A re­sis­tente anti-fas­cista e mi­li­tante do PCP Con­ceição Matos foi ho­me­na­geada na sessão so­lene de co­me­mo­ração do 138.º ani­ver­sário da Voz do Ope­rário. Apesar de 13 de Fe­ve­reiro cor­res­ponder à data da fun­dação da ins­ti­tuição, a ini­ci­a­tiva foi adiada, por mo­tivos sa­ni­tá­rios, tendo sido re­a­li­zada no pas­sado do­mingo, 30 de Maio,

Anu­al­mente, a Voz do Ope­rário, por oca­sião do seu ani­ver­sário, ho­me­na­geia uma per­so­na­li­dade de mé­rito nas áreas da cul­tura, do des­porto ou da po­lí­tica. Este ano, Con­ceição Matos, em re­co­nhe­ci­mento de uma vida in­tei­ra­mente de­di­cada às causas dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês, foi a es­co­lhida.

A des­ta­cada mi­li­tante co­mu­nista nasceu em São Pedro do Sul, mas foi, desde cedo, viver com a sua fa­mília para o Bar­reiro. Co­meçou a tra­ba­lhar muito nova, logo após ter­minar a quarta classe, pri­meiro como cos­tu­reira e de­pois como ope­rária em fá­bricas da re­gião. A partir dos 18 anos, co­meçou a abraçar, com mais afinco, a causa an­ti­fas­cista. Ini­ciou a sua ac­ti­vi­dade po­lí­tica no MUD Ju­venil e, mais tarde, juntou-se às fi­leiras do PCP.

A partir de 1963 en­tregou-se in­tei­ra­mente às ta­refas do Par­tido. Entre ou­tras fun­ções, foi res­pon­sável pela dis­tri­buição do Avante!, por es­crever ma­te­riais de pro­pa­ganda e pela de­fesa de casas clan­des­tinas. Foi presa e tor­tu­rada por di­versas oca­siões.