Mais força à CDU para reduzir o preço do gás de botija

Em Loures, o Se­cre­tário-geral do PCP pediu «mais força» à CDUpara re­duzir o preço do gás de bo­tija, quer pela re­dução do IVA, quer pelo es­ta­be­le­ci­mento de um re­gime de preços má­ximos.

Pe­tro­lí­feras con­ti­nuem a acu­mular mar­gens de lucro mi­li­o­ná­rias

O apelo foi feito na pas­sada se­gunda-feira, 6, pe­rante uma «pla­teia» de vá­rias de­zenas de mo­ra­dores do Ca­tujal. An­tónio Gal­veia, José Barros, Mário Al­berto, Bia Con­ceição, João So­ares e Elisa Bo­a­ven­tura par­ti­lharam im­pres­sivos tes­te­mu­nhos re­la­tivos às di­fi­cul­dades cau­sadas pelos au­mentos dos preços da energia e os ma­gros sa­lá­rios, re­formas e pen­sões, que muitas vezes não chegam ao final do mês. A ini­ci­a­tiva contou também com a pre­sença de Gon­çalo Tomé, do Co­mité Cen­tral do PCP.

Nesta lo­ca­li­dade não existe uma rede de gás ca­na­li­zado e a po­pu­lação é obri­gada a ad­quirir gás de bo­tija. «Há muito que o PCP tem cha­mado a atenção para o pro­blema do preço do gás de bo­tija, tendo em conta que esta fonte de energia é uti­li­zada por uma grande parte da po­pu­lação, e, so­bre­tudo, por po­pu­la­ções mais des­pro­te­gidas e mais afas­tadas dos grandes cen­tros ur­banos», sa­li­entou Je­ró­nimo de Sousa.

PS e PSD unidos

O Par­tido tem-se ba­tido «vezes sem conta» pelo re­gresso da taxa do IVA sobre a elec­tri­ci­dade e o gás na­tural para os seis (6) por cento, tal como para o gás de bo­tija. Uma pro­posta sempre chum­bada com a «con­ver­gência» de PS e PSD.

«Que sen­tido faz que a mesma bo­tija de gás custe em Por­tugal neste mo­mento cerca de 30 euros, quando em Es­panha é ven­dida pela mesma em­presa a 16 euros», in­ter­rogou o Se­cre­tário-geral do PCP, fri­sando que a «di­fe­rença de preço entre os dois países não se ex­plica pelo peso dos im­postos», uma vez que o Im­posto sobre Pro­dutos Pe­tro­lí­feros (ISP) tem o mesmo valor; o Im­posto sobre o Valor Acres­cen­tado (IVA) apli­cado é de 23 por cento em Por­tugal e de 21 por cento em Es­panha; as em­presas co­mer­ci­a­li­za­doras são as mesmas de um lado e do outro da fron­teira; as ma­té­rias-primas são ad­qui­ridas nos mesmos mer­cados in­ter­na­ci­o­nais.

Então o que ex­plica a di­fe­rença de preço? «É que em Es­panha, tal como nou­tros países eu­ro­peus, o preço da bo­tija de gás é ta­be­lado e em Por­tugal não», res­pondeu, adi­an­tando que a li­be­ra­li­zação de preços, a pri­va­ti­zação da GALP, a des­re­gu­lação do mer­cado levou «a que as grandes pe­tro­lí­feras con­ti­nuem a acu­mular mar­gens de lucro mi­li­o­ná­rias, a custa dos con­su­mi­dores», res­pondeu.

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«Bo­tija de gás so­li­dária»
nunca saiu do papel

 

No pe­ríodo mais agudo da epi­demia, o Go­verno, por pressão do PCP, foi obri­gado a criar um re­gime de preços má­ximos, mas re­jeitou o seu pro­lon­ga­mento, quando ainda pesam as graves con­sequên­cias eco­nó­micas e so­ciais.

«O re­curso a esse re­gime, apesar de se ter es­ta­be­le­cido um preço ainda muito ele­vado, mostra duas coisas: em pri­meiro, a com­pleta fa­lência de me­didas an­te­ri­or­mente anun­ci­adas, como a cha­mada “bo­tija de gás so­li­dária”, que nunca saiu do papel; e, em se­gundo lugar, de­monstra que é pos­sível o es­ta­be­le­ci­mento de preços má­ximos, se houver von­tade po­lí­tica para tal. Von­tade essa que o Go­verno e o PS não ti­veram, re­jei­tando as pro­postas do PCP», cri­ticou Je­ró­nimo de Sousa.

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An­tónio Gal­veia: «O Go­verno pro­meteu ta­belar os preços [do gás de bo­tija]».

José Barros: «O gás está caro, tal como ou­tros pro­dutos es­sen­ciais».

Mário Al­berto: «Gos­taria de saber o porquê da di­fe­rença entre o preço dos com­bus­tí­veis entre Por­tugal e Es­panha?».

Bia Con­ceição: «É in­su­por­tável o preço de uma gar­rafa de gás, que todos os dias au­menta».

João So­ares: «Sou de uma terra junto à fron­teira (…), lá vamos aviar-nos por me­tade do preço».

Elisa Bo­a­ven­tura: «Pes­soas com sa­lá­rios e pen­sões mí­nimas a pagar 28 e 29 euros por uma gar­rafa [de gás] é muito di­fícil. Há muita gente a passar mal».



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