Discussão na especialidade do OE para 2022

Propostas do PCP de alteração ao OE 2022

Pro­teger ren­di­mentos e con­di­ções de vida

Um sig­ni­fi­ca­tivo nú­mero das pro­postas do PCP – foram de resto as pri­meiras a ser apre­sen­tadas – visa dar res­posta aos pro­blemas mais pre­mentes dos tra­ba­lha­dores e do povo, como o agra­va­mento do custo de vida e a perda do poder de compra. Todas elas cor­po­rizam si­mul­ta­ne­a­mente uma po­lí­tica al­ter­na­tiva capaz de re­solver os pro­blemas es­tru­tu­rais do País.

Entre essas pro­postas um des­taque par­ti­cular para as que con­tem­plam me­didas con­cretas di­ri­gidas para o au­mento das re­formas e pen­sões, para a re­dução dos preços da ali­men­tação, para a re­gu­lação dos preços da energia- e assim baixar o preço dos com­bus­tí­veis -, para a va­lo­ri­zação de car­reiras e pro­fis­sões.

Em ma­téria de ren­di­mentos, re­giste-se a for­ma­li­zação de pro­postas des­ti­nadas à fi­xação de au­mentos sa­la­riais que as­se­gurem a va­lo­ri­zação do poder de compra dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica, bem como o au­mento do seu sub­sídio de re­feição.

Para com­bater a es­pe­cu­lação, justo re­alce deve ser dado à pro­posta des­ti­nada à cri­ação de um re­gime de con­trolo de preços sobre os pro­dutos do Cabaz Ali­mentar Es­sen­cial.

Salvar o SNS e ga­rantir o acesso à saúde

O re­forço do in­ves­ti­mento no Ser­viço Na­ci­onal de Saúde é desde há muito uma ne­ces­si­dade in­ques­ti­o­nável a re­clamar por res­posta. Sem esse re­forço em meios hu­manos e ma­te­riais é im­pos­sível re­solver pro­blemas ou ul­tra­passar as di­fi­cul­dades que per­sistem no acesso à saúde, como sejam o ele­vado nú­mero de utentes sem mé­dico de fa­mília, os ele­vados tempos de es­pera para con­sultas, ci­rur­gias, tra­ta­mentos e exames. Mas é também o caso de ou­tras im­por­tantes ques­tões que con­ti­nuam à es­pera de re­so­lução, desde a des­va­lo­ri­zação dos pro­fis­si­o­nais de saúde, pas­sando pela ob­so­les­cência dos equi­pa­mentos, até à de­gra­dação ou de­sa­de­quação das ins­ta­la­ções, entre tantos ou­tros pro­blemas.

De­pois de uma pri­meira série de pro­postas fo­cadas na fi­xação de pro­fis­si­o­nais de saúde no SNS, com in­cen­tivos para a sua co­lo­cação nas áreas deles ca­ren­ci­adas, o PCP voltou na pas­sada se­mana a for­ma­lizar novas pro­postas com so­lu­ções para os pro­blemas na saúde.

Eis al­gumas delas: con­ta­bi­li­zação de todos os pontos para efeitos de pro­gressão na car­reira; con­tra­tação de 1376 mé­dicos de fa­mília em 2022 e 2023 para as­se­gurar a atri­buição de mé­dico de fa­mília a todos os utentes; con­tra­tação a tí­tulo ex­cep­ci­onal e tem­po­rário de mé­dicos es­tran­geiros; atri­buição de in­cen­tivos para que os mé­dicos de fa­mília que estão em con­di­ções de se apo­sentar se man­te­nham em fun­ções; con­tra­tação de en­fer­meiros, as­sis­tentes téc­nicos e ope­ra­ci­o­nais nos cui­dados de saúde pri­má­rios.

Dando cum­pri­mento à Lei de Bases da Saúde, o PCP propõe ainda a cri­ação de um Pro­grama Plu­ri­a­nual de In­ves­ti­mentos no SNS, bem como a cri­ação de um ser­viço junto da ACSS com ca­pa­ci­dade de pla­ne­a­mento, pro­gra­mação e exe­cução de in­ves­ti­mentos.

A dis­pensa gra­tuita de me­di­ca­mentos para as pes­soas com mais de 65 anos, com do­enças cró­nicas e com in­su­fi­ci­ência eco­nó­mica é outra pro­posta de enorme al­cance no sen­tido da me­lhoria da aces­si­bi­li­dade dos utentes aos cui­dados de saúde.

Numa outra pro­posta con­fe­rida é aos es­ta­be­le­ci­mentos e uni­dades do SNS a pos­si­bi­li­dade de con­tra­tarem pro­fis­si­o­nais de saúde e re­a­li­zarem in­ves­ti­mentos, no âm­bito dos res­pec­tivos planos de ac­ti­vi­dades e or­ça­mento, sem ne­ces­si­dade de au­to­ri­zação dos mem­bros do Go­verno na área da saúde e das fi­nanças, as­se­gu­rando-lhes assim uma ver­da­deira au­to­nomia.

