Defendida negociação na AdP

O STAL e a Fi­e­qui­metal pre­ten­diam ini­ciar ontem, dia 26, como agen­dado, a ne­go­ci­ação de au­mentos sa­la­riais e ou­tras ma­té­rias do ca­derno rei­vin­di­ca­tivo apre­sen­tado há dois anos à ad­mi­nis­tração do Grupo Águas de Por­tugal.

A in­tenção foi re­a­fir­mada na se­gunda-feira, de­pois de mais uma reu­nião em que os re­pre­sen­tantes dos sin­di­catos da CGTP-IN re­jei­taram a ac­tu­a­li­zação sa­la­rial de 0,9 por cento, apre­sen­tada pela ad­mi­nis­tração, ale­gando in­di­cação da tu­tela.

No dia 20, as duas es­tru­turas pro­mo­veram uma con­cen­tração em frente do Mi­nis­tério das Fi­nanças, na qual marcou pre­sença a Se­cre­tária-geral da CGTP-IN, Isabel Ca­ma­rinha, como pro­testo contra essa in­tro­missão do Go­verno no pro­cesso ne­go­cial.

A Fi­e­qui­metal e o STAL não aceitam o valor da ac­tu­a­li­zação, por ser ma­ni­fes­ta­mente in­su­fi­ci­ente e acen­tuar a perda de poder de compra dos tra­ba­lha­dores, e por não re­co­nhecer o de­sem­penho, a de­di­cação e o pro­fis­si­o­na­lismo, que têm sido es­sen­ciais na res­posta à crise sa­ni­tária.

Re­cusam igual­mente que, contra o acordo co­lec­tivo de tra­balho em vigor, tal ac­tu­a­li­zação se torne numa re­visão normal da ta­bela sa­la­rial. A vingar essa ideia do Go­verno e da AdP, os tra­ba­lha­dores te­riam mais um ano sem ver­da­deiros au­mentos sa­la­riais.

Além da rei­vin­di­cação de au­mentos sa­la­riais de 90 euros e da atri­buição do sub­sídio de in­sa­lu­bri­dade, pe­no­si­dade e risco, con­ti­nuam por ne­go­ciar, entre ou­tras rei­vin­di­ca­ções, a re­dução do ho­rário de tra­balho para as 35 horas se­ma­nais, um novo re­gime de car­reiras e ca­te­go­rias pro­fis­si­o­nais, a atri­buição de um sub­sídio de risco ex­tra­or­di­nário (no quadro do surto epi­dé­mico), a es­ta­bi­li­dade do em­prego e a con­tra­tação de mais tra­ba­lha­dores, a apli­cação do AE da EPAL a todos os seus tra­ba­lha­dores, a me­lhoria e o res­peito pelas normas de se­gu­rança e saúde no tra­balho.

 



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