Em de­bate no en­contro do PEV es­ti­veram di­versas ma­té­rias re­la­ci­o­nadas com as pró­ximas elei­ções au­tár­quicas, em que o par­tido con­corre in­te­grado na Co­li­gação De­mo­crá­tica Uni­tária, re­a­fir­mada como uma «força au­tár­quica im­pres­cin­dível».

As formas de in­ter­venção es­pe­cí­ficas dos can­di­datos, ac­ti­vistas e eleitos eco­lo­gistas e a re­jeição da trans­fe­rência de com­pe­tên­cias do Es­tado para as au­tar­quias foram ques­tões dis­cu­tidas da parte da manhã. À tarde, o de­bate in­cidiu sobre ques­tões pro­gra­má­ticas, como o ar­vo­redo em meio ur­bano, os trans­portes pú­blicos e mo­bi­li­dade ou o bem-estar animal. No en­contro, que de­correu du­rante todo o dia na Casa do Alen­tejo, foi ainda apro­vado o Ma­ni­festo Verde para as elei­ções au­tár­quicas.

Na aber­tura dos tra­ba­lhos, a di­ri­gente do PEV Cláudia Ma­deira, que é também eleita na As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Lisboa, re­alçou que «en­quanto au­tarcas e ac­ti­vistas, en­quanto eco­lo­gistas, de­vemos ser agentes da trans­for­mação, de­vemos ser a voz ac­tiva nas nossas ci­dades, vilas e al­deias».

Ro­gério Cas­sona, eleito do PEV em Sintra, re­alçou a ne­ces­si­dade de im­ple­mentar po­lí­ticas que «con­duzam de facto a uma maior e ne­ces­sária pro­xi­mi­dade so­cial». Já Ma­nuela Cunha re­feriu-se à ne­ces­si­dade de os au­tarcas eco­lo­gistas se em­pe­nharem para que os planos de or­de­na­mento te­nham como prin­cipal pre­o­cu­pação a de­fesa da água, da bi­o­di­ver­si­dade, dos solos e do pa­tri­mónio.

José Luís Fer­reira, que para além de de­pu­tado na As­sem­bleia da Re­pú­blica en­ca­beça a lista da CDU à As­sem­bleia Mu­ni­cipal do Bar­reiro, des­tacou a li­gação às po­pu­la­ções como marca dis­tin­tiva da co­li­gação que une co­mu­nistas e eco­lo­gistas: «no caso do ae­ro­porto do Mon­tijo, só as au­tar­quias da CDU es­ti­veram ao lado das po­pu­la­ções», ao darem um pa­recer ne­ga­tivo àquela opção.

A de­pu­tada Ma­riana Silva, que é também can­di­data à Câ­mara Mu­ni­cipal de Gui­ma­rães, de­nun­ciou a des­ca­rac­te­ri­zação das ci­dades, que pau­la­ti­na­mente se trans­formam em ce­ná­rios em que os tu­ristas «são con­vi­dados a ver tu­ristas», e apelou a que se pense as ci­dades «eco­ló­gica e so­ci­al­mente mais sus­ten­tá­veis». André Mar­tins, ac­tual pre­si­dente da As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Se­túbal e can­di­dato à pre­si­dência da Câ­mara Mu­ni­cipal, des­tacou a ne­ces­si­dade de manter na agenda po­lí­tica a exi­gência de re­gi­o­na­li­zação.

No âm­bito das suas jor­nadas par­la­men­tares, o Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» re­a­lizou um vasto con­junto de en­con­tros e vi­sitas nos con­ce­lhos de Al­co­chete, Al­mada, Se­túbal e Se­simbra.