Nota de re­gisto me­recem ainda as pro­postas en­tre­gues no âm­bito dos cui­dados de saúde pri­má­rios (com re­forço na con­tra­tação de pro­fis­si­o­nais nas áreas da saúde mental, saúde oral, saúde vi­sual, re­a­bi­li­tação e nu­trição), bem como na saúde pú­blica, através do re­forço das equipas e a atri­buição do su­ple­mento à au­to­ri­dade de saúde pú­blica no valor de 800 euros.

O re­forço da res­posta pú­blica em nú­mero de camas e do nú­mero de equipas na área dos cui­dados con­ti­nu­ados in­te­grados e dos cui­dados pa­li­a­tivos, cons­titui outra das me­dida que in­tegra o nú­cleo de pro­postas do PCP na área da saúde.

Me­lhorar ser­viços pú­blicos

Face aos pro­blemas sen­tidos nos ser­viços pú­blicos e pelos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica, as res­postas a tais cons­tran­gi­mentos e di­fi­cul­dades são igual­mente as­se­gu­radas por via, entre ou­tras pro­postas, de uma va­lo­ri­zação sa­la­rial sig­ni­fi­ca­tiva dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica, bem como das suas car­reiras, a par de me­didas con­cretas de com­bate à pre­ca­ri­e­dade, de re­forço da con­tra­tação de pro­fis­si­o­nais, de res­peito pelos seus di­reitos, tendo em vista a me­lhoria do ser­viço pú­blico que é pres­tado à po­pu­lação.

Por me­lhor Edu­cação

Su­prir a ca­rência de pro­fes­sores e as­se­gurar que os alunos têm os pro­fes­sores a todas as dis­ci­plinas é para o PCP uma questão pri­o­ri­tária em ma­téria de Edu­cação. O que ex­plica que te­nham par­tido de si pro­postas como, por exemplo, a que aponta no sen­tido da vin­cu­lação dos pro­fes­sores com três ou mais anos de tempo de ser­viço (a con­cre­tizar de forma fa­seada em 2022 e 2023), ou a que atribui com­ple­mentos de ha­bi­tação e de des­lo­cação.

O re­forço da acção so­cial es­colar, no­me­a­da­mente nos au­xí­lios para alo­ja­mento, ma­te­rial es­colar, ali­men­tação e vi­sitas de es­tudo, nos es­ca­lões A, B e C é outra pro­posta do PCP, pen­sada para fazer face ao agra­va­mento das con­di­ções de vida das fa­mí­lias.

So­lu­ções, na óp­tica dos de­pu­tados co­mu­nistas, são ainda pre­cisas para re­cu­perar as apren­di­za­gens, pelo que é pro­posta a re­dução do nú­mero de alunos por turma para que possa haver um acom­pa­nha­mento mais pró­ximo dos alunos pelo pro­fessor.

Igual­dade no acesso

Ga­rantir a igual­dade no acesso, frequência e su­cesso es­colar dos es­tu­dantes é o grande de­si­de­rato que per­passa as pro­postas do PCP no plano do En­sino Su­pe­rior. Ve­jamos como:

- com a eli­mi­nação de pro­pinas na li­cen­ci­a­tura, mes­trado in­te­grado, mes­trado, dou­to­ra­mento, pós-gra­du­ação, cursos téc­nicos su­pe­ri­ores pro­fis­si­o­nais, taxas e emo­lu­mentos;

- re­for­çando a acção so­cial es­colar;

- com o re­forço do fi­nan­ci­a­mento para o Plano Na­ci­onal de Alo­ja­mento para o En­sino Su­pe­rior, no valor de 85 mi­lhões de euros, com exe­cução fa­seada até 2026;

- com re­forço da con­tra­tação de psi­có­logos nas ins­ti­tui­ções de en­sino su­pe­rior.

Já em re­lação aos do­centes do En­sino Su­pe­rior, o PCP propõe a eli­mi­nação de cri­té­rios res­tri­tivos para a sua con­tra­tação pelas ins­ti­tui­ções, as­se­gu­rando a sua au­to­nomia e a apli­cação da lei geral de tra­balho em fun­ções pú­blicas para efeitos de al­te­ração de po­si­ci­o­na­mento re­mu­ne­ra­tório dos do­centes das ins­ti­tui­ções de en­sino su­pe­rior, não pre­ju­di­cando a apli­cação de re­gimes mais fa­vo­rá­veis.

Com­bater a pre­ca­ri­e­dade

Na Ci­ência, o PCP propõe o re­forço do fi­nan­ci­a­mento dos La­bo­ra­tó­rios do Es­tado, no valor de 22 mi­lhões de euros, para col­matar a falta de tra­ba­lha­dores e pro­ceder à sua mo­der­ni­zação, bem como o re­forço do fi­nan­ci­a­mento de 53,4 mi­lhões de euros para a Fun­dação para a Ci­ência e Tec­no­logia.

