1900 – Descoberto mapa da idade do bronze

A mis­te­riosa laje de Saint-Bélec que co­bria um tú­mulo do início da Idade do Bronze na co­muna fran­cesa de Leuhan, na re­gião da Bre­tanha, Fi­nistère, com os seus 2 me­tros de com­pri­mento e 1,5 me­tros de lar­gura, des­co­berta por Paul de Châ­tel­lier e guar­dada no seu museu pes­soal de Pont-l'Abbé até 1911, es­teve es­que­cida e per­dida desde a morte do his­to­ri­ador até 2014. Nessa data, os ar­queó­logos Yvan Pailler e Clé­ment Ni­colas des­co­briram-na no cas­telo de Saint-Ger­main-en-Laye, onde ac­tu­al­mente se situa o Museu Na­ci­onal de Ar­que­o­logia de França, e em boa hora se de­di­caram a es­tudá-la. Ins­crus­tada de li­nhas, pontos, cír­culos e ou­tros de­se­nhos, a laje re­pro­du­zirá, se­gundo os es­pe­ci­a­listas, uma re­pre­sen­tação car­to­grá­fica da re­gião onde se en­contra o tú­mulo a que servia de co­ber­tura. Essa con­vicção foi re­for­çada pelos es­tudos le­vados a cabo por Julie Pi­erson, es­pe­ci­a­lista em ge­o­má­tica (en­ge­nheira em ci­ên­cias de in­for­mação ge­o­grá­fica), que através de vá­rios testes ma­te­má­ticos con­firmou que os de­se­nhos se re­ferem aos ar­re­dores de Leuhan. A pe­cu­liar pedra tu­mular é con­si­de­rada o mapa mais an­tigo da Eu­ropa já des­co­berto, sendo re­ve­la­dora do co­nhe­ci­mento car­to­grá­fico da época, em que so­ci­e­dades hi­e­rár­quicas es­tavam di­vi­didas em prin­ci­pados na Baixa Bre­tanha.