«Prepotência imperial» dos EUA contra a Nicarágua

O pre­si­dente dos Es­tados Unidos da Amé­rica, Joe Biden, pro­mulgou no dia 10 a Lei de For­ta­le­ci­mento da Adesão da Ni­ca­rágua às Con­di­ções para a Re­forma Elei­toral, de­no­mi­nada Lei Re­nascer, novo ins­tru­mento de in­ge­rência e agressão contra o país centro-ame­ri­cano.

Re­a­gindo à me­dida, o pre­si­dente da Re­pú­blica Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela, Ni­colás Ma­duro, con­denou o que con­si­dera ser uma «nova agressão contra a dig­ni­dade do povo e do go­verno da Ni­ca­rágua». «Este novo epi­sódio de pre­po­tência im­pe­rial es­ta­be­lece o quadro legal, dentro dos Es­tados Unidos da Amé­rica, para que o pre­si­dente Joe Biden ma­te­ri­a­lize novas me­didas co­er­civas contra a Ni­ca­rágua, que entre ou­tras coisas aten­tarão contra a boa gestão do re­e­leito go­verno do pre­si­dente Da­niel Or­tega e da vice-pre­si­dente Ro­sario Mu­rillo», de­nuncia Ma­duro, em co­mu­ni­cado.

«Qua­li­fi­camos esta lei como um ins­tru­mento ter­ro­rista que ameaça a paz e o bem-estar do povo ni­ca­ra­guense e que in­du­bi­ta­vel­mente lesa o res­peito pelo di­reito in­ter­na­ci­onal que as­se­gura a con­vi­vência entre os países», con­si­dera o chefe do Es­tado ve­ne­zu­e­lano.

Ma­duro apela aos países da co­mu­ni­dade in­ter­na­ci­onal, em es­pe­cial aos da Amé­rica La­tina e das Ca­raíbas, «a re­co­nhecer a plu­ra­li­dade ide­o­ló­gica que deve existir em de­mo­cracia, e a dis­tan­ciar-se destas prá­ticas bár­baras que se afastam da ver­da­deira de­fesa dos prin­cí­pios de so­be­rania, in­de­pen­dência e auto-de­ter­mi­nação dos povos».

PCP fe­li­cita FSLN

O PCP en­de­reçou uma carta à Frente San­di­nista de Li­ber­tação da Ni­ca­rágua (FSLN) fe­li­ci­tando-a pela vi­tória elei­toral al­can­çada nas elei­ções le­gis­la­tivas e pre­si­den­ciais de 7 de No­vembro, com a re­e­leição de Da­niel Or­tega como pre­si­dente da Re­pú­blica da Ni­ca­rágua.

Na carta, o PCP va­lo­rizou a ele­vada par­ti­ci­pação nas elei­ções e o ex­pres­sivo re­sul­tado al­can­çado pela FSLN, re­flec­tindo a von­tade do povo ni­ca­ra­guense e as­su­mindo «um acres­cido sig­ni­fi­cado pe­rante a in­ten­si­fi­cação da po­lí­tica de in­ge­rência e de­ses­ta­bi­li­zação contra a so­be­rania e os di­reitos do povo ni­ca­ra­guense, que é pro­mo­vida pelos EUA, com o apoio da UE e a ins­tru­men­ta­li­zação da OEA».

Ex­pres­sando so­li­da­ri­e­dade com a luta da FSLN e do povo ni­ca­ra­guense «em de­fesa da so­be­rania na­ci­onal, pela cons­trução de um fu­turo me­lhor de de­sen­vol­vi­mento, jus­tiça e pro­gresso so­ciais e em prol do for­ta­le­ci­mento da causa da paz e da co­o­pe­ração entre os povos, na linha das me­lhores tra­di­ções da Re­vo­lução san­di­nista», o PCP de­sejou os me­lhores su­cessos para o novo pe­ríodo da vida da Ni­ca­rágua que agora se inicia.




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