A pre­ca­ri­e­dade na ci­ência é outra re­a­li­dade que desde há muito pre­o­cupa o PCP e que o leva a propor me­didas de com­bate a esse ver­da­deiro fla­gelo, entre as quais se in­cluem:

- in­te­gração na Car­reira de In­ves­ti­gação Ci­en­tí­fica de todos os dou­to­rados que de­sem­pe­nhem fun­ções pú­blicas há mais de três anos, ou que es­tejam a ser fi­nan­ci­ados por fundos pú­blicos há mais de três anos;

- ac­tu­a­li­zação do valor das bolsas de in­ves­ti­gação ci­en­tí­fica;

- ac­tu­a­li­zação das com­po­nentes das bolsas de in­ves­ti­gação ci­en­tí­fica equi­va­lente à ac­tu­a­li­zação do valor da Re­tri­buição Mí­nima Mensal Ga­ran­tida e a re­po­sição dos sub­sí­dios aos bol­seiros de in­ves­ti­gação ci­en­tí­fica para a par­ti­ci­pação em mis­sões e idas a con­gressos.

De­fender a pro­dução na­ci­onal

Bem pre­sente na ava­li­ação ao OE pelos de­pu­tados co­mu­nistas es­teve também o que con­si­deram ser a ne­ces­si­dade im­pe­ra­tiva de re­solver o per­sis­tente dé­fice da nossa ba­lança ex­terna agro-ali­mentar e de as­se­gurar e de­fender a so­be­rania ali­mentar na­ci­onal. Daí a ela­bo­ração de um grupo muito amplo de pro­postas des­ti­nadas a pro­mover a pro­dução na­ci­onal e a sal­va­guardar os ren­di­mentos dos agri­cul­tores e pes­ca­dores.

Me­didas que, em suma, cor­res­pondem às as­pi­ra­ções dos pe­quenos agri­cul­tores, dos pes­ca­dores e de cen­tenas de mi­lhares de micro, pe­quenas e mé­dias em­presas, tra­du­zindo-se num apoio efec­tivo ao te­cido eco­nó­mico, com­ba­tendo em si­mul­tâneo o «fa­vo­re­ci­mento das grandes em­presas com que o Go­verno está com­pro­me­tido», como su­bli­nhou Paula Santos numa das con­fe­rên­cias de im­prensa de apre­sen­tação das pro­postas do PCP.

Eis al­gumas das pro­postas de apoio às MPME:

- cri­ação de um fundo de apoio à te­sou­raria, atri­buindo uma linha de cré­dito em função do Vo­lume de Ne­gó­cios e do nú­mero de tra­ba­lha­dores da em­presa, em que 50% do valor con­tra­tado é a fundo per­dido;

- con­clusão da re­po­sição do IVA da res­tau­ração (be­bidas);

- cor­recção no sen­tido de uma tri­bu­tação mais justa de di­versas normas re­la­tivas ao IVA (vi­a­turas des­ti­nadas à ac­ti­vi­dade) e ao IRC (MPME lo­ca­li­zadas no in­te­rior e tri­bu­tação au­tó­noma de vi­a­turas), a par das pro­postas já apre­sen­tadas de con­trolo de preços de energia e com­bus­tí­veis.

- eli­mi­nação total e de­fi­ni­tiva de por­ta­gens nas ex-SCUT e cri­ação de uma nova classe de por­ta­gens para mo­to­ci­clos.

Mais jus­tiça fiscal é pos­sível

As­se­gurar as re­ceitas ne­ces­sá­rias ao cum­pri­mento das fun­ções do Es­tado, tor­nando si­mul­ta­ne­a­mente pos­sível um alívio fiscal sobre ren­di­mentos mais baixos e in­ter­mé­dios, tal é o sen­tido geral das pro­postas do PCP no ca­pí­tulo da fis­ca­li­dade.

A so­bres­sair de todas elas está o al­me­jado ob­jec­tivo de ga­rantir maior equi­dade fiscal, tri­bu­tando ade­qua­da­mente o grande ca­pital e os ren­di­mentos de mais ele­vado valor, como adi­ante se verá:

- eli­mi­nação de vá­rias isen­ções no Có­digo do IRC e no es­ta­tuto dos Be­ne­fí­cios Fis­cais, com vista a as­se­gurar que os lu­cros re­a­li­zados em Por­tugal são efec­ti­va­mente tri­bu­tados no país;

- fim do re­gime fiscal da Zona Franca da Ma­deira;

- alar­ga­mento do en­glo­ba­mento obri­ga­tório a todos os ren­di­mentos, pre­diais e de ca­pital, para con­tri­buintes do es­calão mais ele­vado de IRS (ren­di­mentos men­sais su­pe­ri­ores a 7000 euros);

- fim do Es­ta­tuto Fiscal dos Re­si­dentes Não Ha­bi­tuais, cuja desp­cri­ação do 10.º es­calão de IRS, para ren­di­mentos co­lec­tá­veis su­pe­ri­ores a 250.000 euros anuais, con­so­li­dando na ta­bela de IRS a Taxa Adi­ci­onal de So­li­da­ri­e­dade;

- cri­ação de uma taxa sobre as trans­fe­rên­cias para offshores;

- cri­ação de uma con­tri­buição ex­tra­or­di­nária sobre os lu­cros ines­pe­rados do sector dos se­guros, tendo em conta os ga­nhos re­sul­tantes da re­dução sig­ni­fi­ca­tiva da si­nis­tra­li­dade ro­do­viária de­vido às me­didas de com­bate à pan­demia.

