LUTA E VOTO POR DIREITOS

De­sen­volver a luta, re­forçar o PCP, dar mais força à CDU

A Co­li­gação PCP-PEV pros­segue por todo o País a sua acção de con­tacto, es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação para o apoio à CDU, en­vol­vendo os pró­prios can­di­datos e muitos ac­ti­vistas. Foi no âm­bito da di­na­mi­zação desta acção que se re­a­li­zaram na se­mana pas­sada im­por­tantes ini­ci­a­tivas com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP em Viana do Cas­telo, Porto, Ma­cedo de Ca­va­leiros, Vila Real e Viseu.

Foi também assim na pas­sada quinta-feira em Lisboa, numa sessão pú­blica mar­cada pelo ex­pres­sivo apoio à CDU por parte de di­ri­gentes e de­le­gados sin­di­cais, mem­bros de Co­mis­sões e Sub-Co­mis­sões de Tra­ba­lha­dores, eleitos para Se­gu­rança e Saúde no Tra­balho e ou­tros re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores.

Sau­dando a sua par­ti­ci­pação nesta ini­ci­a­tiva e a sua ma­ni­fes­tação de apoio à CDU (que já ul­tra­passa os mil e tre­zentos di­ri­gentes e de­le­gados sin­di­cais e ou­tros re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores e que se traduz também na for­mação de co­mis­sões de apoio à CDU nas em­presas, lo­cais de tra­balho e sec­tores), Je­ró­nimo de Sousa su­bli­nharia que «o apoio de di­ri­gentes, de­le­gados sin­di­cais, mem­bros de CT e sub-CT e ou­tros re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores (...) as­senta nas pre­o­cu­pa­ções, nas rei­vin­di­ca­ções e no sen­ti­mento dos tra­ba­lha­dores do nosso País. As­senta igual­mente na con­fi­ança que com a sua luta e o seu apoio e voto na CDU é pos­sível re­sistir, é pos­sível avançar.»

Trata-se, efec­ti­va­mente, de uma par­ti­ci­pação e um apoio que são uma afir­mação e também um com­pro­misso de acção até 30 de Ja­neiro no tra­balho de mo­bi­li­zação para o voto na CDU, que é parte do com­pro­misso de sempre desta Co­li­gação, antes e de­pois das elei­ções, de agir para de­fender os in­te­resses de classe dos tra­ba­lha­dores.

Como apelou o Se­cre­tário-geral do PCP, «com a luta e o voto na CDU vamos apontar o ca­minho, de­cidir um fu­turo de va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores, um País mais de­sen­vol­vido, uma so­ci­e­dade mais justa».

Um ca­minho em que, como se viu nos úl­timos seis anos, todas as me­didas fa­vo­rá­veis aos tra­ba­lha­dores ti­veram o con­tri­buto ou a marca de­ci­siva da in­ter­venção do PCP e do PEV e só foram pos­sí­veis graças à luta dos tra­ba­lha­dores. E se não se foi mais longe nesse ca­minho de de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos e numa po­lí­tica com res­postas efec­tivas aos pro­blemas dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País foi porque o PS assim não quis, pre­fe­rindo aliar-se à di­reita em todas as ma­té­rias que pu­nham em causa as suas op­ções de sub­missão às im­po­si­ções da União Eu­ro­peia e ao do­mínio do grande ca­pital.

 

É neste quadro e pe­rante o an­ta­go­nismo de ob­jec­tivos entre, por um lado, os que am­bi­ci­onam uma mai­oria ab­so­luta (como é o caso do PS) ou dos que so­nham com um bloco cen­tral (PS e PSD), ao ser­viço dos in­te­resses do ca­pital mo­no­po­lista e, por outro lado, os que, como é o caso da CDU, travam esta ba­talha para dar mais força à sua acção em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo que os por­tu­gueses são cha­mados a eleger 230 de­pu­tados à AR e não um qual­quer can­di­dato a pri­meiro-mi­nistro, como, de forma en­ga­na­dora, pro­curam fazer crer certos par­tidos e ór­gãos da co­mu­ni­cação so­cial do­mi­nante.

Ora, se é ver­dade que é na luta que re­side a con­dição fun­da­mental para de­fender, repor e con­quistar di­reitos e para avançar para uma po­lí­tica al­ter­na­tiva cen­trada na va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores, não é menos ver­dade que quanto maior for o re­forço elei­toral da CDU, mais força será dada a essa luta pelos di­reitos.

 

Valo­riza-se, pois, as di­versas lutas dos tra­ba­lha­dores que con­ti­nuam a de­sen­volver-se nas em­presas e lo­cais de tra­balho e das po­pu­la­ções por me­lhores con­di­ções de vida, no­me­a­da­mente em de­fesa dos ser­viços pú­blicos e, em par­ti­cular, pelo re­forço do SNS de modo a que este possa res­ponder a todos os pro­blemas de saúde.

 

Noutro plano, impõe-se igual­mente o de­sen­vol­vi­mento da ini­ci­a­tiva – de que foi ele­mento sig­ni­fi­ca­tivo a ho­me­nagem a José Dias Co­elho, no âm­bito das co­me­mo­ra­ções do Cen­te­nário do Par­tido – o re­forço do PCP, no­me­a­da­mente com a res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros, o re­cru­ta­mento – di­recção de tra­balho as­si­na­lada no Porto no En­contro com novos mi­li­tantes, com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa – e o tra­balho de fundos.

 

Há ra­zões para ter con­fi­ançade que no dia 30 de Ja­neiro a CDU con­tará com o apoio de todos quantos querem ver re­sol­vidos os seus pro­blemas; de todos os que lutam por uma po­lí­tica al­ter­na­tiva que dê so­lução aos pro­blemas do País; de todos os que querem fazer avançar sa­lá­rios, re­formas, di­reitos e saúde; de todos os que as­piram a uma vida me­lhor, a um Por­tugal com fu­turo.