LUTA, INICIATIVA E CONFIANÇA

«Há alternativa e soluções»

A situação nacional continua marcada pelo impacto do aumento do custo de vida (confirmado pelos dados da inflação referente ao mês de Junho com taxa homóloga de cerca de 8,7%) e pela deterioração da situação social, confirmando-se assim todos os alertas e a justeza das posições do PCP, nomeadamente quanto às votações do Orçamento do Estado para 2022, tornando também mais evidente a importância da luta de massas e da intervenção do PCP em torno do aumento dos salários e pensões.

De facto, a pretexto da guerra e das sanções, prossegue a ofensiva do grande capital para, pela via especulativa, aprofundar a exploração agravando as injustiças e desigualdades sociais.

Mantém-se também a linha de ataque ao SNS, instrumentalizando problemas reais, mas tendo como objectivo central a sua destruição. Aliás, o boicote dos privados aos exames prescritos pelo SNS é mais uma e nova forma de ataque ao Serviço Nacional de Saúde.

O PCP insiste que a salvação e reforço do Serviço Nacional de Saúde requer medidas urgentes e concretas, nomeadamente é preciso fixar e atrair profissionais para o SNS, garantir-lhes vínculos laborais adequados e condições de estabilidade profissional, salários valorizados e uma perspectiva de carreira com que possam contar e que contribua para a sua motivação. Como aquelas que tem vindo a propor e que quer o PS, quer o PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal têm vindo a rejeitar.

 

Prossegue uma forte ofensiva em torno da instigação da guerra, das sanções e do militarismo, de que a Cimeira da NATO e a subserviência do governo português foi mais um passo.

De facto, as Cimeiras do G7 e da NATO confirmam a linha do imperialismo de promoção da guerra, da confrontação internacional e do militarismo, a par da tentativa de intensificação da guerra económica.

 

Por outro lado, o recente episódio em torno do anúncio pelo Ministro das Infra-estruturas e os seus desenvolvimentos sobre a construção do novo aeroporto, confirmam sobretudo a articulação entre o PS e PSD para servir os interesses da Vinci, recusando a única solução com futuro – consensualizada no plano nacional antes da privatização da ANA –, a construção faseada do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete.

A posição do PCP foi sempre clara: tirar o aeroporto do centro da cidade de Lisboa, avançar com Alcochete, recuperar o a controlo público dos aeroportos nacionais.

 

É neste quadro que a luta se desenvolve – de que foram expressão a greve dos trabalhadores do sector da saúde no passado dia 1 de Julho e a manifestação, a 29 de Junho, no Porto, pela paz e contra o militarismo, entre muitas outras lutas nas empresas, locais de trabalho e sectores - devendo merecer grande atenção a manifestação da CGTP-IN, hoje 7 de Julho, em Lisboa. Há condições para a realização de uma grande manifestação. É necessário, pois, dar toda a força à mobilização tendo em conta a importância política e social desta acção de luta, reclamando o aumento dos salários e pensões, contra o aumento do custo de vida e o ataque aos direitos.

 

Avança também a iniciativa do Partido, em que se insere a realização da sessão pública «Centenário de José Saramago escritor universal, intelectual de Abril, militante comunista» na Azinhaga/Golegã, o almoço do PCP em Ponte de Lima e o Passeio das Mulheres CDU/Porto em Viana do Castelo, com a participação de Jerónimo de Sousa bem como as Jornadas Parlamentares do PCP na Península de Setúbal que, pelo seus conteúdos, iniciativas realizadas e contacto directo com os trabalhadores e as populações merecem um registo de grande valorização.

Prossegue também a acção geral de reforço do PCP com prioridade para a responsabilização de quadros, o recrutamento e integração de novos militantes e a campanha do aumento da quota e da quota em dia quota e em que se insere também a preparação da Conferência Nacional do PCP marcada para 12 e 13 de Novembro.

Prossegue igualmente a preparação da Festa do Avante!, que deve continuar a merecer grande atenção, nomeadamente no plano da divulgação e da venda antecipada da EP e em que se insere igualmente, iniciadas as jornadas de trabalho, a sua construção.

O PCP reafirma que o agravamento da situação e das condições de vida é da responsabilidade daqueles que, no nosso País, apoiam a escalada da guerra, a exacerbação, o prolongamento do conflito e a espiral de sanções que, beneficiando os grupos económicos, as transnacionais e os EUA, lançam sobre os povos o peso das suas decisões.

 

É precisa uma política diferente que promova o aumento dos salários, das pensões e os direitos dos trabalhadores, valorize os serviços públicos, apoie a produção nacional, assegure o controlo público dos sectores estratégicos, promova a justiça fiscal, enfrente as imposições da UE e a submissão ao euro e assegure o desenvolvimento e a soberania nacionais, num quadro de paz e cooperação entre os povos. É por essa política que se desenvolve a luta dos trabalhadores e do povo. É também por ela que prossegue, confiante, a intervenção do PCP.