- re­vo­gação do re­gime de atri­buição de “vistos gold”;

- baixa do IVA da elec­tri­ci­dade e do gás (in­cluindo o gás en­gar­ra­fado) para a taxa mí­nima de 6%;

En­qua­drando-se no quadro de pro­postas para au­mentar a re­ceita e dessa forma per­mitir o fi­nan­ci­a­mento das fun­ções so­ciais do Es­tado, re­alce ainda para duas ou­tras pro­postas de na­tu­reza não pro­pri­a­mente fiscal:

- Fim do re­gime das Par­ce­rias Pú­blico-Pri­vadas, que re­pre­sentam uma des­pesa anual de mais de 1300 mi­lhões de euros;

- Cri­ação de um re­gime que im­peça ga­nhos ex­tra­or­di­ná­rios das con­ces­si­o­ná­rias de PPP ro­do­viá­rias, de­vido a pe­didos de re­po­sição do equi­lí­brio fi­nan­ceiro que re­sultem da re­dução de trá­fego pro­vo­cada pelas me­didas de com­bate à pan­demia.

Ali­viar carga sobre o tra­balho

Uma tri­bu­tação mais justa ao grande ca­pital, além de um au­mento da re­ceita, pos­si­bi­lita uma re­dução de im­postos sobre os ren­di­mentos do tra­balho, se­gundo as pro­postas do PCP:

- Au­mento do mí­nimo de exis­tência do IRS, ou seja, do li­miar abaixo do qual se aplica a isenção do IRS, num valor cerca de 400 euros acima do que é apre­sen­tado pelo Go­verno;

- Des­con­ge­la­mento e au­mento da de­dução es­pe­cí­fica, ou seja, da par­cela aba­tida ao ren­di­mento global para cál­culo das taxas de IRS, ac­tu­a­li­zando este valor em 5,3%;

-Ac­tu­a­li­zação dos li­mites dos es­ca­lões de IRS, con­si­de­rando a in­flação es­pe­rada nesta pro­posta de Or­ça­mento (IHPC de 4%) e não a in­flação es­pe­rada na pro­posta de Ou­tubro (IHPC de 0,9%).

O PCP apre­senta ainda pro­postas para re­dução dos custos su­por­tados pelos con­su­mi­dores na banca e nos se­guros:

- Proi­bição das co­mis­sões de ma­nu­tenção de conta; re­dução geral do nível de co­mis­si­o­na­mento na banca; e alar­ga­mento das con­di­ções de acesso à conta de ser­viços mí­nimos ban­cá­rios.

- De­vo­lução de parte dos re­cursos acu­mu­lados no Fundo de Ga­rantia Au­to­móvel, através de uma re­dução das taxas que são su­por­tadas pelos to­ma­dores de se­guros do ramo au­to­móvel, sem pôr em causa o cum­pri­mento das fun­ções do FGA.

As­se­gurar di­reito à ha­bi­tação

Para além de pro­postas para as­se­gurar a es­ta­bi­li­dade e a re­dução dos preços da ha­bi­tação, o PCP en­tregou um novo con­junto de ou­tras que visam cum­prir o di­reito cons­ti­tu­ci­onal à ha­bi­tação, travar a es­pe­cu­lação e afirmar o Es­tado como grande pro­motor de ha­bi­tação.

Nesse sen­tido, para as­se­gurar a dis­po­ni­bi­li­zação de ha­bi­tação pú­blica, por via da cons­trução ou da re­a­bi­li­tação de imó­veis de­gra­dados ou de­vo­lutos, pro­posta é a cri­ação de um ga­bi­nete de pla­ne­a­mento no IHRU, bem como o re­forço de meios fi­nan­ceiros e o apoio a pro­jectos de cons­trução de ha­bi­ta­ções sem fins lu­cra­tivos exe­cu­tados por co­o­pe­ra­tivas ou as­so­ci­a­ções de mo­ra­dores. Os co­mu­nistas querem ainda uma mo­bi­li­zação do pa­tri­mónio ha­bi­ta­ci­onal pú­blico para pro­gramas de renda apoiada e con­di­ci­o­nada e, noutro plano, a «aqui­sição pelas en­ti­dades do Es­tado de mais imó­veis para o mesmo fim, ga­ran­tindo às au­tar­quias o di­reito de pre­fe­rência na aqui­sição de imó­veis em pro­cesso de exe­cução fiscal».

