Partido exige meios e lembra alertas sobre incêndios

O conjunto de incêndios activos «exige um reforço adicional e imediato de meios de combate», sobe pena de poderem «alastrar com ainda maior periculosidade», considera a Direcção da Organização Regional de Leiria (DORLEI) do PCP, que anunciou, para o próximo dia 22, uma visita às regiões afectadas com a presença, entre outros, do deputado do PCP no Parlamento Europeu, João Pimenta Lopes.

Em nota divulgada ao final do dia de anteontem, quando, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), se encontravam activos 17 incêndios em Portugal continental, o PCP sublinhou, ainda, que «as actuais condições atmosféricas não explicam todos os desenvolvimentos das últimas horas no distrito [de Leiria]. Salienta, também, «a necessidade de uma apurada investigação à origem, modo de progressão e reacendimento destes incêndios».

Segundo o balanço actualizado pela ANEPC, na última hora de terça-feira, os cinco registados nos distritos de Santarém e Leiria eram os que mais preocupavam e mais meios mobilizavam. Dois destes começaram a semana passada e chegaram a ser dados como em fase de conclusão na segunda-feira.

A DORLEI expressa especial preocupação face aos incêndios de Alvaiázere, resultante da projecção do incêndio de Ourém», que forçou o «encerramento do IC8, ameaça populações e já obrigou a evacuações»; face aos fogos no concelho de Leiria, que motivaram a deslocação de populações «entre Figueiras e Mata dos Milagres, bem como a medidas de protecção de zonas industriais (…) e o encerramento ao trânsito do IC2, em Leiria, e da A1, entre Fátima e Pombal», e face ao fogo de «Pombal/Ansião, que depois de dado como extinto, sofreu reacendimentos e ameaça a freguesia de Pousaflores».

Para os comunistas, «a realidade está a provar que a política do Governo PS de remeter para os pequenos proprietários a responsabilidade da prevenção de incêndios, numa atitude profundamente injusta do ponto de vista económico e social e mesmo persecutória, não impediu a deflagração de novos incêndios na região.»

O Partido recorda, além do mais, que, «ainda há menos de um mês, aquando da visita do Secretário-Geral do PCP a Pedrogão Grande, chamou a atenção para a acumulação de factores» propícios. Lembra, igualmente, que como o PCP insistiu, «passados cinco anos das tragédias de Pedrogão e do Pinhal de Leiria, das promessas, visitas e discursos dos principais responsáveis políticos do País, a falta de vontade política, a incúria e a incompetência do Governo do PS na política florestal», bem como a «falta de meios humanos e técnicos para ordenamento e protecção da floresta» no quadro de uma «política de protecção civil desordenada e desprovida de um sério investimento no apoio e no reconhecimento do papel central dos bombeiros, são as razões de fundo para estes novos incêndios».




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