Japoneses de Okinawa rejeitam presença militar norte-americana

Meio sé­culo de­pois de re­cu­perar a so­be­rania ja­po­nesa, 55 por cento dos ha­bi­tantes de Oki­nawa re­chaçam a pre­sença mi­litar norte-ame­ri­cana na ilha, re­vela um es­tudo pu­bli­cado em Tó­quio.

De acordo com a pes­quisa da agência Kyodo News, a mai­oria dos oki­nawenses apontou como mo­tivo da re­jeição o pouco pro­gresso na re­dução das bases mi­li­tares dos EUA, que ocupam 70 por cento da su­per­fície ter­restre da ilha.

Entre os 1500 re­si­dentes mai­ores de 18 anos en­tre­vis­tados pela agência no­ti­ciosa, cerca de 58 por cento con­si­deram que as men­ci­o­nadas ins­ta­la­ções de­ve­riam ser re­du­zidas sig­ni­fi­ca­ti­va­mente, 14 por cento de­sejam o seu com­pleto fecho e cerca de 26 por cento mos­tram-se in­di­fe­rentes.

Tó­quio e Washington ne­go­ceiam desde há algum tempo a trans­fe­rência da Es­tação Aérea Fu­tenma, do corpo de fu­zi­leiros, da sua ac­tual lo­ca­li­zação em Gi­nowan para uma zona cos­teira menos po­voada, mas os ha­bi­tantes de Oki­nawa obs­ta­cu­lizam a mu­dança. Sobre esta questão, a pes­quisa in­dica que 67 por cento da po­pu­lação re­jeita o plano de trans­fe­rência e, desses, mais de me­tade pede o en­cer­ra­mento da base mi­litar norte-ame­ri­cana.

Em­bora grande parte dos in­qui­ridos (76 por cento) ex­presse a sua sim­patia pelos EUA, um outro grupo sig­ni­fi­ca­tivo (51 por cento) ga­rante não con­fiar nas forças ar­madas es­tran­geiras.

A Kyodo News in­formou, no pas­sado dia 19 de Abril, que muitos oki­nawenses estão des­con­tentes com o ruído, os de­litos e os aci­dentes re­la­ci­o­nados com as ins­ta­la­ções mi­li­tares, a pro­pó­sito do úl­timo es­cân­dalo por agressão se­xual a uma mu­lher ja­po­nesa por um fu­zi­leiro naval norte-ame­ri­cano.

Sobre este tema re­cor­rente, o go­ver­nador de Oki­nawa, Denny Ta­maki, disse que o sis­tema de edu­cação e gestão das forças ar­madas norte-ame­ri­canas na ilha é ex­tre­ma­mente ina­de­quado.

De­pois da II Guerra Mun­dial (1939-1945), no Japão der­ro­tado e ocu­pado, Oki­nawa per­tenceu aos EUA du­rante 27 anos e, em­bora Washington tenha de­vol­vido o ter­ri­tório após a as­si­na­tura do Acordo de Re­versão de 1972, mantém uma forte pre­sença mi­litar na zona.




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