Face ao agravar do custo de vida e ao pre­vi­sível au­mento das taxas de juro no cré­dito à ha­bi­tação, enorme re­le­vância as­sume também a pro­posta de sus­pensão até final do ano das de­nún­cias de con­tratos e da exe­cução de hi­po­tecas de ha­bi­tação per­ma­nentes.

Me­lhorar pro­tecção so­cial

O cum­pri­mento do di­reito cons­ti­tu­ci­onal à Se­gu­rança So­cial impõe que se adoptem me­didas con­cretas que «re­forcem a pro­tecção so­cial, que de­fendam a Se­gu­rança So­cial o seu fi­nan­ci­a­mento e o seu ca­rácter pú­blico, uni­versal e so­li­dário», su­bli­nhou a líder par­la­mentar co­mu­nista na con­fe­rência de im­prensa onde deu a co­nhecer as pro­postas fi­nais de al­te­ração ao OE 2022 apre­sen­tadas pela sua ban­cada. Me­didas, ex­pli­citou, que «va­lo­rizem as car­reiras con­tri­bu­tivas e que con­si­derem a es­pe­cial pro­tecção que deve ser as­se­gu­rada a quem está em si­tu­ação de maior fra­gi­li­dade so­cial, como as cri­anças e os jo­vens, os re­for­mados, pen­si­o­nistas e idosos, as pes­soas com de­fi­ci­ência e as fa­mí­lias em risco de po­breza e ex­clusão so­cial».

Ora é nessa exacta di­recção que vão as pro­postas, en­tre­gues sexta-feira pas­sada, gui­adas por um único grande ob­jec­tivo: o re­forço quer das pres­ta­ções so­ciais quer da Se­gu­rança So­cial.

A uni­ver­sa­li­dade do abono de fa­mília e o alar­ga­mento dos seus es­ca­lões é uma das pro­postas ela­bo­radas com esse es­pí­rito, tal como é a que re­força as con­di­ções de acom­pa­nha­mento a filho, no­me­a­da­mente no alar­ga­mento das li­cenças de ma­ter­ni­dade e pa­ter­ni­dade e re­la­ti­va­mente ao pe­ríodo de alei­tação.

Rede pú­blica de lares

No que se re­fere ao acesso à re­forma o PCP volta a in­sistir na eli­mi­nação do factor de sus­ten­ta­bi­li­dade e das pe­na­li­za­ções para re­for­mados que foram em­pur­rados para re­formas an­te­ci­padas so­frendo cortes bru­tais nas suas pen­sões.

Va­lo­ri­zadas, numa outra pro­posta, são as longas car­reiras con­tri­bu­tivas, as­se­gu­rando o di­reito à re­forma sem qual­quer pe­na­li­zação e in­de­pen­den­te­mente da idade, a quem tenha 40 anos de des­contos.

O re­forço do Com­ple­mento So­li­dário para Idosos, as­se­gu­rando o seu pa­ga­mento a 14 meses e eli­mi­nando en­traves à atri­buição desta pres­tação é outra pro­posta de grande al­cance, tal como é a que cria dois novos es­ca­lões nas pen­sões mí­nimas, «fa­zendo jus­tiça a mi­lhares de pen­si­o­nistas que re­cebem pen­sões mí­nimas e que têm longas car­reiras con­tri­bu­tivas», como sa­li­entou Paula Santos.

A exemplo do que fez para as cre­ches, a ban­cada co­mu­nista avançou agora também para a cri­ação de uma rede pú­blica de lares. Trata-se, como foi dito, de «res­ponder às ca­rên­cias de vagas», le­vando si­mul­ta­ne­a­mente o Es­tado a as­sumir as suas res­pon­sa­bi­li­dades nesta ma­téria.

Uma par­ti­cular atenção me­receu ainda a área da de­fi­ci­ência, com os de­pu­tados co­mu­nistas a pro­porem o re­forço da Pres­tação So­cial para a In­clusão, as­se­gu­rando o seu pa­ga­mento a 14 meses e alar­gando os cri­té­rios para a sua atri­buição. Re­giste-se duas ou­tras pro­postas: a gra­tui­ti­dade do Ates­tado Mul­tiusos e a pror­ro­gação do prazo de vi­gência até ao final de 2022; o re­forço das verbas do Ins­ti­tuto Na­ci­onal da Re­a­bi­li­tação des­ti­nadas a atri­buição de pro­dutos de apoio.

Mais Se­gu­rança So­cial

A am­pli­ação das fontes de Fi­nan­ci­a­mento da Se­gu­rança So­cial, «co­lo­cando a ri­queza pro­du­zida no País a con­tri­buir de forma mais justa» para a sua sus­ten­ta­bi­li­dade, é outra me­dida ma­te­ri­a­li­zada em pro­posta pelo PCP, que de­fende por fim a ac­tu­a­li­zação em 4% do IAS para efeitos da de­ter­mi­nação dos mon­tantes das pres­ta­ções so­ciais, de forma a que os mesmos possam ser ac­tu­a­li­zados de acordo com aquele cri­tério, «es­ta­be­le­cendo que para efeitos de acesso a pres­ta­ções so­ciais, de­sig­na­da­mente no âm­bito da ve­ri­fi­cação da con­dição de re­cursos, se aplique o valor que for mais fa­vo­rável ao be­ne­fi­ciário».

