A Festa constrói-se com dedicação e uma imensa alegria

A JCP as­se­gura se­ma­nal­mente, em vá­rios pontos do País, de­zenas de bancas de pro­moção da Festa do Avante! e de venda de EP, en­vol­vendo nessa im­por­tante e em­pol­gante ta­refa cen­tenas de jo­vens – com a de­ter­mi­nação e a ale­gria que os ca­rac­te­rizam.

Cen­tenas de jo­vens estão en­vol­vidos em todo o País na afir­mação da Festa do Avante! e na venda da EP

Quando pen­samos na cons­trução da Festa do Avante!, e no valor da mi­li­tância aí tão bem ex­presso, vem na­tu­ral­mente à ideia a mon­tagem das es­tru­turas de tubo, a con­cre­ti­zação de infra-es­tru­turas, a co­lo­cação de toldos e co­ber­turas. No fundo, tudo o que se re­la­ciona com er­guer do nada uma ci­dade de três dias – onde a li­ber­dade, a fra­ter­ni­dade, a ale­gria e a paz são quem mais or­dena.

Mas a Festa cons­trói-se de outra forma, não menos mi­li­tante: afi­xando car­tazes e faixas, di­vul­gando o seu pro­grama po­lí­tico e cul­tural, ven­dendo a En­trada Per­ma­nente (EP). É isto que estão a fazer, todos os dias, muitos mi­li­tantes e amigos da Ju­ven­tude Co­mu­nista Por­tu­guesa, de Norte a Sul do País.

André e Ma­riana são dois desses jo­vens. Es­tu­dantes do En­sino Su­pe­rior, as­se­gu­ravam na manhã da pas­sada sexta-feira a banca junto à saída do Metro na Ave­nida da Li­ber­dade, em Lisboa, a poucos passos do Centro de Tra­balho Vi­tória. Dali a al­gumas horas se­riam ren­didos por ou­tros dois mi­li­tantes, do En­sino Se­cun­dário, eles pró­prios subs­ti­tuídos, ao final da tarde, por ou­tros tantos jo­vens tra­ba­lha­dores. É assim desde há se­manas, e assim con­ti­nuará até à vés­pera da Festa do Avante!. Como um dia es­creveu Lé­nine, a Re­vo­lução re­quer co­ra­ções ar­dentes e muita or­ga­ni­zação e os jo­vens co­mu­nistas têm ambas as con­di­ções.

Ora, se só por esta banca passam se­ma­nal­mente cerca de 30 jo­vens, ela está muito longe de ser a única na ca­pital. Com re­gu­la­ri­dade di­versa, há ou­tras bancas em es­ta­ções de trans­porte pú­blico, zonas co­mer­ciais, lo­cais de tra­balho e ou­tros pontos de con­cen­tração po­pular – as­se­gu­radas por co­lec­tivos es­pe­cí­ficos da JCP, que or­ga­nizam es­calas e mo­bi­lizam os seus mem­bros. Mul­ti­pli­cando isto pelo ter­ri­tório na­ci­onal, fica-se com uma ideia apro­xi­mada desta in­tensa acção de pro­moção e di­vul­gação da Festa do Avante!.

A Festa é «uma coisa boa»

Mas vol­temos à Ave­nida da Li­ber­dade e à con­versa com o André e a Ma­riana, que já per­deram a conta às vezes que as­se­gu­raram aquela banca – neste ano como nou­tros. É pre­ci­sa­mente todo este tra­quejo que lhes per­mite afirmar que as coisas estão a correr bem para esta al­tura do ano: «ainda es­tamos em Julho e já ven­demos vá­rias EP, mais do que nos úl­timos anos», conta André, se­guro de que será em Agosto que se ven­derá a mai­oria das en­tradas. «É sempre assim», ga­rante.

O que im­porta é in­sistir, con­cordam, até porque «as pes­soas gostam da Festa, vêem-na como uma coisa boa e sabem que o Par­tido a or­ga­niza bem», re­alça o jovem, es­tu­dante de Ci­ência Po­lí­tica e Re­la­ções In­ter­na­ci­o­nais na Fa­cul­dade de Ci­ên­cias So­ciais e Hu­manas da Uni­ver­si­dade Nova de Lisboa. «Os jor­nais com os ar­tistas são sempre muito bem re­ce­bidos, quase não há re­cusas», acres­centa, se­cun­dado de­pois por Ma­riana, que fre­quenta na Fa­cul­dade de Le­tras da Uni­ver­si­dade de Lisboa o curso de Lín­guas e Li­te­ra­turas Mo­dernas: «Já acon­teceu mais do que uma vez pes­soas fur­tarem-se a re­ceber o jornal e vol­tarem atrás quando per­cebem que é da Festa do Avante!.»

