AKEL reafirma-se como grande força

Luís Carapinha

Nas elei­ções le­gis­la­tivas de do­mingo, 30 de Maio, em que o par­tido de di­reita no go­verno al­cança de novo o pri­meiro lugar, o AKEL (Par­tido Pro­gres­sista do Povo Tra­ba­lhador) mantém-se como a se­gunda maior força.

O se­cre­tário-geral do Co­mité Cen­tral do AKEL, An­dros Ky­pri­anou, de­clarou na noite elei­toral que a vo­tação ob­tida não foi a es­pe­rada pelo par­tido, que vai agora ana­lisar os re­sul­tados e tirar con­clu­sões. No pró­ximo Con­gresso do AKEL, em fi­nais deste mês – re­velou – será apro­fun­dado o de­bate vi­sando fazer re­gressar o Par­tido ao lugar que me­rece.

Ky­pri­anou afirmou que o AKEL con­tinua pre­o­cu­pado com o im­passe do pro­blema de Chipre, com o pe­ri­goso cres­ci­mento do ema­ra­nhar dos in­te­resses e da cor­rupção, que as­sume um ca­rácter ins­ti­tu­ci­onal, e com as po­lí­ticas anti-so­ciais pra­ti­cadas no país.

«In­de­pen­den­te­mente dos re­sul­tados elei­to­rais, con­ti­nu­a­remos com a mesma con­sis­tência a de­fender tudo o que re­pre­senta o nosso DNA ide­o­ló­gico e par­ti­dário: a de­fender os di­reitos do povo tra­ba­lhador, a re­sistir à cor­rupção ins­ti­tu­ci­onal que é a marca do go­verno Anas­ta­si­ades-DISY e a tra­ba­lhar com o ob­jec­tivo de re­solver o pro­blema de Chipre», as­se­gurou o di­ri­gente do AKEL.

Nas elei­ções, o par­tido mais vo­tado foi o DISY, con­ser­vador, que go­verna o país e que ob­teve agora 27,8% dos votos e 17 eleitos, menos um lugar do que em 2016.

O AKEL con­quistou 22,3% dos votos e 15 as­sentos, também menos um do que nas úl­timas le­gis­la­tivas.

Em ter­ceiro lugar ficou o DIKO, na­ci­o­na­lista, com 11,3% (man­teve nove lu­gares).

Se­guiram-se o ELAM, de ex­trema-di­reita, com 6,8% e quatro de­pu­tados (mais dois); o EDEK, so­cial-de­mo­crata (6,72% e quatro eleitos); o DIPA, de di­reita (6,10% e quatro eleitos); e os Verdes (4,41% e três as­sentos).

Os 558 mil elei­tores de Chipre ele­geram 56 par­la­men­tares como uma par­ti­ci­pação elei­toral de 65,73%, li­gei­ra­mente abaixo dos 66,74% de 2016, quando a abs­tenção já tinha sido con­si­de­rada ele­vada.




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