No 91.º aniversário do Avante! alargar a sua divulgação

O Avante!, que faz no pró­ximo dia 15 de Fe­ve­reiro 91 anos, é um dos prin­ci­pais ins­tru­mentos de que o Par­tido, os tra­ba­lha­dores e o povo dis­põem para travar a cada vez mais exi­gente luta ide­o­ló­gica, ao mesmo tempo que cons­titui um im­por­tante factor de re­forço or­gâ­nico, po­lí­tico e ide­o­ló­gico do PCP. Con­ti­nuar a alargar a sua lei­tura, di­fusão e venda é a me­lhor forma de co­me­morar o seu ani­ver­sário.

Im­porta tomar me­didas or­gâ­nicas que pos­si­bi­litem au­mentar a di­fusão do Avante!

De facto, o di­reito de in­formar, de se in­formar e de ser in­for­mado, sem im­pe­di­mentos nem dis­cri­mi­na­ções, está con­sa­grado na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa. A lei fun­da­mental ga­rante ainda que o exer­cício destes di­reitos não pode ser im­pe­dido ou li­mi­tado por qual­quer tipo ou forma de cen­sura.

Pa­rece coisa sim­ples e ele­mentar, mas chegar a este pa­tamar custou aos tra­ba­lha­dores e ao povo – com o des­ta­cado papel de van­guarda do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês – uma luta sem tré­guas e pe­sados sa­cri­fí­cios, até da pró­pria vida, que não podem nem devem ser es­que­cidos, não apenas porque não há vi­tó­rias de­fi­ni­tivas mas também porque os di­reitos, para não serem letra morta, têm de ser exer­cidos e res­pei­tados.

O Avante!, que or­gu­lho­sa­mente se as­sume como um jornal de classe, uma arma in­subs­ti­tuível do PCP, nas suas lutas de todos os dias, ao ser­viço dos tra­ba­lha­dores e do povo, ocupa nesta frente um papel in­subs­ti­tuível.

Desde a sua cri­ação, na mais ri­go­rosa clan­des­ti­ni­dade, até aos dias de hoje, o Avante! é a voz dos que não têm voz. Nas suas pá­ginas es­creve-se sobre o que não se pode ler em mais ne­nhum outro órgão de co­mu­ni­cação.

Por isso mesmo, também ne­nhum outro jornal dá voz, como o Avante!, à luta or­ga­ni­zada dos tra­ba­lha­dores e das massas po­pu­lares, não apenas pelos seus le­gí­timos di­reitos, mas também pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, pela cons­trução de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda que pro­mova de­sen­vol­vi­mento so­be­rano e pro­gresso so­cial, que ga­ranta um Por­tugal com fu­turo.

O Avante! aborda se­ma­nal­mente nas suas pá­ginas as aná­lises, po­si­ções e pro­postas do PCP e a ac­ti­vi­dade das suas or­ga­ni­za­ções, rom­pendo dessa forma com o blo­queio in­for­ma­tivo a que os co­mu­nistas são vo­tados na ge­ne­ra­li­dade dos ór­gãos de co­mu­ni­cação so­cial. Mas faz mais do que isso, ao as­sumir-se como di­vul­gador dos pro­blemas, as­pi­ra­ções e lutas dos tra­ba­lha­dores, mas também dos pe­quenos e mé­dios agri­cul­tores, dos micro, pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios, dos in­te­lec­tuais, dos qua­dros téc­nicos, da ju­ven­tude, das mu­lheres, dos re­for­mados, dos idosos, das pes­soas com de­fi­ci­ência, dos de­mo­cratas e pa­tri­otas, de todos os ho­mens e mu­lheres pro­gres­sistas.

Órgão de in­for­mação com no­tí­cias, en­tre­vistas, re­por­ta­gens, ar­tigos de opi­nião e en­saios, o Avante! é também um ins­tru­mento de luta do seu Par­tido: pelo que re­pre­senta na for­mação po­lí­tica e ide­o­ló­gica dos seus mi­li­tantes e na cons­trução e con­so­li­dação da sua uni­dade; pelas portas que abre ao alar­ga­mento da sua in­fluência junto de am­plas massas; pelo papel or­gâ­nico es­tru­tu­rante que de­sem­penha.

Um jornal di­fe­rente

Em Por­tugal, como um pouco por todo o mundo, os ór­gãos de co­mu­ni­cação so­cial, de­tidos na sua imensa mai­oria por grandes grupos eco­nó­micos trans­na­ci­o­nais, estão cada vez mais ao ser­viço da im­po­sição do pen­sa­mento único e das teses do fim das ide­o­lo­gias e do ca­pi­ta­lismo triun­fante, es­con­dendo e es­ca­mo­te­ando tudo quanto seja um obs­tá­culo a esses pro­pó­sitos. Os ins­tru­mentos de que dis­põem para con­di­ci­onar e for­matar a opi­nião pú­blica são po­de­rosos: te­le­vi­sões, jor­nais, rá­dios, redes so­ciais, sí­tios na In­ternet. Também os seus alvos estão per­fei­ta­mente iden­ti­fi­cados.

