Nas ruas do Porto ao lado do povo

A Organização Regional do Porto do PCP promoveu, quinta-feira, 21, no centro da cidade do Porto, um desfile sob o lema «Força decisiva ao teu lado todos os dias», acção que conjuga com a intervenção concreta em defesa dos trabalhadores e do País.

O PS e o seu Governo não dão resposta

A iniciativa que partiu da Praça da Batalha e terminou na rua de Santa Catarina com intervenção de Jaime Toga, da Comissão Política do PCP, decorreu no âmbito da jornada de contacto que o Partido está a promover para alertar para a dimensão dos problemas do País e para a urgência de lhes dar resposta.

Respostas que, assinalou ainda a ORP do PCP na convocatória do desfile, o PS e o seu Governo não dão, pese embora a propaganda montada em torno dos milhões de fundos comunitários e do crescimento económico previsto.

Exemplo do arrastamento de problemas por opção de classe do PS e do seu Governo é a situação da Efacec, acerca da qual o grupo parlamentar comunista questionou a tutela, «designadamente sobre o papel que o Estado está a assumir na gestão da empresa da qual é detentor de mais de 70 por cento do capital social».

«No documento dirigido ao Ministério da Economia, alerta-se para a situação da empresa e a forma como está a ser gerida», informa a ORP, a qual evidencia o duplo objectivo de dar argumentos aos que acusam as administrações públicas de incompetência e de, em consequência, privatizarem sectores e empresas estratégicas.

«Os deputados do PCP vão mais longe e denunciam ainda o continuado esvaziamento do activo mais precioso da empresa – a sua força de trabalho, constituída por um quadro de pessoal altamente qualificado e especializado, mesmo no quadro de um cotejo internacional, designadamente nas vertentes da investigação aplicada, da demonstração e dos sistemas de qualidade», acrescentam os comunistas portuenses, que advertem que a destruição de postos de trabalho está a «destruir a empresa por dentro, retirando-lhe capacidade».

A mesma opinião tem o SITE-Norte. Miguel Moreira, citado pela Lusa, sublinhou a apreensão dos trabalhadores da empresa e afirmou que «se calhar a intenção do Governo, como já aconteceu com outras privatizações, é pôr a Efacec numa situação difícil, fragilizada, para depois vender por “tuta e meia”».

Na Escola Superior de Média, Artes e Design do Instituto Politécnico do Porto, a ausência de medidas governamentais para combater decididamente a precariedade laboral também dá razão ao Partido. Naquela instituição pública, cerca de 55 docentes iniciaram o ano lectivo sem contrato ou com os contratos de 12 meses prestes a caducar, tendo sido informados de dificuldades orçamentais para cobrir os respectivos salários.

Para além de questionamento do Grupo Parlamentar do PCP, que instou o Governo a esclarecer que medidas está a tomar para resolver a situação, a Direcção do sector Intelectual do Porto dirigiu aos professores um comunicado em que o Partido garante que vai continuar «a defender a vinculação de todos os trabalhadores que estejam a suprir necessidades permanentes das instituições», bem como «um modelo de financiamento para o Ensino Superior que tenha em conta as reais necessidades de funcionamento».



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