POR UMA VIDA MELHOR

«CDU, força decisiva, ao teu lado todos os dias»

Acampanha eleitoral continua a marcar asituação política nacional bem como a evolução da situação sanitária. Em torno da situação epidemiológica, desenvolve-se uma campanha mediática de promoção do medo e da irracionalidade, que é aproveitada de forma demagógica pelo Governo PS, visando tirar proveitos eleitorais.

Ora, sobre as medidas restritivas decididas pelo Governo, importa ter presente as posições assumidas pelo PCP nos últimos dois anos e que foram mais uma vez reafirmadas em finais de 2021. A questão essencial para o combate à epidemia e à garantia do direito à saúde está no reforço do SNS, que tem neste combate uma intervenção única e decisiva, em profissionais e meios técnicos e da estrutura de saúde pública fundamental para garantir o rastreio e acompanhamento dos casos positivos.

Entretanto, perante o encerramento de creches, ATL e escolas entre 27 de Dezembro e 9 de Janeiro, entre outras medidas, é preciso garantir às famílias os necessários apoios, nomeadamente o pagamento do salário a 100 por cento aos trabalhadores a acompanhar os filhos até aos 16 anos.

Este período é também marcado por um aumento significativo nos preços de bens e serviços essenciais em benefício dos grupos económicos que aproveitam a situação da epidemia para acumular e concentrar ainda mais riqueza. Tudo isto, enquanto os trabalhadores e o povo confrontados com baixos salários e pensões arrastam consigo situações de carência, privação e pobreza, «inaceitáveis – como sublinhou Jerónimo de Sousa na sessão pública da semana passada, no Montijo – num País que teve e continua a ter todas as condições para proporcionar uma vida digna ao seu povo».

 

Éneste quadro que se desenvolve a presente batalha eleitoral, prioridade política na actividade do Partido.

Valorizando as acções e iniciativas de campanha realizadas no período do Natal e Ano Novo, importa, pois, continuar a desenvolver o contacto directo com os trabalhadores e as populações, dinamizando iniciativas e acções com o envolvimento de candidatos e activistas, mobilizando para o apoio e o voto na CDU.

Contacto, esclarecimento e mobilização tanto mais necessários e importantes quanto é certo que o poder económico usa os seus meios, com destaque para os principais órgãos da comunicação social, para silenciar, apagar ou distorcer a mensagem das forças que compõem a CDU, nomeadamente o compromisso eleitoral do PCP.

De facto, numa linha de discriminação (bem visível na organização dos debates televisivos entretanto iniciados), o capital monopolista assume uma estratégia de promoção da bipolarização, que facilite ao PS a obtenção da ambicionada maioria absoluta ou, em alternativa, a criação de condições para a formação de um dito «bloco central», formal ou informal, entre o PS e o PSD, uma ou outra ao serviço dos seus interesses de classe.

O PCP continua a estimular a luta dos trabalhadores e do povo e a centrar a intervenção eleitoral nos seus problemas concretos, e na valorização do papel da CDU, para encontrar as soluções para esses problemas, para a defesa e conquista de direitos e para abrir caminho a uma política alternativa patriótica e de esquerda que, entre outras medidas, recupere o controlo público de empresas e sectores estratégicos, como declarou Jerónimo de Sousa, na passada terça-feira, no encontro com trabalhadores dos CTT «pela renacionalização dos CTT e por um Serviço Postal Público», medida indispensável para travar a degradação verificada neste serviço essencial e o aumento dos seus custos e para garantir critérios de qualidade em todo o País.

É neste contexto que assume uma particular importância e centralidade na intervenção da CDU a luta pelo aumento geral dos salários, do salário médio, das progressões e carreiras, e do salário mínimo nacional para os 850 euros no início de 2023 e com um aumento para 800 euros durante o ano de 2022. Bem como pelo aumento das pensões.

 

É também com este sentido que a luta continua a desenvolver-se em diversas empresas e locais de trabalho, com particular destaque, neste período, para as greves dos trabalhadores das grandes superfícies comerciais e da Caixa Geral de Depósitos, esta última acompanhada de concentração.

 

No plano do reforço do Partido, continua a impor-se a necessidade de prosseguir a responsabilização de quadros e o desenvolvimento da campanha de recrutamento, bem como a campanha de aumento da quota.

 

Sendo verdade que é um combate exigente aquele que estamos a travar, há razões para o travar com a determinação e confiança que resulta da luta dos trabalhadores e do povo e da acção do PCP e da CDU. Razões de confiança que se actualizam e confirmam no dealbar do novo ano de 2022 e se projectam no futuro.