Ambos con­fessam-se até um pouco sur­pre­en­didos pela tran­qui­li­dade com que cum­prem a sua ta­refa, num am­bi­ente que, regra geral, é de cu­ri­o­si­dade ou de ma­ni­fes­tação de in­te­resse pelo que ali estão a fazer, ou seja, a pro­mover e di­vulgar a Festa do Avante!.

Festa dos tra­ba­lha­dores e do povo

Du­rante todos os dias da se­mana – à ex­cepção da terça-feira – po­demos também en­con­trar junto à es­tação fer­ro­viária dos Foros de Amora, no Seixal, entre as 17 e as 19 horas, uma banca da JCP para venda da EP e dis­tri­buição do jornal dos ar­tistas da Festa do Avante!. Na quinta-feira, 21, lá en­con­trámos o Faia e a Da­niela, uma jovem co­mu­nista que vai este ano pela pri­meira vez à Festa. As suas ex­pec­ta­tivas são enormes, pelo que lhe con­taram os seus ca­ma­radas.

Sobre a banca, Faia co­meçou por va­lo­rizar a sua lo­ca­li­zação, num local onde todos os dias passa muita gente, de todas as idades e vá­rias na­ci­o­na­li­dades, so­bre­tudo tra­ba­lha­dores. É per­feito, por­tanto, sendo que se está a falar da Festa «dos tra­ba­lha­dores e do povo». Por seu lado, Da­niela des­tacou a «res­posta bas­tante po­si­tiva» que tem re­ce­bido das pes­soas, que «têm in­te­resse em co­nhecer» a Festa, que é muito mais do que os es­pec­tá­culos mu­si­cais.

«Esta nossa as­si­dui­dade faz com que as pes­soas re­cebam o jornal dos ar­tistas e, dias de­pois, ve­nham ter con­nosco para com­prar a EP», que ali pode ser ad­qui­rida por MB WAY, mul­ti­banco ou em nu­me­rário, in­formou o jovem co­mu­nista. O preço é de 27 euros até 1 de Se­tembro e 40 euros nos dias da Festa.

«Ir à Festa é uma boa ma­neira de ter­minar em grande o Verão, ainda mais porque tem um preço po­pular, que os tra­ba­lha­dores podem pagar. Até aos 14 anos, in­clu­sive, as cri­anças não pagam, desde que acom­pa­nhados por um adulto por­tador de EP», acres­centou, con­cluindo que, tal como se afirma no lema, Não há Festa como esta!.

 

Pa­redes que falam

Das múl­ti­plas formas de di­vulgar a Festa do Avante!, e des­ta­camos al­gumas nestas pá­ginas, a arte de rua será por­ven­tura das mais ori­gi­nais. Todos os anos, por esta al­tura surgem mu­rais alu­sivos à Festa em vá­rios pontos do País e 2022 não está a ser ex­cepção.

O Sub­sector das Artes Vi­suais do Sector In­te­lec­tual do Porto pintou na ci­dade um mural alu­sivo à Festa do Avante!. O mesmo fi­zeram os mi­li­tantes co­mu­nistas de Al­gueirão-Mem Mar­tins, no con­celho de Sintra.

 

Mi­li­tância e or­ga­ni­zação

Obreiros da Festa são, também, os que colam car­tazes, dis­tri­buem fo­lhetos, or­ga­nizam e par­ti­cipam em ses­sões e con­ví­vios que têm na di­vul­gação da Festa do Avante!, dos seus va­lores e do seu pro­grama po­lí­tico e cul­tural um dos ob­jec­tivos prin­ci­pais. É pre­ci­sa­mente isto que está a acon­tecer um pouco por todo o País.

Tal como nas res­tantes ta­refas e li­nhas de in­ter­venção, também para afirmar a Festa do Avante! o PCP (e os seus ali­ados) conta so­bre­tudo com as suas pró­prias forças – no caso, com a mi­li­tância dos seus mem­bros e o seu mo­delo de or­ga­ni­zação.



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