Não é ne­ces­sário re­cuar muito no tempo para en­con­trar exem­plos do poder desta ofen­siva me­diá­tica e dos ob­jec­tivos que serve: as mis­ti­fi­ca­ções e men­tiras, a ma­ni­pu­lação em torno das úl­timas elei­ções le­gis­la­tivas, a dis­torção ou si­len­ci­a­mento da men­sagem da CDU, o apa­ga­mento das suas pro­postas e so­lu­ções para os pro­blemas do País são apenas al­guns dos mais re­centes e sig­ni­fi­ca­tivos.

Este pa­no­rama me­diá­tico con­fere uma acres­cida res­pon­sa­bi­li­dade à im­prensa co­mu­nista: o que os ou­tros omitem, por ser esse o in­te­resse do ca­pital, o Avante! no­ticia; o que os ou­tros de­turpam, para mais fa­cil­mente ma­ni­pular a opi­nião pú­blica, o Avante! es­cla­rece; o que os ou­tros apre­sentam como ver­dades únicas e ab­so­lutas, o Avante! ques­tiona, apre­sen­tando pontos de vista al­ter­na­tivos, con­tri­buindo assim para a for­mação de uma opi­nião es­cla­re­cida, cons­ci­ente, in­ter­ven­tiva.

 

Avançar com fir­meza
na di­vul­gação do Avante!

Não basta afirmar que é im­por­tante au­mentar a di­fusão do Avante! e apelar aos mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do Par­tido, aos tra­ba­lha­dores e ao povo, para que o com­prem, leiam e di­vul­guem. Im­porta, sim, tomar as me­didas or­gâ­nicas ne­ces­sá­rias para al­cançar esse ob­jec­tivo. É pre­ciso alargar con­si­de­ra­vel­mente o nú­mero de lei­tores do jornal.

É ne­ces­sário e pos­sível ir mais longe e é esse o ca­minho apon­tado quer na Re­so­lução Po­lí­tica do XXI Con­gresso quer no co­mu­ni­cado da mais re­cente reu­nião do Co­mité Cen­tral (1 de Fe­ve­reiro de 2022), onde se in­siste na ne­ces­si­dade de as or­ga­ni­za­ções par­ti­dá­rias as­su­mirem a «adopção de me­didas no plano da luta das ideias e da di­na­mi­zação da im­prensa e da pro­pa­ganda».

Para que esta linha de acção se cumpra e os seus ob­jec­tivos sejam atin­gidos, impõe-se a adopção de me­didas, tais como:

• au­mentar o nú­mero de com­pra­dores re­gu­lares do Avante!, fa­zendo-se o le­van­ta­mento dos mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do Par­tido que ainda não ad­quirem a im­prensa par­ti­dária e con­tac­tando-os para que a passem a ad­quirir se­ma­nal­mente; • alargar o nú­mero de mem­bros do Par­tido que as­sumem a dis­tri­buição do Avante!, re­ju­ve­nes­cendo-os, va­lo­ri­zando essa ta­refa no quadro da as­sunção de res­pon­sa­bi­li­dades per­ma­nentes;

• criar novas es­tru­turas para a di­fusão edi­to­rial (ADE);

• or­ga­nizar com ca­rácter re­gular vendas pú­blicas do Avante!, no­me­a­da­mente nas em­presas e lo­cais de tra­balho;

• pro­mover edi­ções e vendas es­pe­ciais do Avante!;

• pros­se­guir o es­forço para o alar­ga­mento da sua pre­sença e pro­jecção na In­ternet.

Im­por­tante se torna também, nas reu­niões e no tra­balho re­gular do Par­tido, es­ti­mular a «lei­tura e o es­tudo dos do­cu­mentos do Par­tido, do Avante! e de O Mi­li­tante».

Avançar com fir­meza na di­vul­gação do Avante! é, pois, parte in­te­grante da luta que tra­vamos para va­lo­rizar o tra­balho e os tra­ba­lha­dores; de­fender a pro­dução na­ci­onal e o em­prego; ga­rantir o di­reito à Edu­cação e à Cul­tura; re­forçar o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde e os ser­viços pú­blicos; ga­rantir a vida digna para os idosos e os di­reitos das cri­anças e dos jo­vens; as­se­gurar às mu­lheres a igual­dade na lei e na vida; pro­mover um am­bi­ente equi­li­brado e a co­esão ter­ri­to­rial; as­se­gurar a jus­tiça e o com­bate à cor­rupção; de­fender a so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­o­nais; pro­mover a paz e a co­o­pe­ração; afirmar os va­lores de Abril. Cum­prir os di­reitos ins­critos na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica.

É re­a­firmar o com­pro­misso do PCP com os tra­ba­lha­dores e o povo na luta pelos di­reitos, pela me­lhoria das con­di­ções de vida e o pro­gresso so­cial. Contra a ex­plo­ração e o em­po­bre­ci­mento. Pela li­ber­dade, a de­mo­cracia e o so­ci­a­lismo.