- Nº 2522 (2022/03/31)

Fusão dos hospitais dificulta utentes em Coimbra

PCP

«A desumanização, baseada num distanciamento entre utentes e o seu centro hospitalar, e entre os seus trabalhadores, constitui um elemento negativo para a prestação de cuidados de saúde, que se quer próximo das pessoas», alertou a Direcção da Organização Regional de Coimbra (DORC) do PCP. Em causa estão as crescentes dificuldades dos utentes em marcar ou alterar consultas ou exames nas unidades do Centro Hospitalar Universitário (CHUC), «situação já identificada anteriormente mas que se agravou com a epidemia Covid-19, causando naturais constrangimentos a doentes com patologias não-Covid».

«Estas dificuldades não estão desligadas na fusão dos Hospitais de Coimbra, que resultou, tal como o PCP alertou, no encerramento de serviços, na degradação dos serviços existentes por sobrecarga dos trabalhadores e na deterioração generalizada dos serviços prestados. Simultaneamente vimos crescer em Coimbra o negócio privado da doença, dando por vezes “resposta” a especialidades que acabavam de fechar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), denunciando uma estratégia concertada», sublinha ainda a DORC, que lamenta, também, que «os recursos humanos do CHUC apenas funcionem durante o período da manhã, decisão tomada há dois anos em contexto de epidemia».

«O desenvolver da situação sanitária já teria permitido reverter há muito tempo» esta decisão, defende o Partido, que reclama a sua «urgente reabertura pelo período integral» e nota, além do mais, que «a defesa do SNS é também a defesa dos seus trabalhadores e utentes», pelo que, garante, «continuará a bater-se em defesa do SNS, universal, geral e solidário».