O FUTURO TEM PARTIDO

«necessário, indispensável e insubstituível»

Realizou-se no passado domingo o Comício do PCP no Campo Pequeno em Lisboa, que culminou as comemorações do seu Centenário, assinalou o seu 101.º aniversário e constituiu uma grande acção de massas inserida na luta em defesa da paz, pela resolução dos problemas nacionais, pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo, contra a exploração e o empobrecimento, pela ruptura com a política de direita, por uma política alternativa, pela afirmação do ideal e projecto comunistas.

Foi um comício memorável, pelos seus conteúdos nos planos cultural e político, pela combatividade dos milhares de participantes, incluindo uma grande participação de jovens – que desfilaram entre a Praça de Espanha e o Campo Pequeno – mas também dos muitos democratas e patriotas que se quiseram associar a esta empolgante manifestação de alegria, luta, determinação e confiança no futuro.

Com esta impressionante moldura humana, chega ao fim o vasto e diversificado programa de iniciativas das comemorações do Centenário do PCP, em que os trabalhadores e o povo, nomeadamente as gerações mais novas, puderam confirmar quão importante, valioso e em muitos momentos decisivo tem sido o papel do PCP. Uma intervenção insubstituível que se concretiza, hoje como sempre, na luta pelos direitos, pela paz, a liberdade, a democracia e o socialismo.


N
a sua intervenção neste Comício, o Secretário-geral do PCP referiu-se à situação de guerra que se vive no Leste da Europa, na Ucrânia, uma guerra que urge parar e que nunca deveria ter começado, pelas trágicas consequências que comportam sérios perigos e importantes repercussões por todo o mundo e que têm sido pretexto para uma nova campanha anticomunista, assente em graves falsificações por parte daqueles que foram cúmplices com a política de ingerência e agressão que está na origem da grave situação que se vive na Europa e no mundo.

Jerónimo de Sousareafirmaria: «O PCP não apoia a guerra. Dizer o contrário é uma vergonhosa calúnia. O PCP tem um património inigualável na luta pela paz. O PCP não tem nada a ver com o governo russo e o seu presidente. A opção de classe do PCP é oposta à das forças políticas que governam a Rússia capitalista e dos seus grupos económicos. O PCP opõe-se à estratégia de escalada armamentista e de dominação imperialista que os EUA há muito puseram em marcha».

«O PCP não apoia – e condena – a violação dos princípios do direito internacional, da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, princípios que o PCP sempre defendeu e que continua em coerência a defender hoje com a mesma convicção.»

E exortou o povo português a mobilizar-se pela paz e não pela escalada da guerra, e em favor da solidariedade e da ajuda humanitária às populações, que não se pode confundir com o apoio a grupos fascistas e neonazis.

É neste contexto que o PCP apela à participação nos actos públicos em defesa da paz e contra a guerra que hoje se realizam em Lisboa, no Porto e em outras localidades do País.

No mesmo plano, tendo presente o agravamento da situação económica e social, o PCP estimula a luta, nomeadamente nas empresas e locais de trabalho, a partir das reivindicações concretas em torno dos salários, horários, direitos. Mas também contra o aumento do custo de vida, exigindo a regulação dos preços (combustíveis, alimentos e tantos outros bens essenciais) e reclamandomedidas que reponham o poder de compra dos trabalhadores e do povo; que garantam o aumento das pensões; que reforcem e defendam o SNS, a Escola Pública e a Cultura.

Foi também no plano da luta pelos direitos, que se comemorou esta semana o Dia Internacional da Mulher. Como sublinhou Jerónimo de Sousa no almoço «PCP - Contigo todos os dias. Cumprir os direitos no trabalho e na vida», no passado dia 8 em Lisboa, «as mulheres contam com o PCP na sua luta de todos os dias e têm nele uma âncora na sua luta pela transformação da sua condição social e emancipação (…)». O PCP apela, pois, à participação na manifestação nacional de mulheres promovida pelo MDM no próximo sábado em Lisboa, depois do êxito de que se revestiu esta mesma manifestação no Porto no passado dia 5.
Do mesmo modo é de grande importância
a participação na luta dos estudantes convocada pelo seu movimento associativo para o próximo dia 24 de Março e na manifestação nacional da Juventude Trabalhadora convocada pela CGTP-IN para 31 de Março no Porto e em Lisboa.

Importa também avançar com a acção de reforço do Partido dando prioridade à responsabilização de quadros e reforço do trabalho de direcção,à intervenção e organização nas empresas e locais de trabalho, àcampanha de recrutamento «o futuro tem Partido» e ao aumento da quota e quota em dia.

O PCPtem soluções para dar resposta plena aos problemas nacionais e é portador de um projecto de futuro: um projecto alternativo, consubstanciado no seu Programa e visando a realização de uma Democracia Avançada, vinculada aos valores de Abril, indissociável da luta pela construção de uma sociedade nova, livre da exploração e da opressão.