Solidariedade com o povo palestiniano

As­sem­bleia da Re­pú­blica aprovou no dia 3 um voto de so­li­da­ri­e­dade com o Povo Pa­les­ti­niano, onde re­a­firma a sua «exi­gência de con­cre­ti­zação do di­reito in­ter­na­ci­onal do povo pa­les­ti­niano a um Es­tado in­de­pen­dente nas fron­teiras de 1967 e com Je­ru­salém Leste como ca­pital, as­se­gu­rando o di­reito de re­gresso dos re­fu­gi­ados pa­les­ti­ni­anos, como con­sa­grado nas re­so­lu­ções da ONU».

Apre­sen­tado pelo PCP, a pro­pó­sito do Dia In­ter­na­ci­onal de So­li­da­ri­e­dade com o Povo Pa­les­ti­niano que é pro­mo­vido anu­al­mente pelas Na­ções Unidas, no voto exorta-se ainda o Go­verno a «de­sen­volver ac­ções con­cretas que tra­duzam de forma efec­tiva» aquela exi­gência.

Apre­ciado e vo­tado na co­missão de Ne­gó­cios Es­tran­geiros, o texto contou com os votos fa­vo­rá­veis de PCP e PS, contra do PSD e Chega, e a abs­tenção da IL. Es­ti­veram au­sentes BE e os de­pu­tados únicos do PAN e Livre. No texto re­corda-se que pas­sados 75 anos sobre a apro­vação pela As­sem­bleia Geral da ONU da Re­so­lução 181 que previa a par­tilha do ter­ri­tório his­tó­rico da Pa­les­tina, o «pro­me­tido Es­tado Pa­les­ti­niano in­de­pen­dente con­tinua por con­cre­tizar», di­fe­ren­te­mente do que se passou com o Es­tado de Is­rael, criado logo em 1948.

No voto re­fere-se também que desde 1967 que a to­ta­li­dade da Pa­les­tina his­tó­rica con­tinua sob ocu­pação is­ra­e­lita, não obs­tante as inú­meras re­so­lu­ções da ONU adop­tadas ao longo de dé­cadas re­co­nhe­cendo o «ina­li­e­nável di­reito do povo pa­les­ti­niano a um Es­tado in­de­pen­dente, lado a lado com o Es­tado de Is­rael, nas fron­teiras de 1967 e com Je­ru­salém Leste como ca­pital, as­se­gu­rando o di­reito de re­gresso dos re­fu­gi­ados pa­les­ti­ni­anos».

Sa­li­en­tado por úl­timo é o sis­te­má­tico des­res­peito de Is­rael pelo di­reito in­ter­na­ci­onal, bem como o pros­se­gui­mento da ocu­pação e da cons­trução de co­lo­natos nos ter­ri­tó­rios ocu­pados, a par da «cons­trução do muro de se­pa­ração e do «de­su­mano cerco à Faixa de Gaza, su­jeita a re­pe­tidos bom­bar­de­a­mentos».

 



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