Carina Castro, da Comissão Política do PCP, João Lopes e António Filipe, do Comité Central, e Carlos Gonçalves, da Comissão Central de Controlo, estiveram, domingo de manhã, no Fórum do Espaço Central, a debater o panorama mediático, suas consequências e objectivos, e o que aquele deveria ser. «Informação, sim! Manipulação, não!» foi justamente o mote da conversa a que assistiu uma plateia repleta e atenta, mais tarde, interventiva, já que esta foi uma das mais participadas iniciativas do género, tendo-se mesmo prolongado bem além do inicialmente previsto.

No fundamental, foram tratadas a importância, no quadro da batalha das ideias, da informação e dos meios próprios, do conhecimento dos factos como elemento valioso para contra-argumentar a deturpação e mesmo a calúnia de que amiúde são alvo os comunistas, o seu Partido e os seus aliados. De resto, disso mesmo foram dados vários exemplos concretos, tendo, além do mais, o debate abordado questões como a propriedade concentrada dos meios de comunicação social e das tecnologias de comunicação e o papel que desempenha na construção social da realidade – e já não apenas na formatação da consciência sobre ela –, bem como as condições cada vez mais opressoras em que laboram a maioria dos profissionais.

Foram igualmente abordados a violação dos comandos constitucionais sobre a pluralidade informativa como parte indissociável de uma democracia plena, a informação como um bem público e o imprescindível serviço público para que aquela não baqueie.