É COM O PCP E A CDU QUE AS POPULAÇÕES PODEM CONTAR

«Na luta pelos direitos e pela alternativa»

O Co­mité Cen­tral do PCP, reu­nido na passada terça-feira, avaliou os resultados das eleições autárquicas de 26 de Setembro, abordou diversos aspectos da situação nacional e internacional e a resposta necessária aos problemas do país. Decidiu linhas de trabalho, intervenção e reforço do Partido para os próximos meses.

Sobre as eleições autárquicas, o Comité Central assinala o valor do resultado da CDU, obtido num quadro particularmente exigente, em que teve de enfrentar na sua construção um conjunto de factores adversos mas que a mobilização e empenhamento de milhares de activistas e candidatos ergueu, afirmando o trabalho, a honestidade e a competência enquanto reconhecidos factores de apoio e confiança na CDU.

A obtenção de cerca de 451 mil votos e 9,1% do total nacional, a eleição de mais de dois mil mandatos directos, a que se somarão ainda umas centenas de outros (que resultarão da constituição das Juntas de Freguesia) são a verdadeira dimensão do resultado da CDU. Do mesmo modo, a confirmação da CDU como a grande força de esquerda no poder local é um resultado que tem de ser valorizado.

Trata-se de um resultado que, não iludindo a perda de sete municípios nem o valor da conquista de dois outros,fica marcado pela obtenção de maiorias em 19 municípios, incluindo duas capitais de distrito, pela confirmação de posições em vereações de importantes Câmaras Municipais e a conquista de novas posições em órgãos municipais, onde há muito isso não acontecia, confirmando a expressão nacional dos resultados que a CDU alcança.

O apoio agora recolhido pela CDU será posto ao serviço das populações. Mas será também um factor que contará para prosseguir a intervenção e a luta por melhores condições de vida, para defender direitos e assegurar uma política alternativa que responda aos problemas dos trabalhadores e do País.

De facto, na situação que o País vive, confrontado com as consequências de décadas de política de direita e dos impactos da epidemia e do aproveitamento que dela o capital faz, a que se somam défices estruturais, agravamento da exploração, injustiças e desigualdades na sociedade e no território e outros problemas que se arrastam ou mesmo se agravam e que responsabilizam a política de direita e os partidos que a executam e defendem; perante a acção do Governo do PS submetido aos interesses dos grupos económicos e às imposições da União Europeia; face à continuada promoção das agendas e projectos reaccionários ao serviço do grande capital, impõe-se a luta pela política alternativa patriótica e de esquerda.

Assim, o PCP con­ti­nuará a di­na­mizar a in­ter­venção po­lí­tica na afir­mação dessa al­ter­na­tiva, no de­sen­vol­vi­mento da luta de massas e do for­ta­le­ci­mento das or­ga­ni­za­ções e mo­vi­mentos uni­tá­rios de massas, na di­na­mi­zação de uma in­tensa acção na As­sem­bleia da Re­pú­blica e no Par­la­mento Eu­ropeu, no lan­ça­mento do novo man­dato nas au­tar­quias lo­cais, con­cre­ti­zando o pro­jecto au­tár­quico as­sente no tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência ao ser­viço das po­pu­la­ções.

Procederá ao seu reforço, dedicando, entre outros aspectos, atenção aos quadros, procedendo ao seu levantamento, avaliação e responsabilização; reforçando a organização e intervenção junto da classe operária e dos trabalhadores, nas empresas e locais de trabalho; desenvolvendo a Campanha Nacional de Recrutamento «O futuro tem Partido».

Desenvolverá linhas de acção nos próximos meses, nomeadamente: com a realização de reuniões e plenários de militantes para avaliar a situação do País e os seus desenvolvimentos, perspectivar e planificar a sua intervenção; desenvolvendo uma forte iniciativa política e de afirmação do PCP, com a realização de sessões e comícios – a começar já pelo comício de amanhã, dia 1, em Lisboa –, a dinamização de outras iniciativas e acções de propaganda, o prosseguimento do roteiro da produção nacional, da defesa dos direitos dos trabalhadores e dos serviços públicos, em particular do SNS e da Escola Pública; com a concretização do plano das comemorações do seu Centenário; com a intervenção sobre problemas locais, na sequência das eleições autárquicas, estruturando e dinamizando a luta das populações; com a preparação da 46.ª edição da Festa do Avante!, marcada para 2, 3 e 4 de Setembro de 2022.

Reafirmando o seu compromisso fundamental com os trabalhadores e o povo, o PCP apela aos trabalhadores, aos patriotas, aos democratas a que se empenhem na luta pela solução dos problemas nacionais, por um Portugal com futuro. Nesta luta, é com o PCP e a CDU que as populações podem contar.