Estava agendada para ontem, 8, a audição no Parlamento de responsáveis pela empresa Infra-estruturas de Portugal (IP), a requerimento do PCP.
A justificar o pedido está a sua discordância quanto à decisão daquela empresa pública de avançar com a elaboração de novos estudos para a modernização do troço ferroviário entre Casa Branca e Beja, em vez de avançar com a obra.
Em causa está o concurso público para a elaboração dos estudos e projectos necessários para a modernização daquele troço ferroviário da Linha do Sul e da execução de uma ligação ao Aeroporto de Beja.
«Esta linha já foi alvo de estudos que têm custado milhões de euros aos portugueses, de onde se destaca o estudo da REFER de Maio de 2015», referem os deputados João Dias e Bruno Dias no texto onde requerem a audição, no qual lembram que este estudo abordou as «intervenções nesta infra-estrutura ferroviária para o troço Casa Branca – Funcheira», o qual «já contempla várias soluções, nomeadamente no que respeita às velocidades e à concordância de Casa Branca e a variante do aeroporto de Beja».
Para o PCP, afigura-se assim «incompreensível e mesmo inadmissível que se ignore o estudo da REFER, optando-se pelo gasto de mais 3,23 milhões de euros para estudar o que já está estudado», quando, sublinham, a «prioridade» deveria ser o avanço dos «projectos de execução e as respectivas candidaturas».