Cul­tura, pilar da de­mo­cracia

A du­pli­cação da do­tação ini­cial para 2022 do Or­ça­mento da Cul­tura, o que re­pre­senta um re­forço de 390 mi­lhões de euros, tendo como ob­jec­tivo al­cançar a breve trecho o pa­tamar mí­nimo de 1% do OE, eis, por­ven­tura, a mais sig­ni­fi­ca­tiva das pro­postas do PCP neste do­mínio. Tal como as res­tantes que a acom­pa­nham re­la­tivas a este sector, o ob­jec­tivo é o in­cre­mento de um Ser­viço Pú­blico de Cul­tura.

E por en­carar a Cul­tura como uma com­po­nente es­sen­cial da de­mo­cracia, para o PCP é igual­mente es­sen­cial – e nesse sen­tido vão as suas pro­postas - a con­tra­tação de tra­ba­lha­dores para a DGP e Di­rec­ções Re­gi­o­nais de Cul­tura; o re­forço das verbas da DGartes, DGPC, do ICA, e da Ci­ne­ma­teca; me­didas de apoio à ac­ti­vi­dade cir­cense; me­didas de apoio aos ci­ne­clubes; o re­forço do fi­nan­ci­a­mento de apoio à cri­ação li­te­rária; a cri­ação de um apoio para as Or­ques­tras Re­gi­o­nais; o re­forço das verbas des­ti­nadas ao Pro­grama Na­ci­onal de Emer­gência do Pa­tri­mónio Cul­tural, ao Plano Na­ci­onal de Tra­ba­lhos Ar­que­o­ló­gicos e ao Pro­grama de Apoio a Mu­seus da Rede Por­tu­guesa de Mu­seus – Pro­Mu­seus.

Re­alce, por úl­timo, para a pro­posta de con­ti­nui­dade e re­forço do pro­grama Ga­rantir Cul­tura, que, re­corde-se, teve origem numa pro­posta do PCP no OE 2021, pre­vendo a aber­tura de con­curso ainda em 2022, e re­for­çando as suas verbas.

Co­mu­ni­cação So­cial

Quanto às pro­postas re­la­ci­o­nadas com o sector da Co­mu­ni­cação So­cial, de­ter­mi­nante para a sua apre­sen­tação está so­bre­tudo a pre­o­cu­pação pela de­fesa e re­forço do ser­viço pú­blico de rádio e de te­le­visão. Daí o re­forço de verbas pro­posto no sen­tido de ga­rantir o cum­pri­mento das obri­ga­ções do Es­tado com a RTP, bem como o re­forço da in­dem­ni­zação com­pen­sa­tória à Agência Lusa, a par de uma linha de fi­nan­ci­a­mento para a sua mo­der­ni­zação tec­no­ló­gica.

Por re­co­nhecer o «papel so­cial in­subs­ti­tuível da im­prensa re­gi­onal», o PCP en­tregou ainda uma pro­posta para com­par­ti­ci­pação a 100% do porte-pago, assim como de um in­cen­tivo que apoie as rá­dios re­gi­o­nais e lo­cais nos custos de dis­tri­buição junto do seu pú­blico-alvo. O mesmo no que diz res­peito às infra-es­tru­turas mul­ti­média de gestão comum, em te­le­co­mu­ni­ca­ções e energia.

De­fender o am­bi­ente e a bi­o­di­ver­si­dade

Ar­ti­cu­ladas com ou­tras por si an­te­ri­or­mente apre­sen­tadas e com in­ci­dência em ou­tras di­men­sões da po­lí­tica am­bi­ental (trans­portes pú­blicos, energia), de que o Avante! já falou em edi­ções an­te­ri­ores, as pro­postas do PCP na área do Am­bi­ente re­pre­sentam um forte con­tri­buto para a de­fesa do am­bi­ente, dos ecos­sis­temas, da bi­o­di­ver­si­dade e da flo­resta.

O re­forço da do­tação or­ça­mental da Ins­pecção-Geral da Agri­cul­tura, do Mar, do Am­bi­ente e do Or­de­na­mento do Ter­ri­tório (IGA­MAOT), em ordem a con­ferir-lhe me­lhores con­di­ções para cum­prir com as suas fun­ções ins­pec­tivas, é uma dessas pro­postas mais re­centes for­ma­li­zadas pelo PCP.

Im­porta ainda re­levar as se­guintes pro­postas:

- cri­ação de um Sis­tema de Mo­ni­to­ri­zação de Re­cursos Hí­dricos e De­fesa das Massas de Água;

- ac­tu­a­li­zação, pelo ICNF, da ca­rac­te­ri­zação e di­ag­nós­tico do es­tado de con­ser­vação dos va­lores na­tu­rais in­te­grados em áreas pro­te­gidas;

- con­tra­tação de mais 30 vi­gi­lantes da na­tu­reza.

