O momento é de juntar forças ao Partido

As his­tó­rias dos novos mi­li­tantes do PCP que têm sido re­la­tadas no Avante! re­velam que nunca é tarde para nos jun­tarmos àqueles que, todos os dias e nas vá­rias frentes, tra­ba­lham para cons­truir uma so­ci­e­dade me­lhor. Aqueles com quem fa­lámos esta se­mana, de uma ou de outra forma, já co­nhe­ciam o PCP fazia muito tempo, mas foi mais tarde, e por mo­tivos di­fe­rentes, que se aper­ce­beram da ne­ces­si­dade de dar mais força ao Par­tido que, todos os dias, es­teve ao seu lado.

André tem 24 anos e é na­tural de Al­cácer do Sal. Téc­nico su­pe­rior de co­mu­ni­cação na Câ­mara Mu­ni­cipal, também tra­balha, oca­si­o­nal­mente, como actor. Quando ques­ti­o­nado acerca do mo­mento em que ouviu falar do Par­tido pela pri­meira vez, res­pondeu que teria de re­cuar muitos anos: o seu pai não era mi­li­tante, mas «em casa toda a gente sabia que ele era do PCP», conta, acres­cen­tando que ia votar com ele desde pe­queno e que foi ele quem lhe en­sinou onde pôr o «x».

Já com idade para prestar atenção ao mundo à sua volta, foram-lhe en­si­nados os con­ceitos de jus­tiça so­cial e ex­plo­ração e con­taram-lhe a de­si­gual­dade do pas­sado da sua terra, sub­ju­gada aos in­te­resses do la­ti­fúndio. A edu­cação que re­cebeu foi o su­fi­ci­ente para, no fu­turo, ir pes­qui­sando e sa­bendo mais acerca do Par­tido: em 2013 apoiou a CDU nas elei­ções au­tár­quicas e, em 2017, em­pe­nhou-se na cam­panha.

Foi há um ano, com a epi­demia e a pa­ragem for­çada a que esta obrigou, que con­se­guiu re­al­mente ob­servar o que se pas­sava na po­lí­tica, a nível na­ci­onal e in­ter­na­ci­onal, e per­cebeu que «ser mi­li­tante é mesmo im­por­tante»: «Achei que também me devia chegar à frente e apoiar ainda mais o PCP. Quis dar a cer­teza que es­tarei lá para o que for pre­ciso, assim como o Par­tido es­teve com quem foi ne­ces­sário quando foi ne­ces­sário», afirmou.

Pedro é um pouco mais velho. Tem 33 anos, é en­ge­nheiro me­câ­nico de for­mação e vive há quase três anos em Sines, onde tra­balha na área da ma­nu­tenção da re­fi­naria da Pe­trogal. Não se lembra do pri­meiro con­tacto que teve com o Par­tido, mas em sua casa sempre se falou de po­lí­tica e a abor­dagem das ques­tões po­lí­ticas e so­ciais sempre foi «muito mais mais pró­xima dos va­lores e iden­ti­dade do PCP».

A sua cons­ci­ência de classe ci­mentou-se quando co­meçou a tra­ba­lhar. «Uma pessoa vai vendo o que acon­tece à sua volta», re­lata. «Sempre vi que há um Par­tido que fala destes as­suntos: da ex­plo­ração, da de­si­gual­dade entre mu­lheres e ho­mens, em que há mu­lheres que quando en­gra­vidam já não voltam ao tra­balho porque têm um vín­culo pre­cário.»

Foi aquando da epi­demia, com os lay-offs e os des­pe­di­mentos, que de­cidiu dar o passo de aderir ao PCP: «Como é que é pos­sível, no ano em que co­meçou a pan­demia e que se can­tava que aí vinha uma grande crise eco­nó­mica, haver ainda uma dis­tri­buição de di­vi­dendos pelos ac­ci­o­nistas? Per­cebi que temos de lutar contra estas in­jus­tiças», con­cluiu. Ins­creveu-se e hoje faz parte da cé­lula co­mu­nista da Pe­trogal.

«Não te­nham re­ceio de apa­recer. Ve­nham, porque se ha­verá sítio que está dis­po­nível para o de­bate de ideias e para vos re­ceber é o PCP», apelou aos que ainda possam estar he­si­tantes na de­cisão de tomar par­tido.



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