Serviço de Saúde britânico em crise por falta de pessoal

O Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (NHS, na sigla em in­glês) bri­tâ­nico en­frenta a pior crise de falta de pes­soal da sua his­tória, mas o go­verno de Lon­dres não tem planos cre­dí­veis para re­solver a si­tu­ação, alertou uma co­missão par­la­mentar.

De acordo com um re­la­tório pu­bli­cado na se­gunda-feira, 25, pela co­missão de Saúde e As­sis­tência So­cial, for­mada por de­pu­tados de vá­rios par­tidos, são ne­ces­sá­rios em In­gla­terra 12 mil mé­dicos e 50 mil en­fer­meiros e par­teiros para pre­en­cher as vagas exis­tentes.

A per­sis­tente falta de pes­soal no NHS re­pre­senta um risco muito grave para a se­gu­rança dos do­entes e dos pró­prios tra­ba­lha­dores do sector, tanto nos tra­ta­mentos mé­dicos de ro­tina como nas ur­gên­cias, ad­verte o es­tudo.

O in­forme também as­si­nala que, além de au­mentar riscos e custos, pois os do­entes são aten­didos quando já estão em si­tu­ação grave, o mais de­pri­mente para o pes­soal da pri­meira linha de aten­di­mento mé­dico é a au­sência de uma es­tra­tégia cre­dível por parte do go­verno para so­lu­ci­onar o pro­blema. O re­sul­tado é que os tra­ba­lha­dores do sector estão exaustos e muitos pensam em sair do NHS, o que, a acon­tecer, au­men­tará a pressão sobre os co­legas.

A di­rec­tora do Co­légio de En­fer­magem de In­gla­terra, Pa­tricia Mar­quis, saudou a pu­bli­cação do es­tudo e con­si­derou que a con­clusão de que a crise de pes­soal põe em risco a se­gu­rança dos do­entes e dos tra­ba­lha­dores da saúde deve obrigar o go­verno a in­tervir.

Do seu lado, a se­cre­tária-geral do sin­di­cato que agrupa os tra­ba­lha­dores do sector da saúde pú­blica, Ch­ris­tina McAnea, culpou as au­to­ri­dades do êxodo de pes­soal do NHS, por não pa­garem um sa­lário que os ajude a en­frentar a in­flação. O go­verno teve anos para me­lhorar as con­di­ções la­bo­rais, mas fez muito pouco, con­si­derou.

O Mi­nis­tério da Saúde e As­sis­tência So­cial ga­rantiu que está a tentar re­solver a crise de falta de pes­soal e que este ano já foram con­tra­tados quatro mil mé­dicos e cerca de 10 mil en­fer­meiros mais do que em 2020.

 



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