Já no que se re­fere à Flo­resta, des­taque-se as se­guintes pro­postas:

- re­forço do or­ça­mento do ICNF em 20 mi­lhões de euros;

- do­tação or­ça­mental de três mi­lhões de euros para Pro­grama de Iden­ti­fi­cação, Con­trolo e Er­ra­di­cação de Es­pé­cies Exó­ticas In­va­soras nas áreas pro­te­gidas.

De­fesa e Pro­tecção Civil

De­pois de num pri­meiro lote de pro­postas ter in­cluído al­gumas que são es­pe­ci­fi­ca­mente di­ri­gidas para a va­lo­ri­zação de car­reiras e pro­fis­sões (como a fi­xação de va­lores justos para o

su­ple­mento de risco das forças e ser­viços de se­gu­rança, entre vá­rias ou­tras), o PCP votou a apre­sentar pro­postas de na­tu­reza idên­tica, desta feita vi­sando a va­lo­ri­zação da con­dição mi­litar no que toca às car­reiras e pro­mo­ções.

Assim, na área da De­fesa, são avan­çadas pro­postas como a que

prevê a re­tro­ac­ti­vi­dade re­fe­rente à data de an­ti­gui­dade das pro­mo­ções por diu­tur­ni­dade, no­me­a­da­mente para efeitos re­mu­ne­ra­tó­rios, dos mi­li­tares das Forças Ar­madas, do Quadro Per­ma­nente ou que se en­con­trem em re­gime de con­trato. Desta forma re­solve-se uma si­tu­ação que se ar­rasta desde o go­verno PSD/​CDS.

A ele­vação das con­di­ções de vida dos An­tigos Com­ba­tentes, con­sa­grando o ob­jec­tivo de que até 2026 ne­nhum destes ho­mens e mu­lheres au­fira pen­sões in­fe­ri­ores ao SMN, e con­sa­grando de ime­diato um com­ple­mento vi­ta­lício de 50 euros, é outra im­por­tante me­dida pre­co­ni­zada pelo PCP.

Já em ma­téria de Pro­tecção Civil, o des­taque vai para as pro­postas que re­forçam os seus meios, de­sig­na­da­mente através de apoios sig­ni­fi­ca­tivos para in­ves­ti­mento, con­ser­vação e re­qua­li­fi­cação de ins­ta­la­ções e me­lhoria da ca­pa­ci­dade ope­ra­ci­onal das as­so­ci­a­ções hu­ma­ni­tá­rias de bom­beiros, para o apoio à aqui­sição de ga­sóleo e a isenção total de por­ta­gens. A re­visão do pro­to­colo entre as as­so­ci­a­ções hu­ma­ni­tá­rias de bom­beiros e o Ins­ti­tuto Na­ci­onal de Emer­gência Mé­dica e a Au­to­ri­dade Na­ci­onal de Emer­gência e Pro­tecção Civil (ANEPC), de modo a que os va­lores «cu­bram de modo in­te­gral os custos efec­tivos dos ser­viços pres­tados», é outra pro­posta que está em cima da mesa, tal como está uma outra des­ti­nada a ga­rantir o acesso dos bom­beiros fe­ridos em missão à Pres­tação So­cial para a In­clusão.

Jus­tiça e Ad­mi­nis­tração In­terna

A ne­ces­si­dade de ga­rantir o acesso dos ci­da­dãos à Jus­tiça mo­tivou também a apre­sen­tação de pro­postas con­ce­bidas de ma­neira a pro­duzir so­bre­tudo um maior in­ves­ti­mento em re­cursos hu­manos nesta área e também na Ad­mi­nis­tração In­terna.

Ve­jamos as pro­postas:

- Re­cru­ta­mento de fun­ci­o­ná­rios e as­ses­sores ju­di­ciais;

- Re­cru­ta­mento de con­ser­va­dores e ofi­ciais de re­gistos;

- Re­cru­ta­mento de guardas pri­si­o­nais e psi­có­logos para o sis­tema pri­si­onal;

- In­te­gração do su­ple­mento de re­cu­pe­ração pro­ces­sual no sa­lário base dos fun­ci­o­ná­rios ju­di­ciais;

Quanto ao acesso ao Di­reito, o PCP propõe:

- Re­dução de custas ju­di­ciais, com a isenção de custas para os si­nis­trados do tra­balho;

- Re­dução de custas em caso de acordo entre as partes para a de­sis­tência da ins­tância;

Já na área da Ad­mi­nis­tração In­terna, face à falta de in­ves­ti­mentos nas forças e ser­viços de se­gu­rança (GNR, PSP, SEF e Po­lícia Ma­rí­tima), que se re­per­cute em in­su­fi­ci­entes con­di­ções ao nível ma­te­rial, de equi­pa­mentos e infra-es­tru­turas, e de re­cursos hu­manos, o PCP avançou com as se­guintes pro­postas:

-Ad­missão de 2500 pro­fis­si­o­nais para as forças e ser­viços de se­gu­rança:

- Fi­xação do sub­sídio de risco em 350 euros em 2022 e 400 euros a partir de 2023.

