- Nº 2507 (2021/12/16)

CDU quer eleger nos Açores

Eleições

Numa visita à ilha de São Miguel, Jerónimo de Sousa afirmou que a eleição de um deputado da CDU pelo círculo eleitoral dos Açores faria toda a diferença para a Região e dava voz a quem lá não se ouve.

A CDU será uma voz para defender a «valorização do trabalho e dos trabalhadores», que «não pede desculpas ao grande patronato» e que «não prescinde» do «objectivo de aumentar salários, revogar normas gravosas da legislação laboral, combater a precariedade, acabar com os horários selvagens que inferniza e instabiliza a vida dos trabalhadores».

«Na CDU tomamos partido pelo lado de quem trabalha. Não fazemos como PS e PSD que regateiam cada euros de aumento de salário, mas são uns mãos largas na concessão de apoios e de benefícios ao grande capital. Quanto mais força o PS tiver mais insistirá na política de direita. Sozinho ou mal acompanhado», apontou o Secretário-geral do PCP, numa sessão pública que teve lugar, quinta-feira, 10, no Auditório da Junta de Freguesia de Santa Clara.

Jerónimo de Sousa alertou ainda para a «operação» de branqueamento do passado do PSD, que os trabalhadores «não esquecem, para apagar as suas responsabilidades na política de estagnação do País e de agravamento das desigualdades». «Os portugueses sabem o que dali vem: cortes nos salários e nas pensões de reforma, retirada de direitos, ataque aos serviços públicos, ainda mais benesses para os monopolistas», avisou.

«É na CDU que reside a condição essencial de avanço. Provou-se no passado recente e pode provar-se ainda mais se tiver força para mais fazer avançar salários, reformas, direitos», salientou o dirigente comunista.

Produção nacional
Antes, o Secretário-geral do PCP – uma vez mais acompanhado pela primeira candidata pelo círculo dos Açores, Judite Barros, e pelo mandatário regional, Aníbal Pires – esteve reunido com a direcção da «Terra Verde», associação de produtores de hortícolas e frutícolas com sede na Ribeira Grande. Da reunião destaca-se a importância que a CDU atribui à produção regional e nacional, não só em termos de economia e de criação de postos de trabalho, mas também em termos de soberania alimentar. Tal como Jerónimo de Sousa afirmou, um País que não produz não se pode desenvolver, ficando necessariamente dependente do exterior.