Cada jovem comunista é voz activa que alerta e agita para a luta

Inês Rodrigues, do Secretariado e da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP

(…) Neste ano em que se celebram os 60 anos da crise académica de 1962, aqui estamos na defesa da Escola Pública, conquista de Abril, garante de condições de igualdade para todos, alvo de brutais ataques. Dizem-nos que liberdade significa poder escolher em que escola estudar, mas querem é que o Estado pague os colégios de luxo dos seus filhos, que continuarão a não aceitar os alunos dos bairros degradados.

(…) Neste mês de Março, mês da juventude e dos estudantes, somam-se forças à luta pelo fim da propina, pela gratuitidade do Ensino Superior, por mais ação social escolar, por mais alojamento público, pela valorização do Ensino Profissional, contra a precariedade, por horários dignos, pelos salários. (…)

Aos que dizem que é preciso criar riqueza para depois distribuir, nós dizemos que isso já hoje acontece. O problema é que a riqueza é criada por uns e distribuída entre outros. Não aceitamos que quem faz as casas não tenha um tecto para viver, quem costura roupas não possa comprar umas calças novas, quem produz comida não saiba se chega ao fim do mês com jantar para os seus filhos, ou que os investigadores e os artistas não consigam resolver a equação complexa das suas vidas por via da instabilidade laboral e social.

Somos a JCP, a organização de juventude do PCP e cada jovem comunista assume a tarefa ser a voz activa que alerta e agita para a luta. Somos a juventude que não desiste do 1% para a cultura ou do desporto para todos; que afirma que o capitalismo não é verde; que rejeita todas as formas de discriminação, pelo direito a sermos quem somos.

Somos a juventude deste Partido que há 101 anos levanta sem hesitações a bandeira da luta pela paz. Assim foi no passado e assim é hoje.

(…) À desorientação respondemos com organização, e são muitos os jovens que continuam a tomar Partido, a aderir à JCP e ao PCP. Porque nem toda a propaganda do mundo ilude a injustiça e a desigualdade, porque continuam a ser os comunistas que estão com eles todos os dias, porque sabem que é aqui que encontram as ferramentas e a união para responder aos seus problemas. (…)




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