- Nº 2501 (2021/11/4)

Ambiente não pode ser factor de pressão

Internacional

Prossegue em Glasgow (Escócia), até ao próximo dia 12, a 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, conhecida pela sigla COP26.

Precedida por uma cimeira em Roma do grupo de países mais industrializados (G20), a COP26 arrancou no dia 31 e ouviu nas duas primeiras jornadas discursos de líderes de organizações mundiais e chefes de Estado e de Governo.

O objectivo proclamado da COP26 é actualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030. Realiza-se seis anos após o Acordo de Paris.

Para lá de legítimas preocupações com a degradação do ambiente, a COP26 é também marcada por tentativas das potências imperialistas de, ao mesmo tempo que procuram esconder a responsabilidade do modo de produção capitalista pelos problemas ambientais, condicionarem o desenvolvimento soberano de diversos países.

Isso mesmo foi expresso pela delegada de Cuba, Elba Rosa Pérez. A ministra do Ambiente cubana advertiu que a imposição de metas à margem do Acordo de Paris de 2015 ameaça o direito ao desenvolvimento dos países mais pobres – que não são os responsáveis pelas alterações climáticas. Os países em desenvolvimento devem defender o direito ao progresso económico e ao mesmo tempo defender o planeta, de acordo com os planos e as realidades nacionais.

Na mensagem enviada à conferência, o presidente chinês, Xi Jinping, definiu metas e objectivos para a República Popular da China e informou que o país tem planos específicos para áreas e sectores decisivos como a energia, a indústria, a construção, os transportes, o carvão, a electricidade, o ferro, o aço e o cimento, a par de medidas relacionadas com a ciência e a tecnologia, a fiscalidade e os incentivos financeiros.