FAZER O PAÍS AVANÇAR

«reforçar o PCP e a CDU»

O Comité Central do PCP, reunido no domingo passado, analisou a situação nacionale as soluções necessárias para o País e apontou medidas para a intervenção do Partido, designadamente nas eleições antecipadas para a AR.

A acumulação de problemas do País e de persistentes dificuldades da vida dos trabalhadores e do povo português, consequência de décadas de política de direita e que a epidemia ampliou, coloca a necessidade de uma política alternativa e de soluções para o País.

É isso que está em decisão a 30 de Janeiro. Encarar os problemas e dar-lhes solução ou manter sem resposta o que não pode ser adiado.

É essa determinação de fazer andar o País para a frente que os trabalhadores e o povo encontram na acção do PCP e da CDU.

Uma intervenção que fez prova quando foi preciso derrotar PSD e CDS e abrir um caminho de defesa, reposição e conquista de direitos. Uma intervenção que marcou presença para enfrentar a epidemia.

É essa intervenção que agora se afirmou ao não permitir que se passe ao lado das respostas de que o País precisa apesar de existirem meios acrescidos para tal.

O PCP não aceita que o Governo opte por uma política que não resolve, antes acumula, os problemas, compromete mesmo avanços alcançados e condena o País ao agravamento das injustiças e desigualdades sociais e à progressiva degradação da situação económica e social.

Perante esta acumulação dos problemas ganhou ainda mais premência a necessidade do aumento geral dos salários, das reformas e pensões, o combate à precariedade e ao desemprego, o garantir do acesso à habitação, o assegurar os direitos das crianças e dos idosos, de controlar o aumento de preços de bens essenciais, o incremento do investimento público e estímulos ao desenvolvimento económico com o apoio à actividade das micro, pequenas e médias empresas. Tornou-se inadiável responder às debilidades dos serviços públicos, com particular evidência no SNS e na Escola Pública.

O País precisa de outras opções e de encetar um caminho alternativo de desenvolvimento económico e social.

Dia 30 de Janeiro é o reforço da CDU que conta para promover o desenvolvimento económico sustentado, o aumento geral dos salários como emergência nacional, incluindo o aumento do Salário Mínimo; para valorizar as reformas e as pensões, valorizar as longas carreiras contributivas, assegurar uma rede pública de equipamentos e serviços de apoio à terceira idade; para defender e reforçar o Serviço Nacional de Saúde enquanto garantia do povo português à saúde, fixando e atraindo profissionais, valorizando carreiras e remunerações, garantindo mais consultas, exames, cirurgias, médico e enfermeiro de família; para defender e valorizar os serviços públicos, a Escola Pública, garantir o direito à habitação digna e o reforço do transporte público assegurando o direito das populações à mobilidade; para assegurar a justiça fiscal a que os trabalhadores e a larga maioria do povo aspira, enfrentando os privilégios fiscais do grande capital; para garantir o direito a um ambiente saudável e ao equilíbrio ecológico; para dinamizar a actividade económica, valorizando a produção nacional, recuperando o controlo público sobre os sectores estratégicos e apoiando as micro, pequenas e médias empresas.

A política de que o País precisa e a convergência para lhe dar suporte tem no reforço do PCP e da CDU a condição principal para a sua concretização. Convergir na resposta concreta aos problemas para o desenvolvimento e melhoria das condições de vida - é essa a determinação do PCP. Essa é a necessidade do País.

 

É também no quadro de preparação das eleições, de construção de soluções para o País, da resposta aos direitos dos trabalhadores e da criação de condições para a concretização da política alternativa que se mostra necessária e importa desenvolver a acção reivindicativa nas empresas e locais de trabalho e a luta convergente dos trabalhadores e do povo, de que foi assinalável expressão a grandiosa manifestação promovida pela CGTP-IN, que, no sábado passado, encheu a avenida da Liberdade em Lisboa com a força, a combatividade e a confiança de muitos, muitos mil.

No mesmo sentido, importa dinamizar a iniciativa e o reforço do Partido concretizando as linhas de trabalho e as prioridades que se encontram definidas.

 

Cada voto na CDU é um voto na força que mais decididamente combate as forças reaccionárias; que contribuirá para impedir o regresso do PSD, do CDS com os seus sucedâneos ao Governo; para dificultar alianças entre o PS e o PSD; que concorrerá para impedir maiorias absolutas; que dá confiança para prosseguir o caminho e abrir novos horizontes de defesa e conquista de direitos inscritos na Constituição.