Cuba referenda Código das Famílias

O povo cu­bano volta às urnas no pró­ximo do­mingo, 25, desta feita para re­fe­rendar o Có­digo das Fa­mí­lias, lei apro­vada pela As­sem­bleia Na­ci­onal do Poder Po­pular (par­la­mento) em Junho deste ano e de­pois sub­me­tida du­rante meses a de­bate pú­blico. Es­tima-se que mais de oito mi­lhões de cu­banos irão às urnas, ace­dendo aos 24.800 co­lé­gios elei­to­rais em todo o país.

A pre­si­dente do Con­selho Elei­toral Na­ci­onal, Alina Bal­seiro, in­formou em Ha­vana que, nos úl­timos dias, têm sido tes­tados os sis­temas que fun­ci­o­narão no dia 25, quando tiver lugar a vo­tação po­pular sobre o Có­digo das Fa­mí­lias. Mais de 200 mil pes­soas par­ti­ci­parão na re­a­li­zação do re­fe­rendo, entre au­to­ri­dades per­ma­nentes e co­la­bo­ra­dores, su­per­vi­sores, assim como cri­anças, que em Cuba são os en­car­re­gados de vi­giar as urnas.

No do­mingo pas­sado, 18, já se re­a­lizou a vo­tação no ex­te­rior, dos ci­da­dãos na­ci­o­nais em mis­sões es­ta­tais e que pu­deram exercer o seu di­reito de voto em 123 co­lé­gios elei­to­rais ha­bi­li­tados para o efeito em em­bai­xadas e con­su­lados de Cuba no mundo, de Es­panha à China, da Ir­landa à Rússia, do Brasil à Índia.

O Có­digo das Fa­mí­lias apre­sen­tado a re­fe­rendo po­pular é uma le­gis­lação que, no dizer do mi­nistro da Jus­tiça, Oscar Sil­vera, pro­tege a dig­ni­dade hu­mana e todas as ins­ti­tui­ções do di­reito fa­mi­liar, eli­mina qual­quer ves­tígio de dis­cri­mi­nação no âm­bito fa­mi­liar e re­jeita a vi­o­lência.

O go­ver­nante cu­bano re­alçou que o pro­cesso de ela­bo­ração desta le­gis­lação é um exer­cício com­plexo, am­pla­mente de­mo­crá­tico, que conta com di­versos con­tri­butos ci­en­tí­ficos mul­ti­dis­ci­pli­nares e tem em conta os as­pectos cul­tu­rais do povo cu­bano, o que re­força a sua qua­li­dade nor­ma­tiva.

Já o mi­nistro dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros de Cuba, Bruno Ro­drí­guez, após ter vo­tado na sede da Na­ções Unidas, em Nova Iorque, ex­pressou que no Có­digo das Fa­mí­lias «há es­paço para todos». Esta lei re­flecte a re­a­li­dade e a von­tade do Es­tado cu­bano de al­cançar a maior jus­tiça so­cial pos­sível para as pes­soas, es­creveu o chefe da di­plo­macia cu­bana.

 



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