- Pro­moção da me­lhoria das con­di­ções de tra­balho, de se­gu­rança e saúde no tra­balho dos pro­fis­si­o­nais das forças e ser­viços de se­gu­rança.

Apoiar o as­so­ci­a­ti­vismo, a ju­ven­tude e o des­porto

O apoio à re­toma da ac­ti­vi­dade das as­so­ci­a­ções ju­venis, assim como o re­forço da do­tação or­ça­mental des­ti­nada à re­a­li­zação do En­contro Na­ci­onal de Ju­ven­tude cons­ti­tuem duas das pro­postas con­cretas que têm a as­si­na­tura de de­pu­tados co­mu­nistas.

E assim é - e não por acaso -, porque o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo ju­venil cons­titui, na pers­pec­tiva do PCP, a ex­pressão mais forte da par­ti­ci­pação e in­ter­venção ju­venis nas di­versas es­feras da so­ci­e­dade.

Nota de re­levo me­rece ainda a pro­posta para a dis­tri­buição gra­tuita de pro­dutos de hi­giene mens­trual nas es­colas da rede pú­blica do Mi­nis­tério da Edu­cação e nas Ins­ti­tui­ções do En­sino Su­pe­rior Pú­blico, con­tri­buindo assim para que o «acesso a estes bens es­sen­ciais à saúde se­xual e re­pro­du­tiva não seja li­mi­tado por ca­rên­cias eco­nó­micas ou ou­tros fac­tores».

Apoiar as co­lec­ti­vi­dades

Ga­rantir a con­ti­nui­dade do papel in­subs­ti­tuível das co­lec­ti­vi­dades na di­na­mi­zação de ac­ti­vi­dades cul­tu­rais, des­por­tivas e de re­creio, bem como na ga­rantia do acesso à cul­tura e ao des­porto, assim se pode re­sumir o pro­pó­sito geral das me­didas pre­co­ni­zadas pelo PCP no âm­bito do Mo­vi­mento As­so­ci­a­tivo Po­pular.

Fa­lamos de me­didas como o alar­ga­mento da isenção de IRC para ac­ti­vi­dades não es­ta­tu­tá­rias, de um pro­grama para ga­rantir a sal­va­guarda dos ar­quivos das as­so­ci­a­ções e co­lec­ti­vi­dades, e de um pro­grama na­ci­onal de apoio ao in­cre­mento de me­didas de auto pro­tecção em ins­ta­la­ções des­por­tivas e edi­fí­cios as­so­ci­a­tivos.

Elevar a prá­tica des­por­tiva

Em ma­téria de Des­porto, entre as vá­rias pro­postas en­tre­gues, des­taque-se a que propõe a res­ti­tuição do IVA de ma­te­rial e equi­pa­mento des­por­tivo às as­so­ci­a­ções sem fins lu­cra­tivos que te­nham como fim ac­ti­vi­dades des­por­tivas. O PCP de­fende, por outro lado, que seja ga­ran­tido o cum­pri­mento pelo Es­tado das suas res­pon­sa­bi­li­dades no âm­bito das for­ma­ções es­pe­cí­ficas gra­tuitas, de forma a que ne­nhum trei­nador fique sem o seu tí­tulo e por essa via im­pe­dido de exercer a ac­ti­vi­dade. Pro­posta é ainda uma trans­fe­rência de verbas para o Pro­grama de Re­a­bi­li­tação de Ins­ta­la­ções Des­por­tivas de apoio às as­so­ci­a­ções sem fins lu­cra­tivos.

Co­mu­ni­dades emi­grantes

Bem pre­sente no quadro de pre­o­cu­pa­ções do PCP e da sua acção estão também, como não podia deixar de ser, os pro­blemas das co­mu­ni­dades por­tu­guesas es­pa­lhadas pelo mundo. Com o in­tuito de re­solver al­guns deles, ou pelo menos mi­norá-los, estão as pro­postas que se tra­duzem num re­forço do apoio às as­so­ci­a­ções de emi­grantes, a que eli­mina a pro­pina, e a que es­ta­be­lece a dis­tri­buição de ma­nuais es­co­lares gra­tuitos no en­sino de por­tu­guês no es­tran­geiro.

Os tra­ba­lha­dores con­su­lares também não são es­que­cidos pelo PCP, que propõe uma ac­tu­a­li­zação sa­la­rial, «ade­quando os sa­lá­rios à re­a­li­dade eco­nó­mica e re­mu­ne­ra­tória do país em que exercem fun­ções, bem como a ga­rantia de pro­tecção so­cial em si­tu­ação de in­va­lidez, ve­lhice, do­ença ou morte».



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