A CDU tem um forte compromisso com o povo do Funchal

É pre­ciso al­terar pro­fun­da­mente a na­tu­reza das po­lí­ticas mu­ni­ci­pais no Fun­chal, de modo a que a ci­dade seja aces­sível ao povo, cada vez mais em­pur­rado para as zonas pe­ri­fé­rias, tanto por PSD como pela co­li­gação li­de­rada pelo PS. Esta é a pri­o­ri­dade da CDU, afir­mada ao Avante! por Edgar Silva e Her­landa Amado, pri­meiros can­di­datos, res­pec­ti­va­mente, à Câ­mara e à As­sem­bleia mu­ni­ci­pais.

A ci­dade tem de ser cons­truída a pensar no povo

Que ava­li­ação fazem da pres­tação da «Co­li­gação Con­fi­ança» ao longo deste man­dato à frente da Câ­mara Mu­ni­cipal do Fun­chal?

Her­landa Amado: A partir de 2013, com a al­te­ração da mai­oria no mu­ni­cípio – do PSD para a «Co­li­gação Mu­dança», agora cha­mada «Co­li­gação Con­fi­ança», que in­clui PS, BE, PDR e ou­tras forças – houve em muita gente a ex­pec­ta­tiva de que a vida iria me­lhorar e que muitas das rei­vin­di­ca­ções da po­pu­lação iriam fi­nal­mente ser con­cre­ti­zadas. A ver­dade é que isso não se con­firmou, a «Co­li­gação Con­fi­ança» não trouxe nada de novo.

As po­pu­la­ções pro­curam os eleitos da CDU para lhes co­lo­carem as suas rei­vin­di­ca­ções: o alar­ga­mento da ve­reda do Lombo da Quinta, em São Gon­çalo, a cons­trução do ca­minho do Jam­boto, em Santo An­tónio, e do acesso que liga o Re­lo­jo­eiro ao Cas­ta­nheiro, em São Mar­tinho. Ou a falta de sa­ne­a­mento bá­sico que per­siste no Pico do Cacto, em Santo An­tónio, que a CDU tem vindo a de­nun­ciar. São pro­messas com mais de 20 anos que ainda não foram con­cre­ti­zadas.

Edgar Silva: A vida tem com­pro­vado que de nada serve esta al­ter­nância entre PSD e PS. Aliás, saiu um, en­trou outro, e os prin­ci­pais pro­blemas das po­pu­la­ções mantêm-se ou até se agravam. Ve­jamos o caso da ha­bi­tação: com o PSD à frente do mu­ni­cípio, es­tava na casa dos três mil o nú­mero de fa­mí­lias ins­critas para acesso a ha­bi­tação, com esta co­li­gação esse nú­mero cresceu para quatro mil.

A in­jus­tiça so­cial e a de­si­gual­dade ter­ri­to­rial in­ten­si­fi­caram-se, com as po­pu­la­ções a serem cada vez mais ex­pulsas do centro do Fun­chal, em nome dos in­te­resses do ca­pital (que passou a co­mandar ainda mais a ci­dade) e ao ser­viço da es­pe­cu­lação imo­bi­liária. O mesmo com a «tu­ris­ti­fi­cação» do li­toral, a po­luição dos mares e a con­ta­mi­nação das zonas bal­ne­ares.

De que modo pode a CDU con­tri­buir para al­terar esta si­tu­ação?

Edgar Silva: O grande de­safio que está co­lo­cado é a al­te­ração da na­tu­reza das po­lí­ticas mu­ni­ci­pais, com a cons­trução de uma al­ter­na­tiva capaz de pensar uma ci­dade ao ser­viço do povo, para que este tenha o di­reito à ci­dade, a fruir e usu­fruir da sua ci­dade. É uma luta por uma ci­dade com iden­ti­dade que tem no povo a sua grande pri­o­ri­dade – os mais des­fa­vo­re­cidos, os tra­ba­lha­dores, cada vez mais con­cen­trados nas Zonas Altas e Super-altas do Fun­chal.

