­ri­fária nos Trans­portes (PART), para que não sejam os mu­ni­cí­pios a su­portar os custos do passe inter-re­gi­onal mensal (70 euros) com a Área Me­tro­po­lita de Lisboa; a con­ser­vação e re­pa­ração das es­tradas na­ci­o­nais que atra­vessam o con­celho; a con­cre­ti­zação do IC 11; mais pro­fis­si­o­nais para a Uni­dade de Saúde Fa­mi­liar.

Re­la­ti­va­mente à des­cen­tra­li­zação de com­pe­tên­cias do Es­tado para o Poder Local De­mo­crá­tico, que até agora foi re­cu­sado no So­bral, José Al­berto Quin­tino la­menta a in­tenção do Go­verno de des­pejar para as au­tar­quias res­pon­sa­bi­li­dades que são suas por ser­viços pú­blicos de­gra­dados, com pro­blemas de falta de pes­soal e de meios.

Como po­si­tivo, fruto da luta das po­pu­la­ções, des­tacou a im­por­tância da mo­der­ni­zação e elec­tri­fi­cação da Linha do Oeste, apesar dos atrasos.



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