- Nº 2507 (2021/12/16)

Hospital da Cruz Vermelha

Breves Trabalhadores

A greve de terça-feira, dia 14, para defender o acordo de empresa no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, teve uma adesão de 85 por cento e obrigou ao fecho do bloco cirúrgico geral e das consultas, apesar de terem sido mobilizados alguns trabalhadores com contratos temporários ou à peça, já depois de convocada a luta, pelos sindicatos dos Enfermeiros Portugueses, da Hotelaria do Sul e dos Técnicos de Farmácia e Paramédicos. A informação foi prestada à agência Lusa por Rui Marroni, dirigente do SEP/CGTP-IN.

Os sindicatos, numa nota de imprensa a confirmar a greve, revelaram que a administração, nomeada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, comunicou que tinha aderido à associação patronal da Hospitalização Privada, que o AE estava caducado e que pretendia aumentar o período normal de trabalho semanal, desregular os horários e retirar outros direitos e remunerações, para poder poupar cerca de um milhão de euros por ano, uma «atitude indigna e inaceitável».

A greve de anteontem foi antecedida de uma concentração, a 8 de Novembro. Com o mesmo objectivo, foi lançado um abaixo-assinado, entregue com 142 subscrições.

Os sindicatos afirmam que o AE está válido, uma vez que nem o Ministério do Trabalho, nem um tribunal decidiram a caducidade. Está marcada para amanhã uma segunda reunião no Ministério do Trabalho, a exigir que a administração retome as negociações das propostas sindicais apresentadas a 30 de Setembro.