O que a CDU traz de novo a esta ba­talha po­lí­tica é pre­ci­sa­mente esta vi­ragem na na­tu­reza das po­lí­ticas e na ori­en­tação do in­ves­ti­mento: nos úl­timos anos só quatro por cento do in­ves­ti­mento foi des­ti­nado às zonas altas.

Her­landa Amado: Quando a CDU tinha um ve­re­ador na Câ­mara Mu­ni­cipal, con­se­guiu fazer aprovar um plano de in­ves­ti­mentos anual de quatro mi­lhões para as Zonas Altas, que de­pois não foi con­cre­ti­zado. Mas o ac­tual exe­cu­tivo in­vestiu nas Zonas Altas, em quatro anos, apenas cinco mi­lhões, de um total de 112. O pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal van­gloria-se deste in­ves­ti­mento, que di­vi­dido por todas as in­ter­ven­ções que estão por fazer (sa­ne­a­mento bá­sico, cons­trução e re­pa­ração de acessos, etc.) não dá para nada.

Edgar Silva: Esta re­o­ri­en­tação do in­ves­ti­mento im­plica um com­pro­misso, uma opção de classe, e é esse o nosso ele­mento dis­tin­tivo. Fa­lamos das zonas altas, mas po­demos falar do centro da ci­dade, que não pode con­ti­nuar de­ser­ti­fi­cado e nas mãos de al­guns grandes em­pre­en­de­dores imo­bi­liá­rios.

Em que quadro po­lí­tico es­peram dis­putar as elei­ções au­tár­quicas?

Edgar Silva: Estas elei­ções vão estar su­jeitas a um con­junto de con­di­ci­o­na­mentos muitos fortes, que de­correm desde logo de uma for­çada bi­po­la­ri­zação entre PS e PSD, a partir da co­mu­ni­cação so­cial e de in­te­resses muito fortes que estão ins­ta­lados...

Her­landa Amado: Mas essa bi­po­la­ri­zação não se sente nas ruas, junto das pes­soas. Muito pelo con­trário. Aliás, quanto mais es­tamos na rua, mais as po­pu­la­ções olham para nós como parte da so­lução dos seus pro­blemas. Im­porta agora que isso se ma­te­ri­a­lize no voto.

Edgar Silva: Somos re­co­nhe­ci­da­mente pes­soas com­pe­tentes quando há luta para travar, mas temos de ser ca­pazes de mos­trar que, sendo nós im­por­tantes na rei­vin­di­cação, também o somos na re­so­lução dos pro­blemas. Este é um grande de­safio que se co­loca na Ma­deira, e par­ti­cu­lar­mente no Fun­chal.

A CDU apre­senta-se a estas elei­ções com que ob­jec­tivo?

Edgar Silva: Au­mentar o nú­mero de votos e de man­datos!

Her­landa Amado: Temos ac­tu­al­mente um eleito na As­sem­bleia Mu­ni­cipal e ou­tros dois nas fre­gue­sias de São Pedro e Santo An­tónio, mas a nossa in­ter­venção não pode ser re­la­ti­vi­zada. Foi a partir de uma pro­posta nossa – só com um eleito na As­sem­bleia Mu­ni­cipal, em 43 – que os tra­ba­lha­dores re­ce­beram jun­ta­mente com o sa­lário de Junho o su­ple­mento de in­sa­lu­bri­dade e pe­no­si­dade, com re­tro­ac­tivos. Em duas zonas das fre­gue­sias de Santa Maria Maior e de Santo An­tónio, pro­mo­vemos dois abaixo-as­si­nados com as rei­vin­di­ca­ções da­quelas po­pu­la­ções, um reuniu 400 as­si­na­turas e o outro 300.

Somos a força que dá voz aos pro­blemas das po­pu­la­ções.

 

 



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