Faleceu Maria Lourença Cabecinha

Re­sis­tente an­ti­fas­cista e mi­li­tante co­mu­nista, fa­leceu no dia 7 a ca­ma­rada Maria Lou­rença Ca­be­cinha, a cujo filho, neta e res­tante fa­mília, o Se­cre­ta­riado do Co­mité Cen­tral en­de­reçou sen­tidas con­do­lên­cias.

Em nota pu­bli­cada no seu sítio na In­ternet, o PCP re­corda que Maria Lou­rença Ca­be­cinha, nas­cida a 17 de Março de 1933, no monte da Al­deia, a poucos qui­ló­me­tros de Mon­temor-o-Novo, «desde cedo co­meçou a ajudar a fa­mília e a tra­ba­lhar no campo» e, assim, «a ter cons­ci­ência da in­jus­tiça so­cial a que es­tavam vo­tados os tra­ba­lha­dores agrí­colas». Aderiu ao Par­tido com 15 anos e «em 1952 entra na clan­des­ti­ni­dade, jun­ta­mente com o seu com­pa­nheiro An­tónio Ger­vásio e o seu filho de três meses».

«Presa pela PIDE em 12 de Abril de 1964, foi solta apenas cinco anos mais tarde, em 18 de Se­tembro de 1969», pros­segue-se no texto, antes de se dar conta das vá­rias ta­refas que Maria Lou­rença Ca­be­cinha as­sumiu, tendo sido «uma das mais des­ta­cadas a da de­fesa das casas do Par­tido da re­pressão fas­cista», no Alen­tejo, nos dis­tritos de Se­túbal e Lisboa e na ci­dade do Porto, pre­cisa-se.

Sob o pseu­dó­nimo de Le­on­tina, «co­la­borou com re­gu­la­ri­dade nas pu­bli­ca­ções “3 pá­ginas” e “A voz das ca­ma­radas”, pu­bli­ca­ções in­ternas do PCP. De­pois do 25 de Abril teve ta­refas na Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Évora, o que lhe per­mitiu acom­pa­nhar de perto o avanço da Re­forma Agrária e, entre 1988 e 1993, na Or­ga­ni­zação Re­gi­onal da Beira In­te­rior. Re­gres­sada a Mon­temor-o-Novo, man­teve dis­po­ni­bi­li­dade para as­sumir ta­refas do Par­tido.

Como re­feriu Pa­trícia Ma­chado, da Co­missão Po­lí­tica, ao in­tervir no fu­neral, «Maria Lou­rença Ca­be­cinha deixa-nos um tes­te­munho que é exemplo para as novas ge­ra­ções de co­mu­nistas - a luta con­se­quente contra a ex­plo­ração, o fas­cismo, a luta pela li­ber­dade, pela de­mo­cracia, por Abril, pelo so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo, com con­vicção, ale­gria, en­tu­si­asmo e de­di­cação e como ela está in­ti­ma­mente li­gada ao ideal e ao pro­jecto re­vo­lu­ci­o­nário que abraçou».



Mais artigos de: PCP

A 6 de Março há comício do PCP no Campo Pequeno

No dia 6 de Março de 2022, no Campo Pe­queno, em Lisboa, es­paço em que desde o 25 de Abril de­cor­reram sig­ni­fi­ca­tivas ac­ções do Par­tido, vai re­a­lizar-se um im­por­tante co­mício do PCP.

.

Subida generalizada dos preços prova urgência de mudar de rumo

«A so­lução para en­frentar o au­mento do custo de vida, a po­breza, as si­tu­a­ções de pri­vação, a emi­gração, a quebra de­mo­grá­fica», não está nem no re­gresso ao em­po­bre­ci­mento for­çado im­posto por PSD/​CDS, nem nas op­ções e po­lí­ticas do PS, re­a­firma o PCP.

Todos diferentes todos iguais

Muitos são os motivos que trazem uma pessoa até ao momento de tomar Partido pela mais justa e bela causa: a da emancipação social do ser humano. No PCP, todos os militantes têm a sua história. Muitas são semelhantes, mas nenhuma é igual. São semelhantes porque, apesar de não comporem uma massa homogénea de pessoas e...

Prioridades são vacinar e reforçar o SNS

O PCP insiste que não é «admissível a continuidade de medidas restritivas, com fortes prejuízos para a vida das pessoas, para a economia e a sociedade» face ao seu «pouco relevo no combate à epidemia». Em declaração após a reunião no Infarmed, Bernardino Soares lembrou que se confirma que, «apesar do aumento do número de...

Partido reforça-se em Ponte de Lima

A Organização Concelhia de Ponte de Lima do PCP realizou, no dia 8, a sua assembleia, num contexto marcado pelo reforço do Partido que ali se verifica e pelos avanços registados no contacto com os trabalhadores, tarefa de grande importância para a mobilização de 40 militantes e simpatizantes. Participaram nos trabalhos o...