SOLUÇÕES PARA PORTUGAL

Avança a pre­pa­ração das elei­ções de 30 de Ja­neiro. Trata-se de uma impor­tante ba­talha po­lí­tica que a CDU as­sume com o ob­jec­tivo de ga­nhar forças para me­lhorar a si­tu­ação do País com res­postas e so­lu­ções para os seus pro­blemas e para a vida dos tra­ba­lha­dores e do povo.

Foi com esse mesmo ob­jec­tivo que o PCP apre­sentou na pas­sada se­gunda-feira, em Lisboa, o com­pro­misso elei­toral «Com o PCP So­lu­ções para Por­tugal», numa sessão que contou com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa.

«Con­sequência de dé­cadas de po­lí­tica de di­reita – re­fere o Com­pro­misso Elei­toral do PCP, que deve ser apre­en­dido como um de­sen­vol­vi­mento do seu Pro­grama Elei­toral às elei­ções le­gis­la­tivas de 2019 – o País foi acu­mu­lando pro­blemas. A si­tu­ação só não é mais grave porque a luta dos tra­ba­lha­dores e a in­ter­venção do PCP, ven­cendo re­sis­tên­cias e obs­tá­culos, for­çaram e con­cre­ti­zaram avanços. Assim foi quando, em 2015, foi pre­ciso afastar o PSD e o CDS do Go­verno e in­ter­romper a sua po­lí­tica de de­sastre na­ci­onal. Assim foi ao longo dos úl­timos anos, quando se con­cre­tizou um ca­minho de de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos. Assim foi quando se tornou ne­ces­sário en­frentar os im­pactos da epi­demia. Os pro­blemas do País exigem uma outra po­lí­tica. Há meios e re­cursos para a con­cre­tizar. Não o fazer acres­cen­tará di­fi­cul­dades e agra­vará a si­tu­ação.»

Ora, o PCP, ao mesmo tempo que aponta esses pro­blemas e cri­tica as de­ci­sões er­radas, os blo­queios, a cap­tura do in­te­resse na­ci­onal pelas im­po­si­ções da União Eu­ro­peia ou dos grandes grupos eco­nó­micos, que estão na sua origem, apre­senta so­lu­ções, pelas quais se bate, no quadro da po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que de­fende e propõe ao povo por­tu­guês.

Por isso, a mo­bi­li­zação e a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo e, a 30 de Ja­neiro, o re­forço da CDU são con­dição fun­da­mental para ga­rantir o au­mento geral dos sa­lá­rios, como uma emer­gência na­ci­onal; para ga­rantir os di­reitos das cri­anças e dos pais, res­ponder ao dé­fice de­mo­grá­fico e travar a emi­gração dos jo­vens; para as­se­gurar a dig­ni­dade dos idosos, com­bater a po­breza e as de­si­gual­dades, va­lo­rizar as re­formas e pen­sões, com­bater os baixos sa­lá­rios; para de­fender o di­reito à saúde, salvar o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde; para pro­mover o di­reito à Edu­cação, à Ci­ência, à Cul­tura e ao Des­porto, mais e me­lhores Ser­viços Pú­blicos; para as­se­gurar o di­reito a todos à ha­bi­tação e à mo­bi­li­dade; para ga­rantir uma jus­tiça in­de­pen­dente e aces­sível a todos e o com­bate à cor­rupção; para as­se­gurar jus­tiça fiscal, ali­viar os im­postos sobre o tra­balho e as Micro, Pe­quenas e Mé­dias Em­presas (MPME), obter meios para os ser­viços e in­ves­ti­mento pú­blico; para pro­mover um am­bi­ente sau­dável e ga­rantir o acesso à água e à energia, a pre­ser­vação dos ecos­sis­temas na­tu­rais, das flo­restas e da bi­o­di­ver­si­dade; para di­na­mizar o de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico – mais pro­dução na­ci­onal, mais em­prego, de­fesa das MPME.

Ao con­trário, PS, PSD e CDS (e seus su­ce­dâ­neos) querem é ga­rantir a es­ta­bi­li­dade das po­lí­ticas que be­ne­fi­ciam os in­te­resses do poder eco­nó­mico. O que querem é ter con­di­ções para con­ti­nuar a pri­va­tizar em­presas e ser­viços pú­blicos, para manter uma in­justa dis­tri­buição da ri­queza em des­favor do tra­balho e pre­servar os pri­vi­lé­gios do grande ca­pital.

Per­se­guindo esses ob­jec­tivos, o PS an­seia por uma mai­oria ab­so­luta, que não se cansa de pedir ao povo por­tu­guês, ou, à falta dela, por uma so­lução de bloco cen­tral – bloco de ne­gó­cios e de in­te­resses ao ser­viço do grande ca­pital – en­vol­vendo PS e PSD.

Mas, como re­feriu Je­ró­nimo de Sousa na sessão da CDU da pas­sada sexta-feira, em Loures, «se o País fosse um au­to­móvel, con­du­zido por um PS com mãos li­vres não ar­ran­caria do ponto morto e com Rui Rio atre­lado só fun­ci­o­naria a marcha atrás. Marcha atrás nos di­reitos dos tra­ba­lha­dores; marcha atrás na de­fesa do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde e da Es­cola Pú­blica; marcha atrás na va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios e das re­formas, ou na ga­rantia do di­reito à ha­bi­tação. Por isso, é pre­ciso pôr-lhes travão. E só há uma ma­neira. É dar mais força à CDU e virar à es­querda na po­lí­tica na­ci­onal, para re­solver os pro­blemas do País e me­lhorar a vida dos por­tu­gueses.»

Por isso, até 30 de Ja­neiro, é pre­ciso ace­lerar o es­cla­re­ci­mento, o con­tacto com as po­pu­la­ções, a di­vul­gação das con­quistas al­can­çadas pela luta dos tra­ba­lha­dores e do povo e pela in­ter­venção do PCP. É pre­ciso di­vulgar as pro­postas e va­lo­rizar os can­di­datos da CDU. É pre­ciso ga­rantir que todos os que viram os seus di­reitos de­fen­didos, re­postos ou con­quis­tados pela in­ter­venção do PCP e do PEV dão mais força à CDU, para que, re­for­çando a CDU, esta Co­li­gação possa dar mais força à luta para ir mais longe e abrir ca­minho à po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, que é o ca­minho ne­ces­sário para a cons­trução de um Por­tugal de pro­gresso so­cial e de­sen­vol­vi­mento so­be­rano, de um Por­tugal com fu­turo.


«Re­forçar o PCP, re­forçar a CDU»