A uni­dade dos tra­ba­lha­dores, a fir­meza e, se ne­ces­sário, o re­curso a formas de luta podem levar à me­lhoria das pro­postas pa­tro­nais, como se com­provou nos úl­timos dias, nos casos que aqui re­la­tamos.

Na DS Smith Paper Viana, ga­nhou re­levo a ele­vada par­ti­ci­pação nos ple­ná­rios, re­cu­sando a vi­gência de três anos. Além de re­cuar para a vi­gência anual, a ad­mi­nis­tração evo­luiu nos va­lores em ne­go­ci­ação, tor­nando pos­sível um acordo que va­lo­riza os tra­ba­lha­dores e me­lhora as suas con­di­ções de vida, como re­alçou o SITE Norte num co­mu­ni­cado de 21 de Maio.

Na Vanpro As­sentos, for­ne­ce­dora da VW Au­to­eu­ropa, exis­tiam con­di­ções para ir mais além na ne­go­ci­ação e obter um me­lhor e mais justo au­mento sa­la­rial. Ao re­tirar o pré-aviso de greve para 21 de Maio, res­pei­tando a von­tade dos tra­ba­lha­dores, o SITE Sul sa­li­entou que a uni­dade e a luta im­pe­diram que fossem de­ci­didos au­mentos dis­cri­mi­na­tó­rios e pré­mios que só con­tem­pla­riam uma pe­quena parte do pes­soal.

A grande luta de­sen­vol­vida, com as greves par­ciais ini­ci­adas a 26 de Abril, de­moveu a ad­mi­nis­tração da Be­ralt Tin & Wol­fram das suas po­si­ções ini­ciais e pos­si­bi­litou acordo com o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores da In­dús­tria Mi­neira. Na Pa­nas­queira, com efeitos a 1 de Ja­neiro, há ac­tu­a­li­za­ções sa­la­riais e do sub­sídio de turno, entre ou­tros avanços, re­fe­ridos pelo sin­di­cato no dia 19 de Maio.

E a Elo?

De­vido à inacção da ad­mi­nis­tração, pe­rante os vá­rios pro­blemas que já lhe foram ex­postos, os tra­ba­lha­dores da Elo Au­to­mo­tive, no Casal do Marco (Seixal), fi­zeram greve na manhã de sexta-feira, dia 28, e des­fi­laram, com uma faixa e ban­deiras, até junto da Es­trada Na­ci­onal 10.
O SITE Sul ex­plicou, na vés­pera da luta, que são exi­gidos au­mentos sa­la­riais sem dis­cri­mi­nação, me­lhores con­di­ções de saúde e se­gu­rança no tra­balho e re­co­nhe­ci­mento, como fe­ri­ados, do dia de Car­naval e do fe­riado mu­ni­cipal. Foi re­cla­mada ainda res­posta ur­gente para pro­blemas como a ine­xis­tência de far­da­mento, a falta de dis­tri­buição de EPI (equi­pa­mentos de pro­tecção in­di­vi­dual) ade­quados à função de­sem­pe­nhada e a não par­ti­ci­pação atem­pada de aci­dentes de tra­balho à se­gu­ra­dora.