UMA INTERVENÇÃO ÍMPAR

«compromisso com os trabalhadores, o povo e o País»

A situação política continua marcada pelo aumento do custo de vida (agravado pela inflação, que no mês de Julho, segundo dados revelados pelo INE, atingiu 9,1%), pelos fogos florestais, pela guerra e as sanções e pelos problemas do SNS (confrontado com as crescentes dificuldades dos serviços públicos de saúde para responder atempadamente, com qualidade e segurança às solicitações dos utentes).

Em contraponto, assistimos ao anúncio dos avultados lucros dos grupos económicos e financeiros: Galp, Navigator, Santander, Iberdrola, Jerónimo Martins, Endesa que aproveitam a guerra e as sanções para, por via especulativa, concentrarem a riqueza, agravando as injustiças e desigualdades sociais.

É um quadro que impõe a necessidade do aumento dos salários e das pensões – que reponha o poder de compra perdido – e do controlo dos preços, nomeadamente dos bens essenciais.

É neste contexto que se tem vindo a desenvolver a luta dos trabalhadores e das populações contra o aumento do custo de vida, pelo aumento dos salários e pensões, pelo controlo dos preços, pela defesa dos Serviços Públicos, nomeadamente com medidas que salvem e reforcem o SNS, mas que resolvam também os problemas que se avolumam na área da educação, quando se aproxima a abertura do novo ano lectivo.

É também neste quadro que se desenvolve e intensifica a intervenção do PCP, uma intervenção ímpar, como ficou evidente no balanço da actividade do Grupo Parlamentar do PCP (entre Março e Julho de 2022), podendo afirmar-se que foi o PCP que levou à Assembleia da República os problemas que afectam a vida dos trabalhadores e do povo e que apresentou as soluções para a sua resolução. Uma intervenção que se distingue pela sua dimensão, mas sobretudo pelo seu conteúdo. Uma intervenção em que esteve presente a valorização do trabalho e dos trabalhadores e a valorização dos salários, das pensões e dos apoios sociais; o combate ao aumento dos preços; o reforço dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, na saúde, na educação, na protecção social, na na cultura, na habitação, no apoio ao desporto e ao associativismo.

Uma intervenção que vai continuar pela elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo, pelo reforço dos seus direitos, pelo investimento nos serviços públicos, pela defesa da produção nacional, pelo desenvolvimento do País.

Uma intervenção que continuará a desenvolver-se pela ruptura com a política de direita – que o grande capital promove quer pela acção do governo, quer através dos projectos reaccionários (PSD, CDS, IL e Ch) em que continua a apostar – e pela concretização de uma política alternativa patriótica e de esquerda.

Avança a preparação da Conferência Nacional do PCP «tomar a iniciativa, reforçar o Partido, responder às novas exigências» marcada para 12 e 13 de Novembro e, prioridade do trabalho neste momento e a um mês do seu início, avança também a preparação da Festa do Avante!.

Festa de Abril e dos seus valores, Festa da juventude e do povo, Festa da amizade, da paz e da solidariedade, a Festa do Avante! de 2022 voltará a ser uma grande iniciativa política e cultural, marcada pelo ambiente de alegria, fraternidade, confiança, tranquilidade e liberdade.

Vale, pois, a pena ir à Festa do Avante!. Está em andamento a realização de uma grande Festa nos dias 2, 3 e 4 de Setembro, o que exige muito trabalho, com prioridade à sua divulgação e à venda da EP.

O PCP expressou também a sua profunda preocupação com os últimos desenvolvimentos da situação na região Ásia-Pacífico e condenou a provocação montada pelos EUA com a ida de Nancy Pelosi, Presidente da Câmara dos Representantes, a Taiwan e que, no quadro das recentes acções do imperialismo na região, são indissociáveis da perigosa estratégia agressiva e belicista promovida pelos EUA, a NATO e a UE. O PCP exige o fim destas provocações, das quais o governo português se deve demarcar e, ao mesmo tempo, apela ao desenvolvimento da luta pela paz, contra o militarismo, a escalada de confrontação, as agressões e ingerências do imperialismo e ao respeito pelos princípios da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia.

A luta dos trabalhadores e das populações, que se desenvolve; a intervenção do PCP, que se intensifica; a unidade e convergência com democratas e patriotas, que se alarga, serão o factor determinante e decisivo para a mudança de rumo político que abra caminho à política alternativa que é preciso encetar.